King Richard: Criando Campeãs (King Richard), 2021, 144 minutos.
Direção de Reinaldo Marcus Green, com Will Smith (Richard Williams), Aunjanue Ellis (Oracene Williams) e Jon Bernthal (Rick Macci).
Cinebiografia de Richard Williams, o pai das famosas tenistas Vênus e Serena Williams. O filme foca na construção das tenistas, com ênfase em Vênus Williams, a mais velha e a primeira das filhas a fazer sucesso nas principais quadras de tênis do mundo.
Williams é obstinado, otimista, estrategista, chantagista, fazendo de tudo para que as duas filhas se tornem famosas e ricas. Para conseguir isso, vale quase tudo: treinos noturnos em qualquer dia da semana, até mesmo debaixo de chuva, disciplina excessiva, exige de todas as cinco filhas dedicação aos estudos, de fazer análises de tudo, até mesmo de um simples desenho animado, como Cinderela. Ele tem ajuda, pero no mucho, de sua esposa e também treinadora, especialmente de Serena.
Vênus e Serena viraram, desde cedo, um "produto" que o pai tentava vender para financiadores ricos e/ou para treinadores famosos. É a lógica do capitalismo dominando, o que fica claro quando chega a primeira proposta de contrato de exclusividade com a Nike para Vênus, quando ela ainda tinha 14 anos de idade. Ele condicionou tão bem sua filha, que não aceitou e uma espécie de leilão veio em seguida, com todas as grandes marcas esportivas oferecendo contratos de exclusividade, com valores astronômicos.
O roteiro procura humanizar Williams, mas para mim, ele atingiu seu objetivo, com as duas filhas virando estrelas mundiais do mundo esportivo, plenas de fama e dinheiro, mas a que custo? Sacrificou infância, adolescência, amizades, amores juvenis, não só das duas, mas das suas cinco filhas.
As performances de Smith, Ellis e Bernthal podem render indicações nas premiações 2021 do cinema norte-americano. Se irão ganhar são outros quinhentos.
Vi, em 08/12/2021, utilizando a plataforma Stremio.
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