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domingo, 29 de novembro de 2009

A AURORA DA MINHA VIDA



Primeiro dia em São Paulo. De início, um lanche na Bella Paulista (Rua Haddock Lobo, 354, Cerqueira César), uma padaria 24 horas com serviço de restaurante. Como sempre, lotado com fila de espera. Mesa para dois é mais rápido. Depois de 10 minutos, chegou nossa vez de sentar. Resolvemos olhar o cardápio. Uma infinidade de opções no menu, além do buffet. Optei por uma omelete de três queijos e um suco verde com laranja (laranja, rúcula, agrião e hortelã). Suco muito ácido. Precisei colocar adoçante. Refrescante. Calor insuportável dentro da padaria. A omelete demorou a chegar. Reclamamos. Mais alguns minutos e chegam os dois pratos, ambos omeletes. Enormes. Deliciosos. Quente, fez subir um calor maior ainda. Vários monitores de tv com os jogos decisivos do campeonato brasileiro de futebol. Pagamento direto no caixa. Pegamos um táxi na saída. Destino: Teatro Ruth Escobar (Rua dos Ingleses, 209, Bela Vista). Fila na bilheteria. Há três salas. Já havíamos escolhido a peça mais cedo, lendo o jornal. Entramos na fila, com um calor infernal dentro do prédio. Quando faltavam duas pessoas para nossa vez, uma funcionária do teatro pergunta a peça para a qual compraríamos entrada e com a resposta, sugere irmos para a bilheteria no andar superior, quando seríamos os primeiros da fila. Ela só se esqueceu de avisar que a máquina do cartão de crédito na tal bilheteria estava quebrada. Tarde demais, paguei em dinheiro a entrada inteira (R$30,00). Saímos para aguardar do lado de fora, em local mais fresco. Perto das 20 horas, voltamos para dentro do prédio e entramos na sala Dina Sfat, no andar superior do teatro. Com 390 lugares, tinha menos da metade da lotação para conferir a peça A Aurora da Minha Vida, texto de Naum Alves de Souza e direção de Bárbara Bruno. Remontagem do texto já dirigido pelo próprio autor. No elenco Eliete Cigaarini, Gilmar Guido, Magali Biff, Marta Baião, Paula Arruda, Paulo Goulart Filho, Roberto Arduin e Rubens Caribé. A história se passa em uma escola católica na época da ditadura militar no Brasil, com os atores se revezando entre alunos e professores. Texto datado, desconectado da realidade em que vivemos. Não há atualização, nem adaptação para os dias de hoje. Os atores, todos muito bons, ficam imbecilizados fazendo papeis de alunos adolescentes, já que a real idade de cada um já está para lá da fase adulta. A única atualização no texto é uma gag no diálogo entre a aluna gorda (Marta Baião) e o professor de português (Roberto Arduin), quando ela diz que ele não é professor, mas sim o Tio Sukita (o ator fez o tio que ficou famoso no comercial do refrigerante Sukita). As personagens não tem nomes. Cenário e figurinos são cinzas, marcando os anos de chumbo no Brasil. Achei chata a montagem. Não gostei. Foram 100 minutos longos de se aguentar. Voltamos a pé para o hotel, em uma caminhada de quase uma hora, em uma noite muito quente.

2 comentários:

  1. Noel,
    Eu sempre achei o Paulo Goulart Filho um gato.
    Mas há muito não o vejo.
    Bjs

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  2. Pek,

    Foi a primeira vez que vi um trabalho dele.

    Bjs.

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