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quinta-feira, 7 de março de 2013

PLAZA CATEDRAL - CASCO ANTIGUO



Catedral


Museo del Canal Interoceanico de Panamá

Desci do táxi, vindo do Canal do Panamá, na Plaza Catedral, também conhecida como Plaza Mayor ou Plaza de La Independencia. Fica no bairro Casco Antiguo (Casco Viejo), o mais antigo da capital panamenha, datado do Séc. XVII. Foi nesta praça que o Panamá celebrou duas vezes sua independência  da Espanha e depois da Colômbia. É a maior praça do centro histórico, estando cercada de prédios antigos, de inestimável valor arquitetônico e histórico. Comecei a visita pela própria praça, onde há um coreto no seu centro. Algumas pessoas descansavam nos bancos do coreto, aproveitando uma suave brisa que vinha do mar, além de uma providencial sombra, pois fazia um calor bem abafado. Em poucos minutos eu já estava transpirando muito. Boné, tênis, roupa confortável e protetor solar são essenciais. Do coreto, tive uma boa visão de todos os prédios da praça. A Catedral Metropolitana Santa Maria La Antigua domina a paisagem, com suas duas torres brancas que espremem a fachada em pedra escura, o que possibilita um interessante contraste. Infelizmente, ela estava fechada para visitação. Do lado esquerdo da catedral, mas no outro lado da praça, há dois prédios bem cuidados. O primeiro é o Palácio Municipal, sede da prefeitura local. O Museo de La Historia de Panamá funciona no segundo piso deste prédio, cuja fachada é toda pintada em branco. Não me interessei pelo tema do museu. Ao seu lado, outro imponente prédio, sede do Museo del Canal Interoceanico de Panamá. Como tinha lido que este museu é bem mais interessante e mais completo daquele que existe em Miraflores Locks, resolvi conhecer. Além do acervo permanente, o museu também abriga exposições temporárias. No caso, havia duas mostras. Uma de fotografias de gradis de ferro de prédios históricos da Espanha e outra com obras de Paul Gauguin. A bilheteria fica no amplo saguão de entrada, em uma mesa à direita da entrada para as salas expositivas. Para entrar, três tipos de ingressos. Um para visitar o acervo, com direito à exposição temporária de fotografias, cujo valor era U$ 2, outro para visitar apenas a exposição de Guaguin, custando U$ 5, e o terceiro, para uma visita completa, ao preço de U$ 7. Comprei este último. Para variar, não tinham troco. Ainda bem que fui avisado no hotel sobre esta falta generalizada de troco na cidade e levei bastante dinheiro trocado, incluindo moedas. A entrada para a mostra de Guaguin era uma pulseira de papel azul, que foi colocada no meu braço pelo bilheteiro. Para os demais espaços, um ingresso normal. Antes de entrar, um segurança revistou minha mochila, dizendo que fotografias só eram permitidas no térreo do museu. No piso térreo estão os banheiros, o elevador, a loja do museu e uma lâmpada de farol. Ou seja, fotografias apenas desta lâmpada. Subi as escadas até o segundo piso, onde estava montada, desde o dia 07 de dezembro de 2012, a exposição Paul Gauguin, El Sueño del Panamá. Era uma exposição curta, com obras do célebre pintor francês quando ele esteve no Caribe. Sua passagem pelo Panamá, aos 39 anos de idade, foi muito rápida, pois o sonho de se instalar no país com um negócio com seu cunhado não deu certo. Para arranjar dinheiro e continuar viagem, ele trabalhou nas obras de construção do canal, além de pintar e vender seus quadros para os engenheiros franceses responsáveis pela obra. Compunham a exposição pinturas a óleo, gravuras, um desenho, uma cerâmica, fotografias da época francesa da construção do canal e cartas do artista para sua esposa. As cartas estavam em uma vitrine. Para melhor leitura, a curadoria da mostra colocou leitores eletrônicos, ao lado das vitrines, com a versão original em francês e a tradução para o espanhol. Segui a visita, subindo ao terceiro piso, onde está o acervo permanente. A história do canal está toda lá, contada através de vídeos, reportagens de jornais e revistas da época, fotografias de todos os tamanhos, objetos, roupas, mobiliário. Há muita informação escrita em grandes painéis, além da possibilidade de ouvir pronunciamentos de políticos. Confesso que me interessei pouco em ler a história. Preferi ver os objetos e as fotografias. A parte da retomada do canal dos Estados Unidos pelos panamenhos é a mais interessante. Visitando o acervo, temos uma clara noção da influência norte-americana no Panamá e uma espécie de perda de identidade do país, pois até sua moeda é desprezada, sendo o dólar moeda corrente. Ao final da mostra, uma pequena sala conta a história do edifício onde o museu está instalado, além de exibir objetos encontrados durante a sua restauração. Neste mesmo piso estava a exposição temporária de fotografias de gradis de ferro de prédios históricos espanhóis. Ao todo, gastei cerca de noventa minutos no museu. Voltei para a praça, onde do lado oposto da catedral está o edifício do antigo Hotel Central, hoje em processo final de restauração para abrigar um luxuoso hotel-spa. Já do lado oposto ao do Museo del Canal Interoceanico de Panamá está o Palácio Arcebispal e o Museo Internacional de La Esmeralda. O primeiro não tem visitação pública e o segundo não me interessei em conhecer. Minha próxima parada no Casco Antiguo era outra praça: Plaza Bolívar.


Palácio Municipal

Museo Internacional de La Esmeralda

turismo

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