Feriado. Nada melhor do que reunir os amigos e degustarmos um excelente almoço. Dez amigos. Apartamento de uma amiga. O chef é o que mais gosta de cozinhar. Passamos uma tarde agradabilíssima, regada a bons vinhos, bom papo, boa comida. Fomos ainda premiados com uma refrescante chuva no final da tarde. A vista que tínhamos era linda, com os flamboyant em flor.
Enquanto esperávamos, pães da La Boulangerie com azeite e sal, além de pastas de gorgonzola e de frango. Degustamos um vinho branco português do Douro, o douRosa 2007, com aroma que tomou conta da sala, com muito floral e abacaxi.
Por volta de 14:30 horas, o chef mandou todos se sentarem à mesa. Começava o ritual de nosso almoço. Para brindar, o vinho rosé chileno Montes Cherub 2009, com uma cor muito bonita e sabor marcante, leve, próprio para dias quentes, que também acompanhou a primeira entrada: salada de aipo, uva passa, cramberries em passa, maçã, abacaxi, gengibre ralado e um leve toque de maionese. Na mesma entrada, uma concha, estilo símbolo da Shell, com vieiras com coral. Prato leve, próprio para o calor que estava fazendo, além de delicioso. Foi muito elogiado pelos comensais.
Em seguida, nova rodada de vieiras, desta feita, sem coral, levemente passada na frigideira, acompanhada com a mesma salada tropical. Para harmonizar, o champagne Taittinger Prestige Rosé.
Depois das duas entradas com vieiras, chegou a vez do primeiro prato principal: carré de javali assado com tomilho acompanhado por polenta feita apenas com água, flor de sal e queijo brie. A textura da polenta estava excelente, nem mole, nem dura, com sabor marcante. Coloquei um fio de azeite, o que deu maior personalidade ao prato. O carré de javali estava no ponto, com a carne soltando facilmente do osso e uma gordurinha maravilhosa. Para harmonizar, nada como um potente vinho tinto argentino. Foi a vez do cabernet sauvignon Perdriel Coleccion 2005.
O segundo prato principal também foi escoltado pela mesma polenta do primeiro. Também foi um javali. Foi um filé de javali feito com uma crosta crocante de pistache triturado, castanha de caju triturada, queijo parmesão, manteiga e farinha de rosca. Estava divino. Um toque de sal na base do filé fez a diferença, ficando tostada e saborosa. Dois vinhos tintos foram os escolhidos para este prato: o cabernet franc chileno Loma Larga 2007 e o português de Alentejo chamado Recuengos Reserva 2007.
Em seguida, a sobremesa. Uma torta de mousse de pistache com nozes trituradas com mel na base, da grife Daniel Briand. Como todas as tortas desta casa, estava sensacional. Logicamente que houve um vinho de sobremesa para acompanhá-la. Foi um Late Harvest 2005 sauvignon blanc, chileno da casa Concha Y Toro. O arremate final foi um cálice da sempre saborosa Amarguinha, licor português de amêndoas amargas. Nespresso para quem aprecia um bom café também foi oferecido.
Quando a tarde chegava ao fim, com o cheiro da terra molhada enchendo o ar, além do canto das cigarras que voltaram a fazer o seu barulho após a chuva, deixamos o apartamento de nossa amiga muito felizes com o dia que passamos.
Javali, paca, cordeiro, pombo, cutia...
ResponderExcluirDepois diz que exagero quando falo que seu cardápio tem iguarias que jamais botei na boca rsrsr
Bjs
Pek,
ResponderExcluirSem comentários...Nunca comi pombo nem cutia.
Bjs.
Foi realmente um dia maravilhoso. Casa magnífica da anfitriã, convivas do melhor naipe. O Chefe, moi, se deleitou em preparar os pratos com a ajuda de sua competente Sous-Chef Maria acredito que a gastronomia e harmonização ficou excelente. Espero sempre ser estimulado a repetir muitos outros encontros e que eu possa superar as tensões e propiciar aos bons amigos momentos assim tão felizes.
ResponderExcluirVoyuer,
ResponderExcluirEspero que muitos outros almoços e jantares ainda existam, seja em Brasília, Paris, Hartford ou Belo Horizonte.
Bjs.