Depois de assistir à comédia brasileira, escolho um drama argentino, La Invención de La Carne, ainda sem título em português. Produção de 2009 dirigida pelo jovem cineasta Santiago Loza, presente na sessão em que eu estava. Com pouco diálogo e fotografia em cores esmaecidas, o filme trata da relação de um estudante de medicina com uma mulher que serve de cobaia para os trabalhos práticos para os estudantes. O jovem fica obcecado por ela e a segue até que se falam e seguem viagem juntos, um tanto quanto sem rumo. Perto um do outro, mas ao mesmo tempo distantes. Parece que ninguém os nota nos espaços e locais em que passam. O filme, embora curto (82 minutos), é muito lento. A falta de diálogos incomoda. Os dois personagens possuem traumas que se afloram à medida em que o filme se desenrola. Há cenas desnecessárias e que nada contribuem para a história. Ao final da exibição estava programado um debate, mas ninguém perguntava nada ao diretor. Alguns sairam da sala com cara de quem não entendeu nada e outros com cara de o que é que eu estou fazendo aqui. Como não há muito diálogo, a sequência de imagens nos faz construir a sua história, possibilitando uma série de interpretações para a mesma cena. Não gostei.
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