Mais uma noite dedicada ao teatro. Novamente eu e Ric estivemos no CCBB, desta vez no Pavilhão de Vidro, para ver a estreia da peça 7 X Rodas. Ingresso, como sempre, custou R$ 7,50 (meia entrada - correntista Banco do Brasil). O espetáculo conta com sete roteiros diferentes para encenação de Hugo Rodas. Para cada roteiro, uma direção distinta. Por ordem alfabética, como está no material de divulgação da peça, são os seguintes os diretores: Adriana Lagomarsino; Adriano e Fernando Guimarães; Alexandre Ribondi e Sérgio Sartório; Fernando Villar; Guilherme Reis; Míriam Virna; e Zé Celso Martinez Corrêa. O público compareceu em peso, lotando os cem lugares disponíveis. Há seis nichos nas laterais e extremidades do Pavilhão de Vidro, com puffs vermelhos espalhados em forma de vários círculos, um dentro do outro, no centro, e alguns deles colocados entre os nichos. Tais nichos são os cenários para cada um dos roteiros. A primeira encenação é uma volta em torno da plateia tocando um bumbo, uma ode à alegria. O espetáculo é uma celebração pelas sete décadas de vida de Hugo Rodas, um uruguaio radicado no Brasil, especialmente em Brasília, desde a década de setenta. Não há uma linearidade, nem uma ligação entre uma cena e outra. A música indica a mudança de roteiro e, portanto, de cena. Como são sete roteiros diferentes, a tendência é de fazermos uma avaliação isolada, estabelecendo qual que nós gostamos mais ou menos. Há uma constante "dança" de corpos da plateia, que se movimenta junto com o ator, sempre se posicionando de frente para onde ele está encenando. Ao final, a plateia, repleta de artistas de Brasília, aplaude, longamente, de pé o mestre de quase todos. Gostei da peça, muito pela celebração, pela emoção de estar vivo e de amar a vida que nos passou Rodas. O interessante é que esta celebração se dá com textos fortes e que nos remetem à morte (guerra, tortura, assassinato). Dentre os roteiros, fico com o que tem o cenário repleto de bonecas, quando Hugo Rodas demonstra seu lado dramático ao dizer um texto que nos remete aos horrores da guerra. Ajudou, e muito, para criar um clima soturno nesta encenação, tanto o som quanto a iluminação, ainda mais com a sombra das árvores balançando do lado de fora do pavilhão, dando um ar de tristeza ao ambiente. Não há identificação, durante o espetáculo, de quem é o roteiro e a direção de cada cena. Viva Hugo Rodas!
Noel,
ResponderExcluirVoltou a carga total com o teatro, heim?
Bjs
Pek,
ResponderExcluirVoltei. Tenho preferido o teatro ao cinema ultimamente. Depois que acabaram os cinemas de arte/alternativo em Brasília, penso até três vezes para ir ao cinema.
Bjs.