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sábado, 9 de outubro de 2010

COMER REZAR AMAR

Brasília. Noite de sexta-feira. Calor. Eu e Ric resolvemos conhecer a sala Platinum do Kinoplex do ParkShopping. O filme escolhido foi Tropa de Elite 2. Chegamos com uma hora de antecedência para o início da sessão, marcada para 20:50 horas. Filas enormes na bilheteria e nos totens de venda automática. Cartazes na parede anunciavam que todas as sessões noturnas para o filme que escolhemos estavam esgotadas. O filme ocupa quatro salas no complexo. O filme cujo início era o mais próximo foi o escolhido por nós. Pagamos meia entrada cada um utilizando o cartão de crédito Itaú para assistir Comer Rezar Amar (Eat, Pray, Love), produção americana de 2010, dirigida por Ryan Murphy. No elenco, Julia Roberts, James Franco e Javier Bardem. O filme é uma adaptação do livro de Elizabeth Gilbert, uma autobiografia. Liz Gilbert (Julia Roberts), depois de dois relacionamentos mal sucedidos, resolve se dar um tempo, viajando por três cidades do mundo, procurando se auto conhecer. A primeira parada é Roma, na Itália, onde faz amizade, em um agitado café, com uma sueca e tem aulas de italiano com o namorado dela. Nesta fase, a ênfase é na comida. Várias cenas com closes dos pratos que Liz consome nos dá uma vontade enorme de sair do cinema e procurar um bom restaurante de comida italiana. Não há nenhum prato sofisticado. Apenas comida simples, com Liz tendo enorme prazer em apreciá-la. Há inclusive uma bela fala contra a ditadura da magreza, quando está em Nápoles com a amiga sueca comendo uma autêntica pizza napoletana. De Roma para a Índia, quando ela entra na fase de meditação, de orações. Assim como na Itália, o diretor não esconde o dia a dia dos indianos, com moscas, vacas, rua barulhenta, trânsito caótico. Liz entra em um local onde as pessoas se entregam à meditação, mas também ajudam na limpeza local. Faz amizade com um texano que também está no local para se encontrar.Também conhece uma indiana de 17 anos que foi prometida em casamento para um jovem rico. Ela não quer o casamento, mas cede à pressão da família e da tradição do local. Em uma colorida cerimônia de casamento, Liz volta ao passado, exatamente na primeira dança com seu marido. Pensando se tratar de uma música para se dançar a dois, colado um ao outro, o DJ solta Good Times, do Chic. Ela fica ainda um tempo na Índia, quando parte para a terceira cidade, Bali, na Indonésia, onde vive a fase amar do título do filme. Reencontra o guru que previu seu futuro, continua meditando, é atropelada por Felipe (Javier Bardem), um brasileiro que trabalha em uma empresa de exportação/importação de joias, servindo também de guia nas horas vagas. Obviamente, os dois engatam um romance. No mais, é ver o filme. Há música brasileira na trilha sonora: Bebel Gilberto e João Gilberto tocam em algumas cenas da terceira fase do filme. Gostei bastante, mas faço uma ressalva quanto à atuação de Bardem. Ele é um excelente ator, mas não convence como um brasileiro. Quando fala português, é sofrível e falso. Com muita fome, do cinema fomos direto para um restaurante de comida italiana, o Villa Tevere, onde apreciamos um bom vinho tinto de Portugal, além de bruschettas de entrada e um belíssimo filé com risoto.
Bela noite.

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