Medo e Desejo (Fear and Desire), 1953, 62 minutos. Primeiro longa de Stanley Kubrick, que também assina a fotografia e a edição.
Rodado em preto e branco, tendo como atores Frank Silvera (Mac), Kenneth Harp (Corby), Paul Mazursky (Sidney), Stephen Coit (Fletcher) e Virginia Leith (a mulher).
Como o tema do Clube de Análise Fílmica de dezembro 2021/janeiro 2022 é Stanley Kubrick, aproveitei para iniciar minha preparação para as aulas vendo o primeiro filme deste gênio do cinema. Foi a primeira vez que o vi, mas, ao vê-lo, consegui lembrar de várias cenas dos filmes que consagraram o cineasta.
Kubrick manifestou, anos mais tarde, que era uma obra quase amadora.
Quatro soldados estão perdidos em uma selva, tentando atravessar um rio, fugindo dos inimigos, que estão nas imediações, em uma guerra não especificada em nenhum momento da projeção.
Muitos elementos presentes em Medo e Desejo irão aparecer, mais tarde, nos filmes de Kubrick. O plano fechado no rosto dos atores, mostrando suas expressões faciais, estará presente em Laranja Mecânica, Nascido para Matar, Lolita e O Iluminado, por exemplo (minha memória está ótima, pois visualizei na mente várias destas cenas de plano fechado nestes filmes que citei). O horror da guerra, com as consequentes sequelas psicológicas nas pessoas, é sempre constante: Glória Feita de Sangue, Nascido para Matar, por exemplo. O desejo carnal vai aparecer em Laranja Mecânica, Lolita, e Barry Lyndon, e De Olhos Bem Fechados. A narrativa em off está em 2001: Uma Odisseia no Espaço, por exemplo.
A fotografia é parte da trama, pois funciona como um agregador às tensões vivenciadas pelos soldados.
A edição, e aqui vou concordar com Kubrick, é quase amadora.
Enfim, embora não tenha apreciado a trama, foi legal ver um filme identificando elementos que apareceriam na curta obra de Kubrick.
Vi, em 09/12/2021, no Belas Artes À La Carte.
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