No último domingo, dia 12 de janeiro, constatei que as músicas de George Gershwin, John Lennon, Paul McCartney, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, James Taylor, João Gilberto tem algo em comum. Todas elas ficaram ótimas com os arranjos feitos pelo grupo de John Pizzarelli, numa batida jazz. Isto ocorreu em show no Auditório Ruth Cardoso do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 20 horas, para o qual paguei R$ 88,00, já incluída a taxa de administração da Ingresso Rápido, para ficar bem localizado na Plateia Vip. John Pizzarelli estava acompanhado por piano, bateria e violoncelo, este último a cardo de seu irmão, músicos que formam o John Pizzarelli Quartet. O band leader não largou sua guitarra em nenhum momento do show. Todos usam terno e gravata, embora o show não seja formal como o traje poderia sugerir. Houve um atraso considerável para o início do espetáculo, pois houve venda de ingressos duplicados para o mesmo assento, fato que movimentou a produção para recolocar todos que tiveram este transtorno. O show é alegre, Pizzarelli é simpático, utilizou várias frases em português, e se dirigiu ao público, em inglês, por várias vezes. Ao cantar a primeira das canções brasileiras, Águas de Março (Tom Jobim), na versão inglesa, elogiou a música brasileira, dizendo-se ser um arodoroso fã. Ainda fizeram parte do set list do show outras canções brasileiras, entre elas Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), também cantada na versão inglesa, que foi acompanhada, em português, pela plateia, fazendo um bonito jogo de línguas para a música; e Só Danço Samba (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), cantada em um português quase sem sotaque. O show durou por volta de uma hora e meia, com direito a dois bis. Gostei do show, da vibração positiva em noite fria e especial em Brasília. O espaço não ficou cheio, muito antes pelo contrário, havia muita poltrona vazia. Não é a primeira vez que vejo isto em um show de jazz no mesmo local. Por falar em local, o Auditório Ruth Cardoso não é espaço apropriado para shows de jazz. É muito grande, com péssima acústica, muito frio e nada intimista, aspectos que não combinam com um show deste gênero musical. Teatros menores, como o Oi Brasília, a Caixa Cultural e o CCBB, para ficar apenas com três exemplos na cidade de Brasília, seriam muito mais adequados para receber tais shows.
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