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domingo, 10 de outubro de 2010

PERFUME - A HISTÓRIA DE UM ASSASSINO

Conversando com o motorista onde trabalho, ele me perguntou se já tinha visto o filme Perfume - A História de Um Assasino (Perfume - The Story of A Murderer). Disse que não, mas me lembrava do livro que li na década de oitenta no qual o filme foi baseado. O livro se chama O Perfume, do escritor alemão Patrick Suskind, que foi grande sucesso de vendas na época de seu lançamento. O motorista fez uma cópia do filme para eu assistir. Neste domingo, com o delicioso canto das cigarras no ar, depois de almoçar em casa, coloquei o dvd para tocar. Dirigido pelo alemão Tom Tykwer, o mesmo do ótimo Corra Lola, Corra, é uma produção conjunta de Estados Unidos, Alemanha, França e Espanha, lançada em 2006. Tem no elenco Ben Whishaw (Jean Baptiste Grenouille) e Dustin Hoffman (o perfumista Baldini). Também conta com a narração de John Hurt. O filme, para mim, já começou com pontos negativos, pois não gosto de narrativas em off. São 147 minutos e talvez esteja na longa duração o seu problema. Embora bem feito, com boa fotografia, reconstituição muito boa de uma Paris suja e decadente do século XVIII, o filme peca pela falta de ritmo. Não há dinamismo, com cenas que se repetem sem necessidade. Grenouille nasce debaixo de uma fétida barraca de peixe onde é rejeitado pela mãe. Ele tem um poder especial, um olfato superior que o ajudará no decorrer de sua vida. Em Paris, após ser vendido por duas vezes, acaba na casa de um perfumista em decadência, vivido por Hoffman. Com a ajuda do jovem, ele volta a ficar como a grande estrela no quesito perfume. Grenouille quer a fórmula de como se fixa para sempre o cheiro de todas as coisas, inclusive das mulheres. Ele parte para Grasse, uma cidade que vive da colheita de flores, transformando as delicadas pétalas em essências para perfumes. Seu mestre, Baldini, o ensina sobre as três notas que um perfume deve ter: a nota de cabeça, a de coração e a de fundo, totalizando doze misturas, além de lhe informar sobre uma lenda do tempo dos faraós onde uma essência final seria a que dominaria tudo, a décima terceira essência. O jovem perfumista vai se dedicar obsessivamente a encontrar esta essência, além de também criar o melhor perfume do mundo. Para tanto, ele se torna um frio assassino de belas moças da cidade de Grasse. Ele tem sua redenção quando está prestes a morrer nas mãos de um carrasco, cumprindo a sentença pela morte das donzelas, mas ele solta no ar uma lufada do perfume final, conseguido através das essências das donzelas. Ele é considerado inocente, é comparado a um anjo e um enorme bacanal acontece na praça pública. Ele retorna a Paris, com um enorme poder nas mãos, mas sem vontade de viver. Para na praça onde nascera e derrama todo o perfume em si próprio. Numa cena de canibalismo explícito, lembrando As Bacantes, ele tem seu fim. Prefiro o livro.

2 comentários:

  1. Noel,
    Eu adoro esse livro, mas o filme realmente deixa a desejar...
    Bjs

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  2. Pek,

    Eu também sou fã do livro, já o filme, achei cansativo e monótono.

    Bjs.

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