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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

DOMINGO NO MASP

Depois de fazer o check out no Holiday Inn Parque Anhembi ao meio dia do último domingo, meus amigos, gentilmente, levaram minha mala com eles para Belo Horizonte, emprestando-me uma mochila para os itens que necessitava trazer de volta para Brasília. Assim, fiquei com menos peso para passar a tarde de domingo na capital paulista, já que meu voo de volta seria às 19 horas. De táxi, fui até a Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo - MASP. A tradicional feira de antiguidades que acontece todos os domingos no vão do museu estava lotada. Fui direto para a fila comprar ingresso (R$ 15,00) para conferir as exposições em cartaz no MASP. Três delas são exposições temáticas a partir do próprio acervo do museu. Comecei pelo subsolo onde está a exposição de novos pintores alemães chamada "Se Não Neste Tempo - Pintura Alemã Contemporânea 1989-2010", em cartaz até o próximo dia 30 de janeiro. Quadros de diversos tamanhos fazem parte da mostra, da qual gostei bastante. Li atentamente as breves informações sobre cada artista ali exposto. Há pinturas que nos lembram os cartazes soviéticos, com temas socialistas, outras que ainda mostram os horrores da guerra, um fantasma que assola o povo germânico, pinturas que lembram os impressionistas, os surrealistas, alguns que usam técnicas de fotografia, enfim, um mosaico sobre a atual produção alemã. Gostei muito dos quadros de David Schell, com cores muito vivas e a obra "Escultura de Nuvens", do artista Anton Henning. Depois de conferir todas as obras expostas, com fome, resolvi almoçar no restaurante do museu, também localizado no subsolo, chamado UNI Masp. Sempre movimentado, o restaurante é amplo e trabalha com o sistema de buffet livre, com preço fixo. São três ilhas: entradas frias, pratos quentes e sobremesas, tudo incluído no preço. Comi um salmão assado com molho de frutas vermelhas muito gostoso. Saciada a fome, parti para a segunda exposição fora do acervo, localizada no primeiro andar, também em cartaz até o dia 30 de janeiro. São fotos tiradas pelo cineasta Wim Wenders, reproduzidas em grandes formatos, com o curioso nome de "Lugares, Estranhos e Quietos". Wenders nos mostra, com um olhar bem peculiar, alguns lugares que ele percorreu no mundo, incluindo uma curiosa foto tirada de uma janela de madeira pintada na cidade de Salvador, Bahia. É uma mostra rápida de percorrer. Por fim, cheguei ao segundo andar, onde ficam as obras do acervo permanente do MASP. Há muito tempo que não via o acervo do museu. Fiquei surpreso com a forma que a direção do local dispôs as obras. Elas estão divididas em três exposições temáticas. Por abordarem temas, não respeitam cronologia e nem escola de pintura:

01) "Olhar e Ser Visto (Retratos)" - com obras de grandes mestres da pintura como Modigliani (há um interessante retrato feito por ele do artista Diego Rivera), Van Gogh, Portinari, Manet, entre muitos outros.

02) "Deuses e Madonas - A Arte do Sagrado" - pinturas que nos mostram figuras ligadas ao universo religioso. Neste mostra, há o recém restaurado quadro de Nicolas Poussin, chamado "Himeneu Travestido Assistindo a Uma Dança em Honra a Príapo". O interessante do quadro é que, quando de sua restauração, descobriram um grande pênis ereto saindo da roupa de Himeneu que havia sido escondido por uma camada de tinta, provavelmente por motivos religiosos. Também nesta mesma mostra uma instalação do videoartista Éder Santos inspirado no quadro "O Julgamento de Paris". Esta instalação fez um contraponto moderno com os quadros seculares da mostra.

03) "Romantismo - A Arte do Entusiasmo" - mostra dividida em nove módulos, onde cabe de tudo um pouco pela vastidão do tema. Há desde quadros clássicos, passando por exemplares de Monet, Manet, Degas, Van Gogh, Victor Meirelles, até chegar nos nipo-brasileiros Tomie Ohtake e Manabu Mabe.

Gostei de rever as obras do acervo que eu já conhecia, além de ver algumas pela primeira vez. É sempre bom visitar o MASP.

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