Último final de semana do projeto Sai da Rede no Teatro I do CCBB de Brasília, com ingresso custando R$ 7,50 a meia entrada. Uma banda que não conhecia, nem nunca tinha ouvido falar era a atração: Letuce. Formada pelo casal Letícia Novaes (voz e violão) e Lucas Vasconcellos (teclados, guitarra e vocais), conta com os instrumentistas Thomas Harres (Bateria), Rodrigo Jardim (baixo) e Fábio Lima (violão e cavaco). A banda é carioca e canta de tudo um pouco. No repertório, músicas de autoria de Letícia e Lucas, com algumas versões e releituras de outros autores. O som é uma salada musical, mas com personalidade. Letícia é extrovertida, solta no palco, com grande empatia com o público, que desta vez, não lotou o teatro. Todos escutavam atentamente cada música executada. Havia gente que sabia algumas músicas e, vez ou outra, gritavam o nome de uma canção. Letícia respondia sorrindo. Algumas das músicas autorais tiveram suas histórias contadas pela vocalista. A Ballet da Centopéia é bem divertida, feita quando o casal estava em um jardim maravilhoso e viram centenas de lagartas em uma árvore numa espécie de migração. Ela disse que não gravaram em vídeo, mas a imagem ficou na memória afetiva. Outra história hilária foi para Tuna Fish, quando eles tinham somente uma lata de atum para comer em casa. A letra, em inglês,é divertida. Uma arrebatadora versão, em francês, para a música Caso Sério (Rita Lee e Roberto de Carvalho), com o nome de Sérieuse Affaire, foi um dos pontos autos do show. Para se ter uma ideia da salada, eles conseguem misturar Maurício de Souza, homenageado pela cantora ao apresentar a nova canção Cataploft, Charles Darwin, literatura, quadrinhos, haikai (poesia japonesa com apenas um verbo), fazer a plateia balançar suas chaves, acompanhando uma das músicas (o som ficou parecendo aqueles sininhos que os suíços colocam ao redor do pescoço das vacas, mas lembram também os filmes com renas de Papai Noel). Até mesmo o Mal de Alzheimer é "homenageado", em uma hilária música que tem poucas frases, rapidamente decorada e acompanhada pelo público. Anunciou a última música, mas disse que não sairiam, pois ainda teria o bis com mais duas canções. Dito e feito. Quando terminou o primeiro bis, o jovem ao meu lado pediu a canção Dia de Carnaval. Ela atendeu. Grande parte dos presentes sabia a letra, que não consta no cd, vendido por R$ 10,00 ao final do show. Comprei um exemplar. Após Dia de Carnaval, ainda houve a última música, integrante no roteiro como o segundo bis. Ganhamos, pois, três canções no bis. Outro destaque do show foi a iluminação, com efeitos inusitados, sendo usado até mesmo um velho toca discos para girar cilindros espelhados. Gostei do som, da balada, do pop da Letuce. Vida longa ao grupo que veio do Rio de Janeiro. Utilizando o refrão da música Tuna Fish, no show "we travelled on mayonese" (nós viajamos na maionese).
Após o show, fui me encontrar com os amigos de Belo Horizonte que chegaram na noite de sexta-feira. O local escolhido foi o El Paso Latino, na Asa Sul, mesmo restaurante escolhido pelos integrantes da banda Letuce para jantar. Baita coincidência. Ótima noite.
Lucas e Letícia no show do Letuce - CCBB - Brasília
Letuce no projeto Sai da Rede - CCBB Brasília
Letuce agradecendo ao público ao final do show no CCBB
bacana
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