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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CRIOLINA - FIM DE FEIRA



22:20 horas. Segunda-feira. Estava já deitado quando uma mensagem soou no meu celular. Eram amigas me chamando para ir para a Criolina, famosa noite de segunda-feira que rola no Bar do Calaf, em Brasília. Respondi que já estava tarde e que não estava muito animado para sair de casa àquela hora. Vieram muitas outras mensagens até que me convenci, levantei da cama, joguei uma água no corpo e fui para a balada em plena segunda-feira. O que me levou a mudar de ideia foi a mensagem que dizia que a banda que faria o show da noite tocava, entre outros ritmos, carimbó. Como cheguei no Calaf antes das 23 horas, paguei R$ 15,00 pelo ingresso. Para a entrada não aceitam o pagamento em cartão de crédito, somente em dinheiro. Ao pagar, recebi uma comanda para o registro de meu consumo individual, conta que pode ser paga com o cartão. As amigas que me chamaram estavam sentadas em uma mesa na varanda, perto da pista, em local arejado e tranquilo para se movimentar. Na mesa estavam onze pessoas. Logo pedi uma caipirinha de lima, curtindo o som mecânico. O ritmo que dominava a noite era o forró. No folheto que anunciava a banda convidada dizia que ela era vencedora do Prêmio da Música Brasileira, edição 2009, como a melhor banda regional. A banda é de Pernambuco e tem o sugestivo nome de Fim de Feira. No repertório, a banda toca uma mistura dos ritmos nordestinos, tais como forró, baião e xote, com jazz, chorinho e carimbó. O folheto anunciava ainda que poesia de cordel também fazia parte deste caldeirão de misturas. Fiquei curioso para ouví-la ao vivo. Depois de uma longa espera, a banda entrou no pequeno palco. Havia gente ainda na fila para entrar no Bar do Calaf e o relógio marcava 00:20 horas. Portanto, já estávamos na madrugada de terça-feira. A primeira música foi um forró, o que me pareceu uma continuidade do que vínhamos escutando e dançando desde que lá chegamos. Depois, vieram algumas canções gravadas pela banda que não me animaram a ir para a pista dançar. Para piorar, quando parecia que Fim de Feira estava engatando um set musical dançante, o vocalista parava para declamar poesias de cordel. Eu até gosto deste tipo de poesia, mas naquele momento ela quebrava totalmente o clima. Outro ponto chato durante o show foi o vocalista fazer piadas datadas e sem o menor apelo junto ao público que frequenta a noite Criolina. Para se ter uma ideia, ele contou uma piada de corno  citando os personagens Tufão e Carminha da novela Avenida Brasil, que teve seu capítulo final exibido há pelo menos três semanas. Piada desatualizada e fora do contexto. Animei um pouco, chegando a ensaiar alguns passos de dança quando a Fim de Feira fez o cover de Mamãe Oxum, música de domínio público que fez sucesso nas vozes de Zeca Baleiro e de Chico César; e o cover de Pedra de Responsa, de autoria dos mesmos Zeca Baleiro e Chico César. Antes mesmo da banda encerrar seu espetáculo, fui para a fila pagar meu consumo individual. Enquanto esperava minha vez, ouvi várias pessoas reclamando do show. Enfim, a banda Fim de Feira mostrou-se um autêntico fim de feira.

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

LADY GAGA - THE BORN THIS WAY BALL TOUR


Sexta-feira, 09/11/2012, 18:30 horas. A van que alugamos já nos aguardava em frente ao edifício onde eu estava hospedado em Ipanema. Chuviscava. Aguardamos cerca de dez minutos para dois amigos chegarem e seguimos para o Leblon, onde pegamos mais um casal. Com nove pessoas no carro, fomos direto para o Parque dos Atletas, local do primeiro show de Lady Gaga no Brasil, com a tour The Born This Way Ball. O trânsito era lento e carregado. Fizemos o percurso em quase duas horas. Às 20:30 horas, entramos no espaço reservado para a pista premium, cujo ingresso individual custou R$ 790,00 (setecentos e noventa reais), já incluída a taxa de conveniência e o sedex utilizado para entregar o bilhete em meu endereço residencial. Começava o show da banda inglesa The Darkness (fiz uma postagem específica sobre minhas impressões sobre este show), que durou pouco menos do que uma hora. Entre o final deste show e a entrada em cena de Lady Gaga, passaram-se longos minutos. Para entreter a galera, colocaram som mecânico, com um set list de música clássica. Obviamente que este tipo de música não tem nenhuma relação com o gosto da esmagadora maioria dos presentes. Uma mulher perto de mim gritava para tirarem aquela música e colocarem algo que animasse, pois a demora e a chuva que caía eram fatores negativos. Perto de 22 horas os telões exibiram um clip com a propaganda do perfume que leva o nome de Lady Gaga. Este vídeo serviu para animar o público. Um helicóptero sobrevoou o Parque dos Atletas, atiçando a galera. Logo ele pousou ao lado, sinal de que a diva chegava ao local. Um dos meus amigos disse que ela só estava esperando a chuva ficar mais forte para começar o show. Coincidência ou não, o pano preto que cobria o cenário caiu no momento em que a chuva apertou. Um imenso castelo apareceu em cena, com os primeiros acordes de Highway Unicorn (Road to Love). O público esqueceu a chuva e a espera, pulando e cantando a música, enquanto um desfile acontecia no palco, com Lady Gaga montada em um cavalo mecânico (parecia aqueles bichos do musical O Rei Leão). A banda não aparecia, pois ficava em nichos dentro do castelo. Tal castelo tinha partes retráteis, que se abriam ou fechavam dependendo da música que era executada. O show tem uma história. Lady Gaga é uma espécie de alienígena que é presa no castelo e tenta salvar a humanidade do sistema autoritário que impera no mundo. A troca de figurino é frenética, quase uma troca por música. A coreografia abusa da sensualidade e críticas à religião estão presentes tanto nas performances quanto nas letras de algumas canções. Quando a cantora se dirigiu ao público, teceu loas ao Rio de Janeiro e ao Brasil, verbalizando que Brazil is the future (Brasil é o futuro). Também agradeceu aos cerca de 35.000 presentes, não deixando de falar que sabia que o ingresso era caro e que ela se esforçaria ao máximo para dar alegria a quem tinha ali comparecido. Mostrou que tem uma excelente voz quando teve um momento acústico no show, ao cantar Hair. Neste momento, ela chamou três fãs, little monsters, como ela costuma chamar seus fãs mais ardorosos, que estavam em um espaço reservado em frente ao palco. Os três, visivelmente emocionados, a acompanharam durante este momento acústico. Ela também se emocionou e o telão mostrou lágrimas escorrendo em sua face, borrando a maquiagem dos olhos. Ao final, já no bis, ela chamou mais fãs para o palco, que a acompanharam correndo de um lado para o outro, dançando e pulando tanto no palco quanto nas passarelas que avançavam sobre a pista premium. Quando ela terminou a última música, cantora e fãs deixaram o palco por um elevador que os conduziu ao foço. Era o fim de um belo espetáculo. O show empolga, tem enredo, é visualmente impactante com cenário, figurino e coreografia, recheado de sucessos e tem resposta imediata do público, que acompanhava cada música, cantando e dançando. Alguns fãs fizeram questão de ir fantasiados, com figurinos exóticos nos moldes do que a cantora costuma usar. Eu estava com uma capa de chuva azul que foi se rasgando na medida em que o show avançava. No final, parecia que eu também estava fantasiado, como um mendigo todo esfarrapado. O único senão para o show foi que durante uma música e outra, em alguns momentos, ficava um hiato, um vazio, que poderia ser melhor costurado. Foram 24 músicas em duas horas e vinte minutos. As músicas que mais levantaram o público foram os sucessos Born This Way, que foi a terceira a ser executada; Bad Romance, cuja coreografia lembrou, de longe, o seu videoclipe; e o set que engatou Americano, Poker Face, Alejandro, Paparazzi e Scheibe, esta a última do show antes do bis. No retorno ao palco, Lady Gaga ainda cantou The Edge of Glory e Marry The Night, ambas presentes em todo set list dos shows anteriores desta turnê mundial. No Rio de Janeiro, ela resolveu presentear o público com mais uma música, que apareceu no set list desta turnê pela primeira vez, cantando o rap Cake Like Lady Gaga. Era quase uma hora da madrugada quando ela deixou o palco. A saída foi muito tranquila, sem tumulto algum. Fomos direto para o ponto de encontro com o motorista da van, que não estava lá. Esperamos bastante tempo para ele chegar. A volta foi mais rápida. Em cerca de uma hora estávamos de volta ao apartamento em Ipanema, onde uma bela massa a bolonhesa nos aguardava.


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terça-feira, 13 de novembro de 2012

THE DARKNESS



Chegamos no Parque dos Atletas, local do show de Lady Gaga no Rio de Janeiro, às 20:30 horas. Começava a chover. Assim que entramos, os primeiros acordes de uma guitarra soaram no ar. Era o início do show de abertura com a banda inglesa The Darkness. A banda tem clara influência do chamado glam rock. As performances do vocalista são visivelmente inspiradas em Freddy Mercury, do Queen, ou em Gene Simmons, do Kiss. A batida da banda mistura pop com hard rock. Foi um show curto, com menos de uma hora de duração. As performances de cada música eram longas, com muitos riffs de guitarra e piruetas no palco do vocalista. O tipo de som da banda não agradava ao público presente, ansioso por ver Lady Gaga. Ao final de cada música executada pelo The Darkness, a galera balançava as mãos dando adeus à banda. A última canção do show foi I Believe in a Thing Called Love, responsável por tornar o grupo conhecido na Inglaterra . Foi a música que conseguiu empolgar um pouco a galera, que começou a pular, tentando esquecer a chuva que começava a ficar mais forte. O vocalista tem uma voz chata, se utilizando muito de agudos intermináveis. Não gostei.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BRASSERIE BRASIL - GASTRONOMIA NO RIO DE JANEIRO (RJ)



Endereço: Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Mezanino do Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, RJ.

Fone: 21 2253 5166.

Especialidade: inspirado nos cafés e bistrôs franceses, tem cardápio enxuto, que passeia pelas culinárias francesa e brasileira.

Quando fui: almoço do dia 09 de novembro de 2012, sexta-feira. Estava só. Cheguei por volta de 12:45 horas, após ter conferido a exposição Impressionismo: Paris e A Modernidade, em cartaz no CCBB Rio de Janeiro. Só havia uma mesa pequena disponível, ao lado de uma coluna, mas com ótima vista para o saguão do centro cultural.

Serviço: ruim, com demora no atendimento da mesa.

O que bebi: uma lata de Ice Tea Light Lipton, com gelo no copo, pois o dia estava quente. Uma xícara de café espresso Danza ao final do almoço.



O que comi: vi que a maioria das pessoas pedia o mesmo prato. Perguntei qual era. Prato executivo do dia, mas tinha espinafre, motivo pelo qual escolhi no cardápio. Pedi um pernil assado com purê de feijão branco, couve à mineira e molho roti (R$ 35,00). O pernil é bem servido, estava macio e saboroso, com ótimo tempero no molho roti. O purê de feijão branco foi uma surpresa para mim, pois estava muito bom, embora tenha vindo em grande quantidade. A couve, bem cortada e com um sal um pouco acima do ideal, estava em quantidade diminuta. Para sobremesa, escolhi um creme brulée (R$ 12,00), que veio na medida certa, com a crosta bem sequinha, quebradiça, descortinando um creme suave, saboroso e levemente frio. Gostei da sobremesa, especialmente porque o creme não estava geladíssimo, como alguns restaurantes costumam servir.


pernil assado com purê de feijão branco, couve à mineira e molho roti


creme brulée

Valor que me coube na conta: R$ 60,50.

Minha avaliação: * * *. Restaurante com boa comida e ótima opção para quem visita o CCBB. Peca no serviço.

Gastronomia Rio de Janeiro (RJ)

domingo, 11 de novembro de 2012

IMPRESSIONISMO: PARIS E A MODERNIDADE

Estive no Rio de Janeiro e aproveitei para conferir a exposição Impressionismo: Paris e A Modernidade na galeria do primeiro andar do Centro Cultural do Banco do Brasil. A mostra tem entrada gratuita, sendo muito concorrida. O bom é chegar cedo, quando a fila para pegar a senha de entrada é menor. Há uma entrada apenas para a exposição. Cheguei às 11:20 horas, entrando logo na fila. Idosos, gestantes e pessoas com deficiência tem fila separada e prioridade para pegar a tal senha. Enquanto esperava, observava o público. Todas as idades, todas as classe sociais. Todos com paciência para esperar. Logo a fila aumentou e ocupou a calçada do lado de fora da rua. Era sexta-feira, portanto, dia útil. Após aguardar cinquenta e cinco minutos, chegou a minha vez de pegar a senha. Em seguida, fui até a chapelaria do primeiro andar, pois não é permitido entrar com mochilas e bolsas grandes nos espaços da galeria. Assim, comecei a visita à exposição após uma espera de uma hora. Antes de entrar, uma monitora informou as regras, tais como nada de fotos, comida ou bebida no interior da galeria. A exposição traz 85 pinturas do acervo do Musée d'Orsay, localizado em Paris. É a primeira vez que obras deste importante museu francês vem ao Brasil. A mostra já esteve em exibição no CCBB de São Paulo e desde o final de outubro chegou ao Rio de Janeiro, onde permanece até 13 de janeiro de 2013. A curadoria é de responsabilidade de Guy Gogeval, Caroline Mathieu e Pablo Jimenez Burillo. Eles selecionaram pinturas que cobrem o período da segunda metade do Século XIX e o início do Século XX, mostrando o cotidiano de uma Paris que caminhava a passos largos para a modernidade. A mostra tem seis módulos temáticos, com obras de importantes pintores da história da arte mundial, todos eles com características do impressionismo. Obras de Manet, Monet, Van Gogh, Cézanne, Gauguin, Sisley, Toulouse-Lautrec, Renoir, Pissaro, Degas, entre outros, vieram para deleite do público brasileiro. Logo na primeira sala da exposição, um vídeo curto conta em imagens a história do Musée d'Orsay. Como a entrada é limitada nas salas, não há aquela multidão que nos impede de apreciar cuidadosamente os quadros, possibilitando-nos ler todas as informações sobre cada um deles, sem precisar ficar achando um espaço em frente aos quadros. Além das notas ao lado de cada pintura, contextualizando cada módulo, existe um texto nas paredes das salas que abrigam a mostra. Por falar em paredes, elas estão pintadas em cores fortes, escuras, seguindo uma tendência mundial de valorização das pinturas expostas. E realmente os quadros ficam mais evidentes, com mais realce. Li todos os textos, o que me permitiu melhor situar o pintor e o seu quadro. Todas as obras são muito bonitas, sendo difícil indicar as mais mais. A pintura de um garoto do exército tocando flauta, pintada por Edouard Manet em 1866, chamada "Le Fifre", está em local de destaque, além de ser a escolhida para estampar os folhetos, cartazes e alguns souvenirs da exposição. Talvez, por isso, ela tenha ficado mais presente em minha memória, mas o quadro de Van Gogh retratando um interior de uma casa de dança, chamado "La Salle de Danse à Arles", também chamou minha atenção, pois foge um pouco dos traços impressionistas e tem um quê de pintura japonesa. Também destaco as pinturas de Pissaro, um dos meus pintores favoritos da vertente impressionista. Ao final, uma loja com vários produtos inspirados na exposição, além de outros ligados ao mudo das artes. Comprei um lápis alusivo à mostra e uma capa para iPhone com a estampa da obra "Le Fifre", de Manet. Ainda há uma continuação da exposição no segundo andar, onde podemos ver a cronologia do impressionismo e um vídeo sobre esta vertente das artes. Percorri todo o primeiro andar com calma, lendo todos as notas informativas, incluindo os textos nas paredes, não deixando nenhum quadro sem a devida apreciação. Ao todo, permaneci por lá cerca de uma hora e meia. Não cansou, muito antes pelo contrário, pois além de poder apreciar obras de importância incalculável para a humanidade, aprendi mais um pouco sobre o impressionismo, e me diverti. Para aqueles que já foram ao Musée d'Orsay e acham que já conhecem as obras, motivo pelo qual entendem que não precisam ir à exposição, tenho opinião contrária. Já visitei o museu francês quatro vezes e esta minha visita à exposição no CCBB do Rio de Janeiro não foi ver mais do mesmo. Algumas obras não me recordo de as ter visto antes e aquelas já conhecidas, estavam em uma montagem diferente, em contexto específico, o que deu a elas um novo significado. Sempre vale a pena ver os impressionistas. E valeu muito a pena ter esperado uma hora na fila para percorrer a exposição  Impressionismo: Paris e A Modernidade.

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sábado, 10 de novembro de 2012

DEBRET - VIAGEM AO SUL DO BRASIL


As Galerias Piccola I e II da Caixa Cultural em Brasília abrigam a exposição Debret - Viagem ao Sul do Brasil, em cartaz desde o dia 06 de outubro, permanecendo aberta à visitação pública até o próximo dia 18 de novembro. Entrada gratuita. Gosto muito das obras produzidas pelos artistas europeus que vieram ao Brasil em expedição patrocinada pelo Império. Tais obras, muitas delas em formato de desenho ou aquarela, não só são arte, mas também servem como uma espécie de enciclopédia visual, pois nos permitem ver e saber como era a vida no nosso país naquela época. Os artistas não se preocupavam só em produzir um belo desenho. Eles queriam mostrar para o mundo as paisagens, costumes, vestimentas, alimentos, o dia a dia da população. O francês Jean-Baptiste Debret foi um destes artistas. Na mostra em cartaz na Caixa Cultural, o foco é a viagem que ele fez ao sul do Brasil, em 1827, quando pintou e desenhou as paisagens ainda pouco habitadas da região. São trinta aquarelas e desenhos que mostram cenas de cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Além delas, há mais dez obras que mostram o cotidiano na Corte, no Rio de Janeiro, tanto dos nobres quanto dos escravos. São cenas de barbearia, crianças sendo levadas para a escola, venda de produtos agrícolas nas ruas da cidade, escravas lavadeiras na beira do rio lavando as roupas dos nobres, entre outras. Cada obra exposta tem um pequeno texto que identifica a cena e contextualiza o momento. Não é chato de ler e não cansa. Como a exposição é curta, vale a pena ler cada informação apresentada, pois, desta forma, aprendemos um pouco mais da história de nosso país. As obras pertencem ao acervo dos Museus Castro Maya. Um belo espetáculo visual e histórico. Gostei muito.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

PNEUMÁTICA


Mais uma exposição na Caixa Cultural que visitei no último domingo. Inaugurada em 06 de outubro, as obras do artista plástico Paulo Paes que integram a mostra Pneumática seguem em exibição até o dia 25 de novembro na Galeria Vitrine do espaço cultural. É uma exposição rápida de se ver, pois todas as obras possuem o mesmo foco, o mesmo elemento. O artista pesquisou, no Rio de Janeiro, como mestre baloeiros constroem os balões, especialmente no que diz respeito ao seu preenchimento, para compor obras bonitas, de formatos longilíneos, usando muita cor e as técnicas para inflar as estruturas. Pelas formas de cada uma das obras expostas, fica claro que o objetivo do artista não era fazer balões para voar, mas sim obras para embelezar, embora possam ter uma curta vida, devido à fragilidade do material utilizado na sua confecção. Em algumas delas há uma comparação entre a obra sem ar, chapada na parede, com sua plena forma, devidamente inflada. Nesta exposição é permitido fotografar, desde que sem o uso do flash. Gostei.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CARLINHOS BROWN - O OLHAR QUE OUVE


Em cartaz na Galeria Acervo da Caixa Cultural em Brasília a exposição O Olhar Que Ouve. São telas e instalações do músico Carlinhos Brown. A mostra foi inaugurada em 06 de outubro e permanecerá aberta ao público, com entrada gratuita, até o próximo dia 02 de dezembro. Na entrada já há uma instalação, uma espécie de portal para a alegria. Assim que entrei, uma música em volume baixo saía da maior instalação da exposição. Eram marchinhas carnavalescas em performance instrumental. Tal obra se chama Caetanave e traz uma visão do artista sobre o carnaval baiano. Tem música, tem iluminação, parece a traseira de um trio elétrico, tem rede de pescador que para mim simboliza a corda que separa os foliões com abadá daqueles da pipoca, tem latinhas de alumínio em profusão, o que remete ao pessoal que coleta as latinhas de cerveja e refrigerante consumidos no corredor da folia, e tem serpentina. A instalação tem um toque de nostalgia, pois é de seus alto-falantes que saem as marchinhas, além do monte de serpentina que relembra os antigos carnavais pelo país afora. Também tem um toque de final de festa, com a rede percorrendo o mar de gente pelas ruas da cidade, levando consigo as latas de alumínio e as serpentinas caídas no chão. Dá para se sentir em meio ao turbilhão de gente que fervilha nas ruas de Salvador durante os dias de Carnaval. Outra instalação interessante está logo à frente de quem entra. Trata-se de uma pirâmide maia de vidro ou acrílico (não sei direito), com degraus em seus quatro lados. Em cada degrau estão duas plaquinhas brancas com o nome de um ritmo musical escrito nelas. Assim, temos jazz, samba, axé, rumba, choro, forró, reggae, entre outros, que reverenciam um único ritmo, o silêncio, que reina absoluto no topo da pirâmide, em forma de um CD. Crítica ou reverência? Fica a dúvida. As telas não deixam dúvidas de que o autor é Carlinhos Brown, pois a profusão de cores e movimentos está presente em todas elas. São telas abstratas, mas que transmitem um sentimento de alegria, de ritmo, de carnaval. Em um nicho na parede da direita de quem entra está a instalação que mais me chamou a atenção, pois nos faz refletir sobre a importância da água para o planeta. Parece ser o interior de uma casinha pobre, típica do interior do Nordeste, com terra vermelha nas paredes, com poucos móveis, bem rústicos. Mas ao centro, a religiosidade é forte com a presença de um oratório de madeira. No interior do oratório não há nenhuma imagem de santo, mas um copo de água que reverencia a imagem que passa ao fundo. Imagem projetada em uma tela de televisão, onde a água é a única estrela. É um filme curto, que passa desde a gota d'água até a formação de um imenso lago, oceano ou rio. Mais um momento de reflexão. Saí da exposição leve, como se a alegria contida naquelas obras tivesse me contagiado. Gostei muito e fiquei mais fã do artista Carlinhos Brown.

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

TRANSIT

Nas galerias da Caixa Cultural, em Brasília, há quatro exposições. Uma delas, a que ocupa o maior espaço, é Transit - Sindika Dokolo Coleção Africana de Arte Contemporânea. Está em exibição desde 06 de outubro, ficando até 18 de novembro, com entrada gratuita. As obras, todas de artistas africanos, pertencem à Fundação Sindika Dokolo, sediada em Angola. O recorte do acervo desta fundação que chega a Brasília já passou por Salvador, Bahia, onde esteve em exibição no MAM de março a abril deste ano. São vídeos, instalações, fotografias e vestimentas que não só nos mostram beleza, mas também nos fazem refletir sobre o mundo globalizado. A maioria das obras é concentrada nos vídeos, dispostos em duas paredes, frente a frente, onde uma série de monitores de televisão nos convida para colocar o fone de ouvido e apreciar a obra em movimento. Alguns possuem estética de desenho animado, muito interessantes. Mas o que me chamou mais a atenção foram três obras. A primeira delas é "L'Initiation", de 2004, do artista de Mali, Abdoulaye Konate. Trata-se de um grande painel de tecido onde, em retângulos verticais, há uma silhueta humana. Dentro de cada silhueta, uma visão particular do artista sobre alguns países do mundo e abaixo desta figura, alguns símbolos que traduzem esta visão. A visão para a China é provocativa, pois a silhueta está dividida ao meio, enquanto a bandeira chinesa preenche o espaço das duas metades. Soma-se a isto o fato de que os chineses invadiram, comercialmente falando, o continente africano. Fiz a leitura de que o artista vê a China dividida entre os mundo capitalista e o comunista, ainda mais quando levamos em consideração que entre os países retratados na obra estão os Estados Unidos, o Japão e Israel. Este último, em um visão bem sombria, com a cor negra preenchendo toda a silhueta. A segunda obra a me chamar a atenção foi o tríptico fotográfico "Le Principe de La Faim Nº 4", 1997, do artista de camaronês Bili Bidjocka. As fotografias retratam um monte de bananas em forma de um elegante vestido longo. Na primeira foto, as bananas estão maduras, amarelas, prontas para o consumo, mas não o são, passando por um estágio de decomposição, retratadas nas fotos 2 e 3, quando elas ficam totalmente negras. Uma dura crítica à falta de perspectivas para a fome na África, representando que com o valor de um vestido de grife, pode-se comprar uma quantidade grande de bananas. Uma imagem metafórica que dá um soco no estômago da gente. Momento reflexão total durante a minha passagem pela exposição. A terceira obra que chamou minha atenção ocupa toda a parede do fundo da sala, à direita de quem entra. De longe, vemos uma sombra na parede branca que nos faz lembrar o skyline de New York. A sombra é proveniente de dezenas de caixas de som, de variados tamanhos, que estão colocadas um pouco à frente da parede. Uma luz branca posicionada em frente das caixas é a responsável pela projeção da sombra atrás delas. Para completar, sons das ruas de Manhattan saem destas caixas de som. Assim, ouvimos barulho do trânsito, do metrô, entre outros. A vídeo-som instalação data de 2006, cuja autoria é do marroquino Mounir Fatmi, que deu a ela o sugestivo nome de "Save Manhatten 03". O curioso é que a obra foi feita após o atentado de 11 de setembro, mas a sombra das torres gêmeas ainda permanece intacta. Ao todo são dezesseis artistas africanos que representam os países Mali, África do Sul, Camarões, Angola, Quênia, Marrocos, Nigéria e Argélia. Conhecia poucas obras de artistas africanos. Acho que os vi apenas representados em exposições em uma ou duas Bienais de São Paulo. Achei providencial esta oportunidade de ver obras de artistas contemporâneos africanos em Brasília, especialmente para ver e entender o que cada um vem produzindo, mostrando que a linguagem da arte atual segue a globalização, mas tem um toque especial, um toque regional, uma necessidade de manter uma tradição, um olhar diferenciado sobre todo um continente. Gostei muito e recomendo.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ROBERTO BURLE MARX - A FIGURA HUMANA NA OBRA EM DESENHO

Enfim tive um tempo para conhecer o Museu Nacional dos Correios, localizado no Setor Comercial Sul, em Brasília. Perdi algumas exposições interessantes que tiveram lugar nas salas do museu. E quase perdi mais uma, pois neste domingo, dia em que o conheci, era o último dia da exposição Roberto Burle Marx - A Figura Humana na Obra em Desenho, que estava em cartaz desde o dia 16 de agosto. O movimento era bem pequeno no final de tarde de um domingo com tempo firme. A exposição ocupava o 2º e o 3º andares do local. Eram 120 desenhos, a maioria em nanquim ou carvão. Para mim, foi a primeira vez que vi tanta obra de Burle Marx juntas. Quando ouço o nome dele, o que primeiro vem a minha mente são os jardins por ele projetados. Brasília tem alguns famosos, como o do Palácio do Itamaraty, o da Praça das Fontes no Parque das Cidades, o da Praça dos Cristais, e no Setor Militar Urbano. Também é dele o projeto paisagístico do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, MG. Já tive oportunidade de ver uma obra dele aqui, outra ali, mas um acervo de mais de cem peças, era inédito para mim. Gostei muito. A mostra no terceiro andar focou nos retratos, incluindo um autorretrato feito quando ele era jovem. São homens e mulheres, alguns de corpo inteiro, com traços perfeitos. Os retratos de nus masculinos me pareceram bem acadêmicos, destes que um modelo fica horas em uma mesma posição, posando para o artista. Há também uma variação de um mesmo retrato de uma negra bem interessante, pois ele vai colocando traços mais fortes, favorecendo, em primeiro plano, o rosto da modelo em uma sequência de três desenhos. No segundo andar, a presença humana continua, mesmo porque é o tema da exposição, mas desta vez integrada com cenas do cotidiano, com forte presença de mesas de bares. De todos os desenhos, apenas um tinha cor, os demais eram traços negros sobre uma folha de papel.
Gastei quase uma hora para ver, com calma, todos os desenhos expostos. Já que estava com tempo e a sala de exposição era praticamente minha, tive tempo de sobra para observar muitos detalhes destas obras.
Gostei do espaço cultural também. Amplo, moderno, com boas instalações. Falta público apenas, pois ao assinar a lista de presença, observei as presenças de dias anteriores. Raramente chegava a vinte pessoas em um dia inteiro. Espero que o Museu Nacional dos Correios se consolide no cenário cultural brasiliense, assim como o fizeram o Centro Cultural Banco do Brasil, a Caixa Cultural e o Museu Nacional da República.
Em tempo: os desenhos pertencem ao acervo do Sítio Roberto Burle Marx, unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

exposição
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domingo, 4 de novembro de 2012

VILLA TEVERE - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)


Endereço: SCLS 115, Bloco A, Loja 02, Asa Sul, Brasília, DF. (www.villatevere.com.br)

Fone: 61 3345 5513.

Especialidade: italiano.

Quando fui: almoço do dia 04 de novembro de 2012, domingo. Éramos três pessoas. Cheguei às 14:45 horas, quando um amigo já me aguardava em mesa no terraço, local agradável, cheio de plantas e um chafariz ao centro. Permanecemos quase duas horas no local.

Serviço: eficiente, mas depois que as mesas do terraço ficaram vazias, os garçons também sumiram da praça.

O que bebi: um refrescante limoncello verano, drinque feito com limoncello, soda, gelo e manjericão (R$ 14,00). O drinque é servido em uma taça aberta, a mesma utilizada para o dry Martini, com a borda coberta por açúcar. Bem leve, quase não se sente o álcool do licor. A folha de manjericão dá um toque inusitado. Também bebi uma garrafa de água com gás Prata. Ao final, uma xícara de café espresso Lavazza.


limoncello verano

O que comi: enquanto aguardávamos mais um amigo chegar, pedimos de entrada uma porção de bruschette (R$ 29,60). São quatro unidades, duas de tomate fresco e duas de berinjela com shitake, servidas sobre uma fatia de pão italiano levemente passado na chapa. Estavam muito boas, especialmente a de tomates, cortados em cubinhos pequenos e temperados com manjericão. Meu prato principal foi um risotto tropical (R$ 71,00). Bem servido, vem um prato de porcelana fundo, com as bordas pintadas de verde. O risoto é de limão siciliano, cuja textura estava bem cremosa, mas um pouco além do ponto que gosto. Quatro pequenos camarões passados na farinha de panko enfeitavam o preto, assim como gergelim preto polvilhado por cima do arroz. Servido à parte, uma geleia artesanal de limão, manga, maracujá e um leve toque de gengibre. Mergulhar o camarão nesta geleia é a dica. Ficou sensacional. Não quis sobremesa.


bruschette


risotto tropical


risotto tropical

Valor que me coube na conta: meus amigos fizeram a gentileza de me oferecer o almoço, ainda em comemoração ao meu aniversário.

Minha avaliação: * * * 1/2. Restaurante com decoração que remete às casas italianas da região do Trastevere, em Roma, com balcões cheios de flores, plantas no terraço, chafariz, portas e janelas de madeira, o que torna o ambiente agradável e com clima ameno.

Gastronomia Brasília

sábado, 3 de novembro de 2012

ARES DO BRASIL - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Endereço: QI 17, CL Bloco F, 201/204, Lago Sul, Brasília, DF.

Fone: 61 3248 4614.

Especialidade: cozinha brasileira, em releituras contemporâneas.

Quando fui: almoço do dia 03 de novembro de 2012, sábado. Éramos quatro pessoas. Chegamos por volta de 13:45 horas, com reserva prévia. Ficamos em uma mesa na varanda dos fundos. Permanecemos por mais de duas horas no local.

 Serviço: cordial, com ótima recepção na entrada e um simpático garçom que nos atendeu o tempo inteiro. Houve erro na entrega de dois pedidos de caipirinhas, mas o erro acabou sendo também muito bem apreciado por nós.

O que bebi: experimentei duas caipirinhas especiais da casa, ambas feitas com cachaça Marquesa. A primeira foi um mix de melancia, maracujá e jambu  enquanto a segunda foi uma mistura de rapadura, melancia e kiwi. Ambas por R$ 18,00. As duas são leves, refrescantes e com sabores marcantes. O jambu deixa um leve torpor na língua. Deu vontade de experimentar os outros sabores das caipirinhas especiais da casa. Para acompanhar os drinques, uma garrafa de água mineral com gás Prata. Ao final, um delicioso café coado servido em canecas de ágata.


caipirinha de melancia, maracujá e jambu



O que comi: começamos aceitando a sugestão do garçom, pedindo como entrada para compartilhar os pães artesanais Ares do Brasil (R$ 15,00). Vem uma cesta com três tipos de pães: de mandioquinha, integral com castanhas brasileiras e branco rústico. Os dois últimos são servidos já fatiados, enquanto o primeiro vem inteiro, pois é pequeno e redondo. Acompanham os pães manteiga com flor de sal, manteiga com melaço de cana e limão, azeite com pimenta biquinho, patê de surubi defumado e patê de fígado de galinha com fatias finas de casca de laranja caramelizada. Pedimos reposição dos pães, pois estavam sensacionais. Meu preferido foi o pão branco rústico, com sabor suave, macio por dentro e crocante na casca. Como prato principal, escolhi o confit de costela suína (R$ 37,00). Bem servido, o confit vem sobre uma canjiquinha mineira cozida com ora-pro-nóbis sautée. Em cima da costelinha, um montinho de couve crocante. O prato tem bela apresentação, mas é no paladar que ele se sobressai. Costelinhas cozidas que se soltavam facilmente dos ossos, couve muito bem temperada e uma canjiquinha divina, cujo sabor foi potencializado pelo uso do ora-pro-nóbis, uma verdura não muito comum em Brasília. Confesso que não sou fã de canjiquinha, mas a do Ares do Brasil é muito boa. Resolvi pedir uma sobremesa, mas a que escolhi, embora no cardápio, já não era mais servida na casa. Era um creme brulée de café.


pães artesanais Ares do Brasil


confit de costela suína

Valor total da conta: R$ 424,60.

Minha avaliação: * * * 1/2. Restaurante descontraído, com ótimas caipirinhas e pratos da culinária brasileira muito bem elaborados.

Gastronomia Brasília

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

007 CONTRA O SATÂNICO DR. NO

Depois de ver o 23º filme da franquia 007 no cinema, fiquei com vontade de rever o primeiro de todos, lançado em 1962, há cinquenta anos atrás. Peguei o DVD, coloquei no aparelho, sentei confortavelmente na poltrona e me deliciei com 007 Contra o Satânico Dr. No (Dr. No), produção inglesa dirigida por Terence Young. Baseado em conto de Ian Fleming, o agente secreto com permissão para matar, James Bond, o 007, teve sua primeira aventura no cinema na Jamaica, onde teve que enfrentar Dr. No, um cientista com ascendência asiática, com mãos de ferro, gênio do mal, que usa toda a sua inteligência e dinheiro para tentar destruir o programa espacial americano. Neste primeiro filme algumas características do personagem que se perpetuarem em todos os 22 seguintes são mostradas de forma contundente. A sua ironia, as roupas sempre bem cortadas, os carros esportivos, o dry martini, o champanhe. O famoso modo de fazer o drinque popularizou o dry martini em todo o mundo. Neste primeiro filme, a fórmula é dita bem clara: martini seco, casca de limão, batido, mas não mexido. Nesta primeira história, Bond janta com Dr. No bebendo uma Dom Pérignon Vintage 1955. Para tirar uma onda com o vilão, ele não perde a pose, dizendo que prefere a safra 1953. Isto sem falar nas mulheres. Neste filme, Bond fica com três. A primeira é Sylvia Trench (Eunice Gayson), uma jogadora profissional de cartas, que aparece na primeira cena em que surge Sean Connery na qual a famosa apresentação do agente secreto é feita pela primeira vez: Bond, James Bond. A segunda é Miss Taro (Zena Marshall), uma secretária da unidade do serviço secreto britânico na Jamaica que também trabalha para o inimigo. E a terceira é Honey Hider (Ursula Andress), a pescadora de conchas que Bond encontra na Crab Key Island, sede do laboratório do Dr. No. A cena de Andress saindo do mar, somente com biquíni e um facão na cintura virou um clássico do cinema mundial e embalou sonhos eróticos de muita gente na década de sessenta. Sean Connery mostra neste primeiro filme que seria difícil de ser substituído na pele de James Bond, sem ser um exemplo de galã, é sedutor e carismático ao mesmo tempo. Mesmo passados 50 anos, o filme ainda atrai, não envelheceu. Claro que os efeitos especiais de hoje deixam as trucagens deste filme abaixo de poleiro de pato, mas uma certa ingenuidade tem seu lugar e isto o filme tem de sobra, cuja representação máxima está na personagem de Ursula Andress. Para ver, rever, e manter em uma coleção de filmes.

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