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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

LADY GAGA - THE BORN THIS WAY BALL TOUR


Sexta-feira, 09/11/2012, 18:30 horas. A van que alugamos já nos aguardava em frente ao edifício onde eu estava hospedado em Ipanema. Chuviscava. Aguardamos cerca de dez minutos para dois amigos chegarem e seguimos para o Leblon, onde pegamos mais um casal. Com nove pessoas no carro, fomos direto para o Parque dos Atletas, local do primeiro show de Lady Gaga no Brasil, com a tour The Born This Way Ball. O trânsito era lento e carregado. Fizemos o percurso em quase duas horas. Às 20:30 horas, entramos no espaço reservado para a pista premium, cujo ingresso individual custou R$ 790,00 (setecentos e noventa reais), já incluída a taxa de conveniência e o sedex utilizado para entregar o bilhete em meu endereço residencial. Começava o show da banda inglesa The Darkness (fiz uma postagem específica sobre minhas impressões sobre este show), que durou pouco menos do que uma hora. Entre o final deste show e a entrada em cena de Lady Gaga, passaram-se longos minutos. Para entreter a galera, colocaram som mecânico, com um set list de música clássica. Obviamente que este tipo de música não tem nenhuma relação com o gosto da esmagadora maioria dos presentes. Uma mulher perto de mim gritava para tirarem aquela música e colocarem algo que animasse, pois a demora e a chuva que caía eram fatores negativos. Perto de 22 horas os telões exibiram um clip com a propaganda do perfume que leva o nome de Lady Gaga. Este vídeo serviu para animar o público. Um helicóptero sobrevoou o Parque dos Atletas, atiçando a galera. Logo ele pousou ao lado, sinal de que a diva chegava ao local. Um dos meus amigos disse que ela só estava esperando a chuva ficar mais forte para começar o show. Coincidência ou não, o pano preto que cobria o cenário caiu no momento em que a chuva apertou. Um imenso castelo apareceu em cena, com os primeiros acordes de Highway Unicorn (Road to Love). O público esqueceu a chuva e a espera, pulando e cantando a música, enquanto um desfile acontecia no palco, com Lady Gaga montada em um cavalo mecânico (parecia aqueles bichos do musical O Rei Leão). A banda não aparecia, pois ficava em nichos dentro do castelo. Tal castelo tinha partes retráteis, que se abriam ou fechavam dependendo da música que era executada. O show tem uma história. Lady Gaga é uma espécie de alienígena que é presa no castelo e tenta salvar a humanidade do sistema autoritário que impera no mundo. A troca de figurino é frenética, quase uma troca por música. A coreografia abusa da sensualidade e críticas à religião estão presentes tanto nas performances quanto nas letras de algumas canções. Quando a cantora se dirigiu ao público, teceu loas ao Rio de Janeiro e ao Brasil, verbalizando que Brazil is the future (Brasil é o futuro). Também agradeceu aos cerca de 35.000 presentes, não deixando de falar que sabia que o ingresso era caro e que ela se esforçaria ao máximo para dar alegria a quem tinha ali comparecido. Mostrou que tem uma excelente voz quando teve um momento acústico no show, ao cantar Hair. Neste momento, ela chamou três fãs, little monsters, como ela costuma chamar seus fãs mais ardorosos, que estavam em um espaço reservado em frente ao palco. Os três, visivelmente emocionados, a acompanharam durante este momento acústico. Ela também se emocionou e o telão mostrou lágrimas escorrendo em sua face, borrando a maquiagem dos olhos. Ao final, já no bis, ela chamou mais fãs para o palco, que a acompanharam correndo de um lado para o outro, dançando e pulando tanto no palco quanto nas passarelas que avançavam sobre a pista premium. Quando ela terminou a última música, cantora e fãs deixaram o palco por um elevador que os conduziu ao foço. Era o fim de um belo espetáculo. O show empolga, tem enredo, é visualmente impactante com cenário, figurino e coreografia, recheado de sucessos e tem resposta imediata do público, que acompanhava cada música, cantando e dançando. Alguns fãs fizeram questão de ir fantasiados, com figurinos exóticos nos moldes do que a cantora costuma usar. Eu estava com uma capa de chuva azul que foi se rasgando na medida em que o show avançava. No final, parecia que eu também estava fantasiado, como um mendigo todo esfarrapado. O único senão para o show foi que durante uma música e outra, em alguns momentos, ficava um hiato, um vazio, que poderia ser melhor costurado. Foram 24 músicas em duas horas e vinte minutos. As músicas que mais levantaram o público foram os sucessos Born This Way, que foi a terceira a ser executada; Bad Romance, cuja coreografia lembrou, de longe, o seu videoclipe; e o set que engatou Americano, Poker Face, Alejandro, Paparazzi e Scheibe, esta a última do show antes do bis. No retorno ao palco, Lady Gaga ainda cantou The Edge of Glory e Marry The Night, ambas presentes em todo set list dos shows anteriores desta turnê mundial. No Rio de Janeiro, ela resolveu presentear o público com mais uma música, que apareceu no set list desta turnê pela primeira vez, cantando o rap Cake Like Lady Gaga. Era quase uma hora da madrugada quando ela deixou o palco. A saída foi muito tranquila, sem tumulto algum. Fomos direto para o ponto de encontro com o motorista da van, que não estava lá. Esperamos bastante tempo para ele chegar. A volta foi mais rápida. Em cerca de uma hora estávamos de volta ao apartamento em Ipanema, onde uma bela massa a bolonhesa nos aguardava.


show
música


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