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domingo, 2 de maio de 2010

NEW YORK - DIA 8

Sábado de muito calor em New York. Nem parecia que há sete dias atrás fazia frio e chovia bastante. Logo cedo a 7th Avenue, em frente ao nosso hotel, estava interditada para a marcha em prol das pesquisas para a cura do câncer de mama, patrocinada pela Revlon. Vi as pessoas, a maioria vestida com camisetas brancas, da janela de meu quarto. As coisas aconteceram muito rápido, pois quando descemos para tomar o café da manhã, já estavam desmontando o palco e as barracas que estavam armadas nas imediações. Ficamos tristes por não ter participado desta passeata. Nossa primeira reserva no hotel venceu neste sábado. Logo cedo, a conta já estava debaixo da porta do quarto. Lançamento errado do acesso à internet, uma vez que comprei o pacote de 7 dias pelo preço de U$ 49,95 + taxas. Ao invés deste valor, cobraram U$ 16,95 + taxas por dia de uso, como se eu tivesse adquirido diariamente o tal acesso. O mesmo aconteceu no quarto de nossos amigos. Informaram-nos que ao fazer o check out, corrigiriam o lançamento. Mesmo com nova reserva por mais três noites, tivemos que pagar as noites correspondentes à primeira reserva. No ato do pagamento, reclamei do lançamento da internet que ainda não estava corrigido. O recepcionista retirou tudo e não me cobrou nada, nem o pacote que eu havia adquirido. Tivemos que reclamar para receber novos Explorer Pass, alegando justamente que o hotel nos levou a fazer novas reservas, pagando diária mais cara por estas três noites suplementares. Depois de tudo resolvido, fomos até o Madame Tussauds New York (234 West 42nd Street) para comprarmos um tour para Washington, D.C.. O preço do tour era U$ 149,00 por pessoa. O ônibus sai às 7 horas da manhã, fazendo uma viagem de quase quatro horas até a capital dos Estados Unidos e lá chegando, passaríamos pelos principais pontos da cidade, com paradas para fotos e almoço, retornando para New York às 16 horas, chegando por volta de 20 horas. Achamos muito cansativo. Decidimos ficar em New York e deixar Washington para uma outra oportunidade. Já que estávamos no famoso museu de cera e com o Explorer Pass nas mãos, trocamos um dos três vouchers que tinhamos direito pela entrada no museu. Foram fotos e mais fotos com as réplicas em tamanho natural de personalidades mundiais, tais como Julia Roberts, Pablo Picasso, Michael Jackson, Madonna, Paris Hilton, Daniel Craig, Barac e Michelle Obama, Gandhi, Janis Joplin, The Beatles, Lenny Kravitz, Vênus Willians, Mark Spitz, Ayrton Senna, Pelé, Steven Spielberg, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, RuPaul, Angelina Jolie, Brad Pitt e tantos outros. Há uma sessão parecida com um trem fantasma, muito escura, onde entramos em fila indiana, um segurando o braço do outro, e levamos alguns sustos, além de rir muito. Quando terminamos a visita, pegamos um táxi e fomos para a Columbus Circus. Hora de entrar no shopping The Shops e fazer mais algumas compras. Desta vez foram tênis de corrida, cds, dvds e cadernetas Moleskine. Novo táxi para almoçar. Ric estava com saudades de arroz e feijão. Obviamente nosso destino foi o restaurante Brazil Grill (787 8th Avenue), onde tocava Ivete Sangalo, passava beisebol na televisão, todos os garçons são brasileiros e o cardápio é um apanhado de pratos típicos de nosso país. Escolhi um lombo com feijão tropeiro e couve. O feijão usado é o mexicano, maior do que o que estamos acostumados a comer. Comida honesta. Voltamos para o hotel a pé para descansar e nos preparar para mais um musical. No início da noite, começamos a ouvir muitas sirenes, algo comum na cidade, mas em grande intensidade. Para trocarmos as entradas para o musical, saímos às 19:15 horas. Times Square estava lotadíssima no primeiro final de semana com calor depois do início da primavera por aqui. Logo percebemos que algo estava acontecendo. A polícia estava evacuando o local, mas não dizia nada. Um camelô respondeu a uma mulher que aquilo era New York, nunca ninguém sabe o que está acontecendo. Tivemos que ir para uma rua lateral, pois a 7th Avenue estava interditada. Ao chegarmos na rua do Minskoff Theatre (200 West 45th Street), ela estava totalmente bloqueada, sem possibilidade de acesso ao teatro. A evacuação foi muito rápida. Tudo foi ficando vazio. Conseguimos dar a volta e chegar ao teatro pelas portas dos fundos, na outra rua. Trocamos as entradas. Subindo as escadas rolantes, uma parede de vidro nos possibilitou ver um carro parado na rua com um robô fazendo algum tipo de rastreamento, muito parecido com cenas do filme vencedor do Oscar 2010, Guerra do Terror. Não nos deixaram ficar ali. Entramos no teatro e fomos conduzidos aos nossos lugares para conferir o musical The Lion King, baseado no desenho animado da Walt Disney. Embora com ingressos esgotados, o teatro tinha muitas cadeiras vazias.  O tempo foi passando e nenhum aviso pelo atraso, coisa incomum na Broadway. Com meia hora de atraso, as palmas começaram a surgir até que anunciaram que a polícia da cidade ainda não havia autorizado o início do espetáculo, pois havia uma suspeita de bomba no carro cercado na rua. Este era o motivo pelas sirenes e pela área evacuada. Demorou mais vinte minutos e avisaram que a autorização havia sido dada. Embora em bons lugares, resolvemos sentar em locais mais próximos do palco, com excelente visão. O musical é lindíssimo, com cenários e figurinos muito diferentes. César lembrou do Giramundo, de Belo Horizonte, pois há muita cena com manipulação de bonecos. Achei interessante que os atores que dão vida aos personagens sempre estão à vista, mesmo manipulando o tempo inteiro os bonecos. A primeira cena é impactante. O movimento dos animais é perfeito. Girafas, zebras, gazelas, elefante, rinoceronte, todos os animais das savanas africanas estão presentes. Saímos extasiados do teatro. No lobby havia muitos policiais solicitando que todos saíssem do teatro rapidamente. Ninguém apavorou. Na rua, todos tiveram que ir em direção à 8th Avenue, onde o movimento era enorme, com bares, restaurantes e clubes noturnos em efervecência total. Os acessos à 7th Avenue estavam interditados. Quando chegamos perto de nosso hotel, não havia possibilidade de passar. Vimos um movimento na 49th Street e percebemos que se tratava da entrada de serviço do nosso hotel, por onde conseguimos entrar. No quarto, ligamos a televisão para acompanhar as notícias. Não saímos mais. Fui dormir perto de duas horas da manhã com a 7th Avenue ainda interditada.

3 comentários:

  1. Noel,
    Foi considerado por aí realmente como um ataque terrorista, né?
    Ainda bem que sem efetivação e sem vítimas.
    Bjs

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  2. Pek,

    Pelas entrevistas que vi na TV, foi considerado uma tentativa de ataque terrorista.

    Bjs.

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  3. Pek,

    É incrível, mas ele sempre está com fome e, pior de tudo, sempre quer comer arroz, feijão, tomate, bife e batata frita. Ele está gostando bastante.

    Bjs.

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