Na terça-feira, dia 26 de fevereiro, após um ótimo café da manhã no Hard Rock Hotel Panama Megalopolis, era hora de ir conhecer o mais famoso ponto turístico da capital panamenha: o Canal do Panamá. Como estava só, fui negociar preço com os taxistas na porta do hotel. Na verdade, a negociação é feita com um único cara. Já sabia previamente que eles costumam cobrar U$ 50 para o trajeto hotel-canal-hotel, com direito a permanecer duas horas no local, com o taxista servindo de guia. O primeiro preço dado foi o que eu já conhecia. Ofereci U$ 45, que foi aceito sem pestanejar. O homem me levou até o primeiro táxi, cujo motorista se chamava Carlton. Um senhor simpático, nascido no Panamá e que sempre trabalhou no ramo do turismo. Combinei de na volta ser deixado no Casco Antiguo, o centro histórico da cidade, ao invés de voltar para o hotel. No trajeto até o canal, fui conhecendo uma parte da cidade, que está toda em obra, motivando alguns pontos de engarrafamento. Passamos por alguns viadutos até pegar uma estrada asfaltada bem movimentada, e também com obras para tudo quanto é lado. O percurso foi feito em cerca de meia hora. Quando entrávamos na via de acesso ao centro turístico do canal, vi um ônibus vermelho da empresa City Sightseeing, aqueles do tipo hop on ho off, provavelmente bem mais barato do que o táxi, mas com horários fixos, sem a liberdade de estar por sua conta. Carlton estacionou o táxi no amplo estacionamento em frente ao centro de visitantes de Miraflores Locks. Subimos vários degraus, pois a escada rolante estava quebrada. No final da escada ficam muitos taxistas oferecendo passeios turísticos ou apenas a volta para a cidade para quem não contratou um serviço como eu o fiz. Passamos na bilheteria. Há dois tipos de ingresso. Um completo, que dá direito a visitar o museu e ver um vídeo, além de observar o movimento no canal, por U$ 8, e outro apenas para subir até o quarto andar da torre onde fica o deque de observação do canal. Comprei a entrada mais barata, pois meu interesse era só ver um navio passar pelo canal. O motorista não paga ingresso, desde que devidamente uniformizado e com crachá. Na catraca, o funcionário nos disse que um navio estava entrando em uma eclusa. Apressamos o passo, pegamos o elevador, parando no quarto andar, onde havia muito turista com máquinas fotográficas e filmadoras apontadas para a eclusa onde estava o navio. Carlton me explicava tudo. Na parte da manhã, até perto de 14 horas, os navios passavam no sentido Oceano Pacífico-Mar do Caribe (Oceano Atlântico) e que a partir das 14 horas, o movimento era no sentido contrário. Durante a noite, navios menores circulavam em ambos as direções. Para 2014, quando o canal completará 100 anos, está prevista a inauguração de um novo canal que suportaria a passagem de navios mais largos e maiores. Ele me mostrou as obras, em ritmo acelerado de caminhões de um lado para o outro, bem em frente de onde estávamos. Os dois canais funcionarão de forma simultânea. Também aprendi que o canal tem oitenta quilômetros de extensão e que os navios chegam a ficar a 26 metros do nível dos oceanos quando entram no Lago Gatun, que fica um pouco mais à frente de onde estávamos. Enquanto o motorista me explicava, fui tirando fotos, observando a eclusa funcionar, com o navio entrando, o nível da água subindo para o navio passar para a próxima eclusa até chegar ao Lago Miraflores. Depois de ver o navio passar de uma eclusa para a outra, sempre acompanhado de um rebocador, chamei o taxista para ir embora, porque o que tinha que ver já tinha visto. O lugar em si é feio, com a água barrenta do canal. Ao descer, passei na loja de souvenir e comprei um pin para minha coleção. Voltamos para o táxi, fazendo o mesmo percurso da ida. No caminho, vi onde funcionará plenamente a partir de 2014 o Bio Museo. Chegando no centro da cidade, o trânsito voltou a ficar lento. Ali, constatei, mais uma vez, que pedestre é igual em qualquer parte do mundo. Como o centro é muito cheio, muitas pessoas andam no meio dos carros, pois as calçadas estão ocupadas com uma multidão e vendedores ambulantes. Esta parte da cidade é bem feia e também está em obras. Seguimos direto para o Casco Antiguo, também conhecido como Casco Viejo. Este é o bairro mais antigo da cidade, guardando muito semelhança com o centro histórico de Cartagena, na Colômbia. Mesmo porque Panamá e Colômbia foram um só até o final do Séc. XIX. O fluxo de carros é intenso e a maioria das ruas são estreitas. Para piorar, a grande parte destas ruas estava bloqueada para passagem de veículos, já que o Casco Antiguo passa por um processo de restauração completa, também com previsão de término para as comemorações dos 100 anos do canal. O motorista me deixou na Plaza Mayor, mais conhecida como Plaza Catedral. Paguei o valor combinado. Antes de eu descer do táxi, Carlton me mostrou onde poderia pegar um táxi para voltar ao hotel, dizendo-me que a corrida valia U$ 10.
turismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário