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terça-feira, 14 de junho de 2011

PROJETO ENCANTADORAS - ROBERTA CAMPOS

O Teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1, Conjunto 1B, Bloco C), vizinho ao Palácio da Alvorada, tem um projeto interessante chamado Encantadoras que traz ao seu palco uma figura feminina de destaque, seja na música brasileira, seja nas artes cênicas. Os shows musicais predominam esmagadoramente a programação. Pelo projeto já vi Zélia Duncan, Teresa Cristina, Tulipa Ruiz, entre outras, sempre shows deliciosos de se ver, porque o teatro não é grande, permitindo uma interação entre a cantora e o público imediatamente. Comprei entrada para ver a mineira Roberta Campos, cujo segundo disco, Varrendo a Lua, costuma ser frequente no som do meu carro. Pelo projeto, todos pagam meia entrada, sem necessidade de comprovar ou doar nada. Simplesmente o preço é único: meia entrada a R$ 25,00. O show de Roberta Campos ocupou o teatro nos dias 10 e 11 de junho. Fui na primeira noite, sexta-feira passada, sozinho. Quando cheguei, uma recepcionista me entregou um pequeno formulário para preencher, se quisesse, obviamente. Era uma pesquisa sobre o teatro e o que eu gostaria de ver na sua programação. Ao final do show, haveria sorteio de brindes para quem preenchesse a ficha. Brinquei com ela, dizendo que esperava ter sorte, pois no show da Tulipa Ruiz apenas mulheres foram as sortudas. O teatro abriu no horário certo. Meu lugar era na primeira fila, local privilegiado neste teatro, pois entre a fila e o palco há um grande espaço. O público era pequeno, em sua maioria jovem. Alguns casais homossexuais na casa dos vinte e poucos anos mostrava que Roberta Campos era a escolhida da vez deste público. Ao meu lado, dois jovens que estavam totalmente enamorados,  assistiram ao show de mãos dadas, tirando muitas fotos da cantora. Um deles chegou a chorar em duas músicas que falam de amor perdido. Os poucos que compareceram ao  teatro eram antenados com as músicas da cantora mineira, pois a maioria cantava quase todas as músicas, especialmente as que fazem parte do último disco. Como sempre ocorre, pouco antes do início do show um telão desce no centro e imagens dos últimos shows na casa são passadas. A última imagem foi de Tulipa Ruiz que elogiou o projeto Encantadoras e anunciou a atração da noite. Era de se esperar que as luzes se apagassem, o telão subisse e a banda de Roberta Campos entrasse em cena. As luzes se apagaram, o telão subiu, mas nada de banda nem de cantora entrarem no palco. Isto só foi acontecer quarenta e cinco minutos após o horário previsto pra o show ter início. Depois de muito tempo, alguém resolveu pedir desculpas ao público, mas sem maiores explicações. 21:45 horas: Roberta Campos entrou com sua banda, formada por um guitarrista, um baixista e um baterista, empunhando um violão e atacou de Varrendo a Lua, sendo acompanhada por todo o público. Dali em diante, ela cantou músicas do segundo álbum, uma canção do primeiro cd, uma música nova chamada Sete Dias (uma balada do tipo fossa), e alguns covers, como Segue o Seco (Carlinhos Brown, eternizada na voz de Marisa Monte), o refrão grudento de Beija-Flor, sucesso da banda brasiliense Natiruts, refrão este que foi cantado por toda a plateia, além de duas músicas do repertório da Legião Urbana, algo rotineiro nos shows em Brasília, algo que acho mais insuportável cada dia que passa. No geral, o show não me empolgou. Roberta Campos é infinitamente superior em gravação. Ao vivo é contida, diria até mesmo sem graça. A interação com a banda é fraca (ela só apresentou os rapazes já no bis, coincidência ou não, somente depois que alguém gritou para ela os apresentar). No palco, ela me lembrou, forma de cantar e voz, a Paula Toller no  início  de carreira, quando desafinava bastante (quem não se lembra da gravação ao vivo de Nada Por Mim, quando Toller desafina feio). Roberta Campos chegou a desafinar também por duas vezes. A voz dela não preencheu o ambiente, como aconteceu com o show de Tulipa Ruiz ou o de Teresa Cristina no mesmo espaço. Embora esforçasse, a empatia com o público, muitos deles fãs, não rolou. Terminado o show, era hora do sorteio. Seriam quatro cds promocionais contendo quatro músicas do álbum mais recente da cantora. Por ironia do destino, meu nome foi o segundo a ser chamado. Ganhei um cd com músicas que já tenho. Levei assim mesmo, pois tenho um amigo que gosta dela e que não tem o disco. Vou dar este cd promocional para ele. Do teatro, fui  jantar com Ric e amigos, pois a fome já gritava dentro de mim. A próxima atração do projeto será Ângela Rô Rô, show para o qual já comprei a entrada.


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