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terça-feira, 26 de outubro de 2010

E A VIAGEM PARA MOÇAMBIQUE NÃO ACONTECEU...

Dores pelo corpo, calafrios, mal estar, dor de cabeça, onda de calor, náusea, cólica intestinal, vômito e diarreia. Tudo isto aconteceu enquanto aguardava o embarque para Joanesburgo, África do Sul, no Aeroporto de Guarulhos. Não tinha fome, muito antes pelo contrário. Fiquei em dúvida se desistia da viagem ou eram sintomas passageiros. Fui um dos primeiros a embarcar, pois estava em uma das últimas fileiras. Senti uma tontura que foi decisiva. Chamei o encarregado pelo embarque, dizendo não ter condições de fazer a viagem. Solicitei que retirassem minha bagagem do avião. O encarregado viu minhas condições, pedindo-me para ficar sentado enquanto chamava alguém para me acompanhar. Um empregado da empresa South African Airways chegou com uma cadeira de rodas. A princípio, achei desnecessária a cadeira, mas ao dar alguns passos, a tontura era forte. Sentei-me na cadeira e fui levado pelos corredores do aeroporto até a saída, passando pela imigração, esteira de bagagem e alfândega. Sempre o empregado da cia aérea fazia as devidas explicações. Ele me perguntou se queria ser colocado em um táxi, ser levado a um hospital ou ao posto médico do aeroporto. Tudo o que queria era estar em casa naquele momento. Disse que queria comprar a primeira passagem para Brasília. Ele me levou até a loja da TAM, onde comprei a passagem para 20:45 horas. O relógio marcava 18:20 horas. Um empregado da TAM me levou até o posto médico, onde fui atendido. Diagnosticaram sintomas de intoxicação alimentar. Era necessário ficar no soro, mas não quis, pois não daria tempo para pegar o voo de volta para Brasília. A recomendação foi tomar muito líquido. Fiquei na sala de embarque em total mal estar. A espera foi longa. O voo atrasou apenas quinze minutos, mas tais minutos pareceram horas e horas. Eu suava frio. Tentei dormir no avião, mas o cheiro da comida que era servida me enjoava, assim como o perfume de uma mulher que sentava à minha frente. Ric já me esperava no aeroporto quando cheguei em Brasília. Ele quis me levar direto para o hospital, mas disse para irmos para casa. Estava cansado e precisando de deitar. Foi uma madrugada longa, cheia de idas e vindas ao banheiro. Nada de trabalho na segunda-feira. Fiquei em casa, bebendo muito líquido. Todas as dores passaram, apenas as cólicas intestinais continuam até neste momento em que escrevo este post. Durante todo o dia tentei contato com Maputo, Moçambique, para avisar que não viajei, mas as ligações telefônicas não se completavam. Apenas à noite, consegui falar com o hotel onde ficaria hospedado, deixando recado à delegação brasileira de minha ausência no evento naquele país. Durante toda a segunda-feira pude refletir sobre meus hábitos alimentares e conclui que não há mais possibilidades de me aventurar comendo coisas que não estou acostumado. O lado positivo disto tudo é que entre domingo e terça-feira, perdi mais de três quilos. Um bom incentivo (mesmo sendo desta forma ruim) para se começar uma dieta.

2 comentários:

  1. Noel,
    Espero que esteje cada vez melhor.
    Sábia decisão de não viajar, pois ficar doente longe de casa, e ainda mais em outro país, deve ser terrível.
    Bjs

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  2. Pek,

    Imagine idas e vindas ao banheiro no avião!

    Bjs.

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