Acordei cedo no sábado, antes de sete horas da manhã. Aproveitei para ver o Rio Negro da varanda de meu apartamento. Com a seca que assola a região, o rio está em nível muito baixo, deixando uma larga faixa de areia descoberta. Bonita paisagem. Tivemos que tomar café da manhã correndo, pois decidimos fazer o passeio para ver o encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões. Às 9 horas da manhã a van iria nos pegar no hotel. Para o passeio, que também inclui almoço sem bebidas no Amazon Jungle Palace e visita a uma comunidade indígena chamada Tupé, o preço é de R$ 200,00 por pessoa, mas conseguimos fechar por R$ 180,00. A van atrasou quinze minutos. O trajeto entre o hotel e a marina de onde sai o catamarã Júlio César I é curto. Na entrada do barco, copo de água de cortesia. Ficamos, inicialmente, no andar superior no sol, mas o calor intenso nos fez mudar de ideia e procurar sombra, também no andar superior. O interior do barco é confortável, climatizado, com bar vendendo bebidas. A navegação sobre o Rio Negro, margeando a costa de Manaus, é agradável. Depois de mais de uma hora, chegamos no famoso encontro das águas. É muito bonito ver as águas escutas do Rio Negro não se misturarem com as águas barrentas do Rio Solimões para formar, mais à frente, o Rio Amazonas. Parada para muitas fotos. O nível do rio está 27 metros mais baixo do seu normal. Fizemos a volta e navegamos em direção ao hotel de selva Amazon Jungle Palace. Com o nível baixo da água, tivemos que desembarcar em barcos a motor e caminhar um pequeno trecho até o hotel. Em época de cheia, o catamarã chega até lá. Este hotel tem estrutura moderna e é montada em balsas flutuantes, permitindo que ele suba ou desça ao sabor do volume de água do rio. Havia um jacaré dormindo na margem ao longo do hotel. Almoçamos no restaurante do local. Serviço self service em buffet. Da comida local, apenas farinha e pirarucu grelhado. Nada de excepcional. O serviço de reposição é muito lento, assim também o é o serviço nas mesas. Um simples refrigerante demorava para chegar ao solicitante. Depois do almoço, ficamos perto de meia hora no hotel. Tempo suficiente para conhecer as áreas externas, uma suíte master e tirar algumas fotos. Voltamos caminhando até o local de entrar nos pequenos barcos que nos transportaram para o catamarã. O próximo ponto do passeio era a parada na comunidade indígena Tupé, um pequeno grupo de índios de cinco etnias diferentes que vivem, com autorização, em uma Área de Proteção Ambiental - APA. A visita à comunidade nos permite conhecer um ritual indígena. Por causa da seca, os índios montaram um local provisório para a apresentação mais próxima ao local onde desembarcamos, novamente utilizando pequenos barcos a motor para pisar terra firme. No caminho, um índio e sua filha Melissa (isto não é nome de índio!), devidamente paramentados, nos recebe. A parada para foto é inevitável. Mais uma pequena caminhada, com um clima muito úmido e quente, chegamos suados ao local da apresentação. Duas mulheres da excursão faziam aniversário. Receberam de presente uma saudação indígena. Em seguida, cinco homens e cinco mulheres, todos com vestimentas indígenas, leia-se penas na cabeça, pinturas nos corpos, chocalhos nas pernas, saias de rafta, ramagens nos corpos (e uma sunga cor da pele usada pelos homens), apresentaram a dança das etnias e uma dança de confraternização com os visitantes (alguns são chamados para dançar com eles, mas nenhum do nosso grupo foi agraciado). Ao final, uma pequena feira de artesanato com peças por eles confeccionadas. Embora acredite que tais índios vivam na comunidade, achei meio forçado o uso de roupas que acostumamos a ver nos filmes nacionais, como fantasia de carnaval, pois vi, no próprio local, shorts e saias de uso rotineiro do "homem branco", além de panelas, talheres e caixas de isopor para manter gelada as garrafas de água que vendiam no local. Pareceu-me algo para turista estrangeiro apreciar. Voltamos para o barco para navegação de retorno ao hotel. Pegamos um maravilhoso por do sol no Rio Negro e uma brisa morna que soprava em nossos rostos ao longo do caminho. Chegamos cansados quando o relógio marcava 19 horas. Decidimos ficar um tempo na piscina de borda infinita do hotel (considerada a maior piscina de borda infinita do Norte do Brasil). A água estava morna. A piscina estava cheia. Ficamos por lá por mais de uma hora. Todos decidimos jantar no próprio hotel, pois estávamos cansados para sair e procurar um restaurante. Aproveitaram para abrir um espumante em minha homenagem, já que meu aniversário é neste domingo, Dia das Bruxas e de segundo turno das eleições brasileiras. Mais uma vez, o serviço era buffet em self service. Caro (R$ 55,00) para o que oferece em qualidade e opções. Quatro, entre eles eu, optaram pelo buffet e quatro pediram alguma opção do cardápio. Ao final, nova comemoração, com direito a parabéns pra você, com torta doce e uma velinha para eu soprar. Comemoração simples, mas repleta de sinceridade e de carinho. Obrigado a Ric e a todos os amigos que partilham comigo esta viagem e esta celebração. Hora de voltar para o quarto, pois o domingo será também longo, com justificativa de ausência para votar e novo passeio de dia inteiro pelo universo ecológico da Amazônia.
Um pouco de tudo do que curto: cinema, tv, teatro, artes plásticas, enogastronomia, música, literatura, turismo.
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domingo, 31 de outubro de 2010
MANAUS - DIA 1: ENCONTRO DAS ÁGUAS
Acordei cedo no sábado, antes de sete horas da manhã. Aproveitei para ver o Rio Negro da varanda de meu apartamento. Com a seca que assola a região, o rio está em nível muito baixo, deixando uma larga faixa de areia descoberta. Bonita paisagem. Tivemos que tomar café da manhã correndo, pois decidimos fazer o passeio para ver o encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões. Às 9 horas da manhã a van iria nos pegar no hotel. Para o passeio, que também inclui almoço sem bebidas no Amazon Jungle Palace e visita a uma comunidade indígena chamada Tupé, o preço é de R$ 200,00 por pessoa, mas conseguimos fechar por R$ 180,00. A van atrasou quinze minutos. O trajeto entre o hotel e a marina de onde sai o catamarã Júlio César I é curto. Na entrada do barco, copo de água de cortesia. Ficamos, inicialmente, no andar superior no sol, mas o calor intenso nos fez mudar de ideia e procurar sombra, também no andar superior. O interior do barco é confortável, climatizado, com bar vendendo bebidas. A navegação sobre o Rio Negro, margeando a costa de Manaus, é agradável. Depois de mais de uma hora, chegamos no famoso encontro das águas. É muito bonito ver as águas escutas do Rio Negro não se misturarem com as águas barrentas do Rio Solimões para formar, mais à frente, o Rio Amazonas. Parada para muitas fotos. O nível do rio está 27 metros mais baixo do seu normal. Fizemos a volta e navegamos em direção ao hotel de selva Amazon Jungle Palace. Com o nível baixo da água, tivemos que desembarcar em barcos a motor e caminhar um pequeno trecho até o hotel. Em época de cheia, o catamarã chega até lá. Este hotel tem estrutura moderna e é montada em balsas flutuantes, permitindo que ele suba ou desça ao sabor do volume de água do rio. Havia um jacaré dormindo na margem ao longo do hotel. Almoçamos no restaurante do local. Serviço self service em buffet. Da comida local, apenas farinha e pirarucu grelhado. Nada de excepcional. O serviço de reposição é muito lento, assim também o é o serviço nas mesas. Um simples refrigerante demorava para chegar ao solicitante. Depois do almoço, ficamos perto de meia hora no hotel. Tempo suficiente para conhecer as áreas externas, uma suíte master e tirar algumas fotos. Voltamos caminhando até o local de entrar nos pequenos barcos que nos transportaram para o catamarã. O próximo ponto do passeio era a parada na comunidade indígena Tupé, um pequeno grupo de índios de cinco etnias diferentes que vivem, com autorização, em uma Área de Proteção Ambiental - APA. A visita à comunidade nos permite conhecer um ritual indígena. Por causa da seca, os índios montaram um local provisório para a apresentação mais próxima ao local onde desembarcamos, novamente utilizando pequenos barcos a motor para pisar terra firme. No caminho, um índio e sua filha Melissa (isto não é nome de índio!), devidamente paramentados, nos recebe. A parada para foto é inevitável. Mais uma pequena caminhada, com um clima muito úmido e quente, chegamos suados ao local da apresentação. Duas mulheres da excursão faziam aniversário. Receberam de presente uma saudação indígena. Em seguida, cinco homens e cinco mulheres, todos com vestimentas indígenas, leia-se penas na cabeça, pinturas nos corpos, chocalhos nas pernas, saias de rafta, ramagens nos corpos (e uma sunga cor da pele usada pelos homens), apresentaram a dança das etnias e uma dança de confraternização com os visitantes (alguns são chamados para dançar com eles, mas nenhum do nosso grupo foi agraciado). Ao final, uma pequena feira de artesanato com peças por eles confeccionadas. Embora acredite que tais índios vivam na comunidade, achei meio forçado o uso de roupas que acostumamos a ver nos filmes nacionais, como fantasia de carnaval, pois vi, no próprio local, shorts e saias de uso rotineiro do "homem branco", além de panelas, talheres e caixas de isopor para manter gelada as garrafas de água que vendiam no local. Pareceu-me algo para turista estrangeiro apreciar. Voltamos para o barco para navegação de retorno ao hotel. Pegamos um maravilhoso por do sol no Rio Negro e uma brisa morna que soprava em nossos rostos ao longo do caminho. Chegamos cansados quando o relógio marcava 19 horas. Decidimos ficar um tempo na piscina de borda infinita do hotel (considerada a maior piscina de borda infinita do Norte do Brasil). A água estava morna. A piscina estava cheia. Ficamos por lá por mais de uma hora. Todos decidimos jantar no próprio hotel, pois estávamos cansados para sair e procurar um restaurante. Aproveitaram para abrir um espumante em minha homenagem, já que meu aniversário é neste domingo, Dia das Bruxas e de segundo turno das eleições brasileiras. Mais uma vez, o serviço era buffet em self service. Caro (R$ 55,00) para o que oferece em qualidade e opções. Quatro, entre eles eu, optaram pelo buffet e quatro pediram alguma opção do cardápio. Ao final, nova comemoração, com direito a parabéns pra você, com torta doce e uma velinha para eu soprar. Comemoração simples, mas repleta de sinceridade e de carinho. Obrigado a Ric e a todos os amigos que partilham comigo esta viagem e esta celebração. Hora de voltar para o quarto, pois o domingo será também longo, com justificativa de ausência para votar e novo passeio de dia inteiro pelo universo ecológico da Amazônia.
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