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sexta-feira, 28 de maio de 2010

FILMOTECA ESSENCIAL - INTERNACIONAL (04)

Gosto muito de filmes do universo Drácula. Um dos melhores para mim é Drácula de Bram Stoker (Bram Soker's Dracula), produção americana de 1992 dirigida por Francis Ford Coppola. Conta no elenco com Gary Oldman (Conde Drácula), Winona Wyder (Mina), Anthony Hopkins (Van Helsing), Keanu Reeves (Jonathan Harker), Sadie Frost (Lucy), Tom Waits (Renfield). Coppola transpôs para a tela a história que já havia sido filmada uma infinidade de vezes, mas o fez com personalidade e ousadia. Cenários deslumbrantes e ultracoloridos, figurino exuberante, efeitos especiais de grande qualidade, maquiagem perfeita e uma atuação magistral de Gary Oldman como o velho Conde Drácula. Oldman coloca uma ambiguidade sexual na personagem arrasadora. Na fase rejuvenescida, ele é fresco, um autêntico dândi nas ruas de Londres, em trajes e trejeitos que anos mais tarde foram repetidos por Johnny Depp na trilogia Piratas do Caribe. As cenas de sexo são de uma plasticidade ímpar aliada a uma brutalidade que não choca. Para comprovar isto, basta se ater em duas cenas: o banquete do qual um insosso Keanu Reeves é literalmente comido pelas três noivas do conde (uma delas é a estonteante Mônica Bellucci, em um dos seus primeiros papeis no cinema), ou a cena em que a besta fera, precisando de sangue para se tornar mais jovem, transa com a devassa Lucy, amiga de Mina, a mocinha da fita, nos jardins de sua casa. A interpretação de Oldman ofusca praticamente todos que contracenam com ele, com exceção de Hopkins, que mesmo fazendo um papel um tanto quanto histriônico, segura bem como um avançado professor caçador de vampiros. Destaco ainda a presença de Tom Waits, para quem os diretores adoram entregar personagens à margem da sociedade, verdadeiros outsiders. No filme, é um lunático internado em uma clínica psiquiátrica, que espera a chegada de seu mestre. Revi esta fita em casa, com uma qualidade de som fantástica, quando pude, mais uma vez, constatar o quanto gosto deste filme. Para mim, obrigatório em qualquer coleção básica de filmes.

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