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domingo, 11 de novembro de 2012

IMPRESSIONISMO: PARIS E A MODERNIDADE

Estive no Rio de Janeiro e aproveitei para conferir a exposição Impressionismo: Paris e A Modernidade na galeria do primeiro andar do Centro Cultural do Banco do Brasil. A mostra tem entrada gratuita, sendo muito concorrida. O bom é chegar cedo, quando a fila para pegar a senha de entrada é menor. Há uma entrada apenas para a exposição. Cheguei às 11:20 horas, entrando logo na fila. Idosos, gestantes e pessoas com deficiência tem fila separada e prioridade para pegar a tal senha. Enquanto esperava, observava o público. Todas as idades, todas as classe sociais. Todos com paciência para esperar. Logo a fila aumentou e ocupou a calçada do lado de fora da rua. Era sexta-feira, portanto, dia útil. Após aguardar cinquenta e cinco minutos, chegou a minha vez de pegar a senha. Em seguida, fui até a chapelaria do primeiro andar, pois não é permitido entrar com mochilas e bolsas grandes nos espaços da galeria. Assim, comecei a visita à exposição após uma espera de uma hora. Antes de entrar, uma monitora informou as regras, tais como nada de fotos, comida ou bebida no interior da galeria. A exposição traz 85 pinturas do acervo do Musée d'Orsay, localizado em Paris. É a primeira vez que obras deste importante museu francês vem ao Brasil. A mostra já esteve em exibição no CCBB de São Paulo e desde o final de outubro chegou ao Rio de Janeiro, onde permanece até 13 de janeiro de 2013. A curadoria é de responsabilidade de Guy Gogeval, Caroline Mathieu e Pablo Jimenez Burillo. Eles selecionaram pinturas que cobrem o período da segunda metade do Século XIX e o início do Século XX, mostrando o cotidiano de uma Paris que caminhava a passos largos para a modernidade. A mostra tem seis módulos temáticos, com obras de importantes pintores da história da arte mundial, todos eles com características do impressionismo. Obras de Manet, Monet, Van Gogh, Cézanne, Gauguin, Sisley, Toulouse-Lautrec, Renoir, Pissaro, Degas, entre outros, vieram para deleite do público brasileiro. Logo na primeira sala da exposição, um vídeo curto conta em imagens a história do Musée d'Orsay. Como a entrada é limitada nas salas, não há aquela multidão que nos impede de apreciar cuidadosamente os quadros, possibilitando-nos ler todas as informações sobre cada um deles, sem precisar ficar achando um espaço em frente aos quadros. Além das notas ao lado de cada pintura, contextualizando cada módulo, existe um texto nas paredes das salas que abrigam a mostra. Por falar em paredes, elas estão pintadas em cores fortes, escuras, seguindo uma tendência mundial de valorização das pinturas expostas. E realmente os quadros ficam mais evidentes, com mais realce. Li todos os textos, o que me permitiu melhor situar o pintor e o seu quadro. Todas as obras são muito bonitas, sendo difícil indicar as mais mais. A pintura de um garoto do exército tocando flauta, pintada por Edouard Manet em 1866, chamada "Le Fifre", está em local de destaque, além de ser a escolhida para estampar os folhetos, cartazes e alguns souvenirs da exposição. Talvez, por isso, ela tenha ficado mais presente em minha memória, mas o quadro de Van Gogh retratando um interior de uma casa de dança, chamado "La Salle de Danse à Arles", também chamou minha atenção, pois foge um pouco dos traços impressionistas e tem um quê de pintura japonesa. Também destaco as pinturas de Pissaro, um dos meus pintores favoritos da vertente impressionista. Ao final, uma loja com vários produtos inspirados na exposição, além de outros ligados ao mudo das artes. Comprei um lápis alusivo à mostra e uma capa para iPhone com a estampa da obra "Le Fifre", de Manet. Ainda há uma continuação da exposição no segundo andar, onde podemos ver a cronologia do impressionismo e um vídeo sobre esta vertente das artes. Percorri todo o primeiro andar com calma, lendo todos as notas informativas, incluindo os textos nas paredes, não deixando nenhum quadro sem a devida apreciação. Ao todo, permaneci por lá cerca de uma hora e meia. Não cansou, muito antes pelo contrário, pois além de poder apreciar obras de importância incalculável para a humanidade, aprendi mais um pouco sobre o impressionismo, e me diverti. Para aqueles que já foram ao Musée d'Orsay e acham que já conhecem as obras, motivo pelo qual entendem que não precisam ir à exposição, tenho opinião contrária. Já visitei o museu francês quatro vezes e esta minha visita à exposição no CCBB do Rio de Janeiro não foi ver mais do mesmo. Algumas obras não me recordo de as ter visto antes e aquelas já conhecidas, estavam em uma montagem diferente, em contexto específico, o que deu a elas um novo significado. Sempre vale a pena ver os impressionistas. E valeu muito a pena ter esperado uma hora na fila para percorrer a exposição  Impressionismo: Paris e A Modernidade.

artes plásticas
exposição

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