Pesquisar este blog

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TROPA DE ELITE 2

Depois de três tentativas frustradas, consegui comprar entrada para ver o filme brasileiro sensação do momento.  Utilizando o cartão Claro Club, paguei meia entrada (R$ 8,00) no Cinemark Iguatemi, Brasília. O filme é Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora É Outro, dirigido por José Padilha. No elenco, Wagner Moura (Coronel Nascimento), André Ramiro (André Mathias), Milhem Cortaz (Capitão Fábio), Maria Ribeiro (Rosane), Irandhir Santos (Diogo Fraga), Seu Jorge (Beirada), Tainá Muller (Clara), Sandro Rocha (Russo), André Mattos (Fortunato), entre outros. Uma das forças do filme é o elenco, com interpretações marcantes como as de Seu Jorge como o bandido Beirada e André Mattos como o apresentador de programa sensacionalista de tv que depois se torna deputado estadual. Nesta sequência, Coronel Nascimento não está mais à frente do BOPE, pois foi promovido a Subsecretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, mas continua sua batalha por "limpar" a cidade do crime organizado. Dentro da secretaria, descobre que sua luta é muito maior do que pensava. Ele chama de "o sistema" seu novo inimigo, onde o crime tem ligações estreitas com os políticos e a polícia, com policiais formando uma milícia armada que estorque os moradores em troca de proteção contra os criminosos traficantes de drogas. Ele continnua sendo durão como no primeiro filme, já separado da mulher, que se casou, ironicamente, com um defensor dos direitos humanos que sempre combateu os métodos utilizados pelo BOPE comandado pelo então Capitão Nascimento. O filme é mais dinâmico do que o primeiro, o roteiro é redondo, direto, tem mais ação e repete aquilo que fez sucesso, como a tortura por asfixia em um saco plástico e a câmara nervosa acompanhando as perseguições e tiroteios nas favelas e morros cariocas. Pode-se dizer que o filme é uma catarse contra a politicagem imunda que impera, não só na cidade do Rio de Janeiro, mas em todo o país. Embora eu não goste de narrações em off, nesta sequência ela até que funciona bem como elemento esclarecedor para a história em si, mas poderia ser evitada. Merece destaque também a poderosa fotografia de Lula Carvalho, com tons realistas. O cinema estava lotado e as conversas ao final da exibição eram, em sua maioria, positivas e favoráveis ao filme, mostrando que ele pode bater o recorde de público da safra recente do cinema nacional. Embora a primeira frase que aparece na tela nos alerte que, embora possa haver eventuais coincidências com a realidade, se trata de uma obra de ficção, quando acabamos de ver o filme, fica difícil acreditar que todas as situações apresentadas não façam parte do cotidiano nos grandes centros urbanos de nosso país. Gostei muito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário