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domingo, 9 de janeiro de 2011

TIÊ - PROJETO SAI DA REDE



Sábado. Noite. Teatro I do CCBB de Brasília. Cheguei meia hora antes do horário previsto para o início do segundo show do projeto Sai da Rede. Desta vez a atração era Tiê, cujo primeiro e único cd lançado até aqui, Sweet Jardim, foi muito incensado pela crítica. Tinha comprado dois ingressos (R$ 7,50 cada um, meia entrada por ser correntista do Banco do Brasil), mas fui só. Sempre há uma fila aguardando o início da venda dos convites (cortesias) não retirados até quarenta minutos antes do espetáculo. Fui até a primeira pessoa da fila, uma mulher, perguntando se ela queria uma meia entrada. Ela respondeu afirmativamente. Entreguei o ingresso, dizendo que era dela. Ela me perguntou quanto era. Disse que estava doando a entrada. Ela, para minha surpresa, não quis, dizendo que queria pagar por ele. Logo uma outra mulher prontamente aceitou o ingresso. As pessoas na fila ficaram surpresas, assim como aqueles da produção do projeto que estavam por perto. Fui o primeiro a entrar no teatro. O show começou às 21:15 horas. Apenas dois músicos acompanharam Tiê durante o espetáculo, um que ficava com instrumentos de corda e uma mulher na bateria. O teatro estava lotado, a maioria parecia conhecer bem o trabalho da cantora. Ela errou já no início. Muito tranquila, falou que errara e que iria começar tudo de novo. Ao final da primeira música, uma homenagem a si mesma, ela começou a interagir com a plateia, dando boa noite, mas dizendo que havia uma praxe entre os músicos de só cumprimentarem o público após a execução da segunda música. Ela quebrara a regra. O repertório foi baseado nas músicas de seu único trabalho, além de apresentar novas canções que farão parte do segundo disco, a ser lançado em abril deste ano. Entre uma música e outra, ela conversava bastante conosco. Muito simpática, logo tinha a plateia nas mãos. Parecia nervosa e confessou que estava, por ser o primeiro show do ano, depois de um longo período em que estava acompanhando a filha de menos de um ano. Também confessou que era avoada, e sempre esquecia as letras de suas canções caso alguma coisa tirasse sua atenção. Isto cativou o público, pois quando errava, falava que começaria de novo, arrancando risos da plateia. Quando foi apresentar uma nova música, creio que o nome é Piscar de Olhos, errou a introdução, aproveitou para dar uma rápida lida na letra, disse que talvez não iríamos gostar, mas que já estava no disco. Durante a sua execução, a alça que segurava a guitarra do seu músico saiu, e quase que o instrumento caiu. Ao final da música, Tiê perguntou se aquilo era um sinal. Mais risos. Quando canta, sua pequena voz penetra fundo em nossas mentes. Fiquei entretido com a beleza das melodias, com a voz suave da cantora e com sua simpatia. Ao terminar, ela não saiu do palco, já perguntando se queríamos bis. Tocou mais uma música, exatamente Sweet Jardim, terminando o show ovacionada. Para mim foi um belo ensaio. Falta algum entrosamento com os músicos para virar um verdadeiro show. De qualquer forma, gostei do espetáculo, pois também fiquei cativado com a sinceridade da cantora.


3 comentários:

  1. Que a atitude bacana de dor o ingresso.
    No outro extremo ouvi o alvoroço pelo ingresso.
    Foi um belo show.

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  2. Cara Márcia,

    Obrigado pelo elogio e pela visita ao blog.

    Abraços

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  3. Adoro a Tiê, tem um pouco mais de um ano que ouço sua canções, gosto tanto do 1º albúm como do 2º, ela tem uma voz divina. Pena que aqui onde moro (Belém-PA) não temos muito acesso a esses cantores maravilhosos, infelizmente.

    Ah, adorei o seu blog.

    Abraços.

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