Na última sexta-feira, depois de cortar cabelo, resolvi assistir a um filme no cinema. Há muito não frequentava os cinemas. Estava em Belo Horizonte. Fui ao Pátio Savassi Shopping. Cheguei às 19 horas na bilheteria do Cinemark e conferi a programação. Não tive escolha, no horário, somente o filme Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme (Wall Street - Money Never Sleeps), de Oliver Stone, produção americana de 2010. No elenco o mesmo Michael Douglas que estrelou o primeiro filme Wall Street - Poder e Cobiça, de 1987. O diretor Oliver Stone, oportunista como sempre, resolve reviver a história sórdida dos bastidores do mercado financeiro americano, ambientando a história no início da crise econômica que se abateu nos Estados Unidos no segundo semestre de 2008, contaminando em escala vertiginosa todo o mundo, em menor ou maior escala. A causa da crise foi a bolha imobiliária americana, representada em uma sequência inicial no Central Prak por bolinhas de sabão evoluindo rumo ao espaço (há cena com as mesmas bolinhas no final do filme). Metáfora visual inteligente. O filme começa com o personagem vivido por Douglas (Gordon Gekko) saindo da prisão, onde cumpriu pena por crimes financeiros, ao mesmo tempo em que sua filha tem um romance com um jovem funcionário de Wall Street. A filha não conversa com o pai pois o culpa da morte do irmão. O tal jovem é um operador do sistema financeiro e acredita em energia limpa, considerando esta forma como a grande sacada para investimentos futuros. O filme se perde num desempenho não convincente de Shia Labeouf (Jake Moore) e em uma lacrimejante Carey Mulligan (Winnie Gekko), pois ela chora em todas as cenas, seja de tristeza ou de felicidade. O grande vilão da vez é Josh Brolin (Bretton James), um rico banqueiro que espalha boatos sobre a saúde financeira de empresas que lhe interessam fianceiramente. Gekko, o pai, parece ter regenerado na prisão, mas, na primeira oportunidade, aplica um golpe...financeiro. A sensação que temos é que o crime de colarinho branco compensa quando cometido em favor de uma boa causa. História fraca, interpretações esquecíveis. Achei muito ruim.
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