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sexta-feira, 13 de abril de 2012

RIO SCENARIUM


Na noite do Sábado de Aleluia fui conhecer o Rio Scenarium (Rua do Lavradio,20, Lapa), casa famosa da noite carioca incluída na lista dos10 melhores bares do mundo pela publicação The Guardian. Éramos nove pessoas, sendo que um deles estava comemorando seu aniversário. Combinamos de nos encontrar na porta do bar às 22 horas, mesmo sabendo que seria quase impossível encontrar mesa livre neste horário. A casa abre cedo, creio que por volta de 19 horas, com shows agendados para começar às 19:30 horas. É tão procurada que só aceita reservas de mesas até às 20 horas. Fomos de táxi desde Ipanema. O motorista era muito gentil e nos deu várias informações sobre monumentos e prédios públicos da recuperada área do Centro do Rio de Janeiro, em especial da região da Lapa. Entramos no bairro em avenida que dá de frente para os Arcos da Lapa. A região já recebia um ótimo público. Nas ruas, presença majoritária de táxi, pois na capital carioca a Lei Seca funciona de verdade, com várias blitz pelas vias públicas e muitos cartazes nos transportes públicos e nos táxis alertando a população para se divertir com responsabilidade, preferindo estes meios de transporte caso decida por beber. Assim, cariocas e turistas vão para a balada sem a preocupação de voltar dirigindo para casa. Passamos em frente à renovada Praça Tiradentes, onde acontecia um show, com muita gente no local. Quando descemos na Rua do Lavradio, a ferveção era total. Todas as casas da estreita rua tem bares concorridos, com mesas na calçada. A fila para entrar no Rio Scenarium era gigantesca. Tivemos um ímpeto de desistir, mas esperamos todos chegarem, quando descobrimos que o aniversariante tinha uma reserva, sem mesa, obviamente, por causa de seu aniversário. Não enfrentamos fila, passando por uma rápida revista e cadastrando-nos nos caixas da recepção, onde recebemos uma comanda individual para registro de nosso consumo. Eram 22:30 horas. A casa estava bem cheia. Logo na entrada, um cartaz informava a sua lotação: 1.000 pessoas. São três níveis, unindo mais de um casarão antigo, com piso de tábua corrida, que balança quando a galera está dançando. No primeiro nível acontece os shows ao vivo, com algumas mesas ao redor da apertada e disputada pista de dança, cujo teto vaza os demais pisos, possibilitando a quem neles esteja não só dançar no parapeito, mas também ver os artistas no palco e o público dançando. Há mais de um bar por andar, possibilitando um atendimento rápido nos pedidos, mesmo com a casa lotada. No segundo piso fica a maioria das mesas e o acesso à pequena varanda com vista para a Rua do Lavradio. Ainda neste piso, há um acesso por um corredor à casa vizinha, onde fica a pista de dança para a música eletrônica comandada por um DJ. O terceiro piso também tem mesas. Em todos os ambientes, muita música brasileira, seja nos palcos com apresentações ao vivo, seja no set list do DJ. Quando chegamos, rolava um show instrumental, com muito chorinho e gafieira na pista de dança eletrônica. Perto de 23 horas, o conjunto Coisa Nossa esquentou a temperatura no primeiro andar, colocando todo mundo para dançar ao som de sambas clássicos do repertório nacional. Dancei muito ouvindo e cantando Chico Buarque, Cartola, Gonzaguinha, Jorge Benjor, entre muitos outros. Antes do show terminar, fiz um giro pela casa, me detendo na divertida decoração, assumidamente kitsch, com vários artigos que vieram do passado. Há uma parede só de rádios antigos, outra com cadeiras e mesas de cabeça para  baixo, vitrines com bonecas antigas, televisores, cadeiras altas de engraxate, quadros com retratos antigos, reproduções toscas de quadros famosos como Moça Com Brinco de Pérolas, de Vermeer, caixas registradoras antigas, bicicleta e moto penduradas no teto, um casal de bonecos de barro em cima de um piano de calda, manequins virados, espreguiçadeiras com forro de zebra, relógios e brasões antigos, entre muitos outros objetos encontrados em brechós e antiquários. Quem tem fome não precisa se preocupar, pois há vários petiscos e sanduíches no cardápio, servidos até para quem está em pé. Como não tínhamos comido nada depois do almoço, todos devoraram algumas porções de pastéis fritos. Eu ainda comi metade de um sanduíche de queijo, filé e abacaxi. Para beber, o forte da casa é a cerveja. Todo mundo fica com uma na mão. Eu fiquei na caipirosca de lima, muito bem feita, por sinal, e bastante água, já que fazia muito calor lá dentro. O ar condicionado só existe na pista de música eletrônica, onde antigos hits de Rita Lee foram a tônica. Até dancei a horrenda Ai Se Te Pego. No meio da galera, fica divertido e tem mais graça quando a gente vê os gringos dançando. Decidimos ir embora às 03:40 horas. Mesmo com a fila grande para pagar, o serviço é rápido e eficiente. Rolava um show de forró no primeiro piso quando saímos da Rio Scenarium, com a pista cheia de gente dançando agarradinho. Na saída, facilmente se consegue táxi. Mesmo sendo uma área bem turística, os taxistas cobram o valor do taxímetro, bem diferente de Salvador (BA), quando eles o deixam de lado e cobram valores exorbitantes. O Rio de Janeiro me encanta cada vez mais. Foi uma noite memorável.








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