Sábado. 21 horas. Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro lotadíssima para ver as coreografias do grupo Modern Table, originário da Coreia do Sul e criado pelo músico e coreógrafo Kim Jae-Duk, atração do penúltimo dia do Cena Contemporânea 2011. Desta vez, eu estava na plateia como convidado, pois ganhei duas entradas da coordenação do festival. Sentei na parte onde estavam os atores poloneses de Carson City, além de vários sul-coreanos e produtores de teatro da América Latina. Foram duas as coreografias mostradas: Darkness Poomba e Awake. A primeira a ser apresentada foi "Awake", que tem apenas dois bailarinos em cena, ambos também cantores. Eles iniciam cantando sentados em cadeiras colocadas lado a lado, com suas mãos no braço do outro, como se fossem um único ser. Após a música, cantada em coreano, começa a coreografia, com uma música instrumental, som mecânico, ao fundo. Terminada a canção, a dança continua sem som. Os bailarinos param e Kim Jae-Duk explica, em inglês e em coreano, que aquele número queria retratar a "luta" entre seu corpo e sua alma, que em certos momentos queriam seguir caminhos distintos. Com muitos passos no chão, a coreografia se desenvolve em um clima sombrio, porém poético. Dura pouca mais que meia hora. Um breve intervalo e o grupo volta completo, com sete bailarinos, um cantor e três músicos. A segunda coreografia, "Darkness Poomba", é mais vibrante, parecendo um show de rock. A maior parte do tempo, a música é executada ao vivo. Kim Jae-Duk, como na primeira parte, também canta e toca uma espécie de gaita, mas desta vez no meio da plateia, que responde com palmas ritmadas. Há uma nítida mistura entre a música tradicional sul-coreana (que não conheço, mas fica evidente) e uma música mais pop, mais internacional, ligada ao rock. O número é mais rápido. A plateia mostrou que gostou muito, pois o grupo foi bem ovacionado e aplaudido de pé. Gostei de ter visto algo diferente, com bailarinos cantores e performáticos.
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