Pesquisar este blog

segunda-feira, 16 de abril de 2012

LE PRÉ CATELAN - GASTRONOMIA NO RIO DE JANEIRO (RJ)


Endereço: Avenida Atlântica, 4.240, Sofitel Rio de Janeiro, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ.

Especialidade: culinária francesa, mas com muita influência da culinária brasileira, especialmente do norte do país. Está sob o comando do chef francês Roland Villard. Tem três estrelas na edição 2012 do Guia Quatro Rodas.

Ambiente: instalado no andar E do hotel Sofitel Rio de Janeiro, tem entrada tanto por dentro do hotel, quanto por fora, em elevador exclusivo. As cadeiras em design clássico e os grandes lustres não deixam dúvidas de que a casa é francesa em sua origem. O toque moderno fica por conta das paredes em aço escovado no corredor dos banheiros, nas imensas cortinas brancas que servem também de divisórias no salão e nas luzes em tons azuis. Há mesas na varanda, com vista para o mar de Copacabana. Fiquei em mesa interna, pois o grupo era grande.

Serviço: eficiente, discreto, atendimento no padrão Sofitel. Houve apenas uma confusão na hora em que a sobremesa cortesia chegou à mesa, pois o garçom informou os sabores dos sorbets erroneamente. Tínhamos um especialista em frutas do norte/nordeste na mesa que identificou corretamente cada um dos sabores. Entre a entrada e o prato principal, houve uma demora além da conta.

Quando fui: jantar do dia 06 de abril de 2012, sexta-feira. Feriado de Sexta-Feira da Paixão. Éramos dez.

O que bebi: água com gás Prata durante todo o jantar. Para brindar com todos da mesa, aceitei uma taça do excelente espumante brasileiro Cave Geisse, safra 2009.

O que comi: fizemos reserva pelo telefone no final da tarde da própria sexta-feira, quando fomos avisados de que, por sermos um grupo grande, o chef já definiria um menu fechado, com opções de entrada e de prato principal. Quando chegamos já estava em cima da mesa o menu definido para o nosso jantar. Antes, porém, uma variedade de pães feitos na casa chegou à mesa, juntamente com um pote de manteiga. Os pães são tão bons que é melhor comê-los puros para sentir toda a textura e o sabor. Assim que todos escolheram o que iriam comer, o chef enviou à mesa o amuse bouche: sopa de aspargos com amêndoas servida em um copinho de porcelana branca junto com um diferente mil folhas de salmão defumado com cream cheese. Ao colocar os pratos na frente de cada um, o garçom disse que o chef sugeria começar pela sopa. Foi o que fiz. Ótimo aperitivo, que abriu o paladar para o que viria em seguida. A maioria das pessoas na mesa escolheu como entrada o carpaccio de vieiras com caviar mujol e mousse de lagosta. A outra opção seria uma trilogia de escargots. Preferi o carpaccio. Foi, de longe, o melhor da noite. A apresentação do prato já é um prazer para os olhos, como pode ser visto em foto abaixo. O forte do prato é o carpaccio de vieiras, muito macias, com um leve azeite por cima delas, além do caviar, cujo sabor mais forte foi suavizado pelo carpaccio. A mousse de lagosta vem envolta em uma espécie de gelatina vermelha, conferindo uma aparência de fruta a ela. Envolvendo-a, como se fosse uma alça de bolsa, uma massa crocante. Maravilha de entrada. Depois de uma espera um pouco demorada, chegaram os pratos principais. Todos pediram peixe, escalope de robalo  ou costela de tambaqui. Apenas eu fiz uma opção diferente, escolhendo a terceira sugestão do menu, fatias de lombo de cordeiro assado no forno, panquecas de milho verde e uma fina fatia de berinjela levemente grelhada enrolada e recheada com kafta de cordeiro. Para completar o prato, um carré, também de cordeiro, e legumes cozidos. A carne estava no ponto exato, rosada, sem sangrar, muito macia e bem temperada, envolta em seu próprio molho. Muito bom. Como sobremesa, apenas uma opção no menu, ou seja, uma sinfonia patisserie, consistindo de mousse de chocolate belga, servido em um copinho de vidro, uma versão diferente de tiramissú, cheesecake com calda de framboesa e sorbet de murici, que meu amigo insistiu em dizer que era de taperebá. Gostei mais da mousse de chocolate. Do menu, achei a sobremesa a mais fraca. Preferia alguma coisa mais tradicional, como um creme brulé. Quando pensávamos que tinha acabado, chega uma cortesia do chef, ou melhor, algumas iguarias doces da casa: soufflé de chocolate amargo acompanhado de sorvetes de framboesa e de baunilha, sobremesa, segundo o garçom, vencedora de disputa na cidade como a melhor do Rio de Janeiro, profiteroles e cinco variedades de sorbet feitos com frutas do norte: cupuaçu, açaí, graviola, taperebá e tamarindo. Experimentei o soufflé, muito bom, quente e amargo, e uma pontinha do sorvete de tamarindo. Não quis café, pois já era tarde da noite e café me tira o sono.




carpaccio de vieiras com caviar mujol e mousse de lagosta


 fatias de lombo de cordeiro assado no forno, panquecas de milho verde e uma fina fatia de berinjela levemente grelhada enrolada recheada com kafta de cordeiro


sinfonia patisserie


variedades de sorbet


Quanto paguei: R$ 272,40; valor individual.


A avaliação a seguir leva em consideração a experiência por mim vivenciada durante a minha visita ao restaurante, desde o momento da reserva (quando há), passando pela recepção, acomodação na mesa, atendimento, tempo de chegada dos pedidos, até o pagamento da conta. Esta avaliação varia de um a cinco asteriscos, representados pelo símbolo (*), podendo ter a variação de meio asterisco, representada pelo formato (1/2).

Minha avaliação: * * * * 1/2Experiência gastronômica de primeira. Só não dei nota máxima pela demora na chegada do prato principal à mesa.

Gastronomia Rio de Janeiro (RJ)

Nenhum comentário:

Postar um comentário