Dois amigos que moram em Belo Horizonte me convidaram para uma tarde de domingo cultural. Começamos por visitar o Museu das Minas e do Metal, um dos museus que integram o Circuito Cultural da Liberdade, na Praça da Liberdade. Eu já tinha estado no prédio do museu por ocasião da vernissage da exposição da Anglo Gold Ashanti, mas, à época, não foi permitido percorrer os espaços onde está exposto o seu acervo permanente. Desta vez o objetivo era a visita. O ingresso custa R$ 6,00. É permitido fotografar sem flash e fazer pequenos filmes. O prédio era sede da Secretaria Estadual da Educação e foi todo reformado e adaptado para receber o acervo que conta a história de Minas Gerais sob a ótica da atividade econômica que dá nome ao estado, ou seja, a exploração das minas e dos metais. O edifício impressiona com sua fachada que forma o belo conjunto arquitetônico da praça, mas ele é mais impactante em seu interior. Logo na entrada vemos um belíssimo piso hidráulico, colunas de mármore e uma escadaria de ferro que já valem a visita. A exposição permanente está localizada no primeiro piso, onde estão os minerais, e no segundo piso, espaço dos metais. O acesso se dá pelos fundos do prédio, onde foi construída uma estrutura moderna, com escadas de ferro ladeadas por paredes de vidro e um elevador panorâmico do lado direito de quem entra. Começamos a visita pelo segundo piso, onde, logo na saída do elevador, à esquerda, há um corredor com algumas telas de televisão nas quais são exibidos vídeos que mostram a presença dos metais no nosso dia a dia: na alimentação, na medicina, no esporte, nas grandes estruturas que existem nas cidades, entre outros. São vídeos curtos e bem informativos. Em seguida, uma sala com uma grande instalação alusiva à tabela periódica, além de um filme animado sobre o inventor da tabela. Na próxima sala, a interativida predomina. Há uma balança que nos informa a quantidade média de metal existente em nosso corpo. Também há dois displays que informam fatos interessantes sobre os metais na forma de um game. Uma maquete de uma mineração a céu aberto é a atração da próxima sala, assim como um espelho que nos faz sentir como reis e rainhas (dependendo da posição que ficamos, coroas e colares são refletidos em nossa imagem). Passamos ao primeiro andar, local mais interessante, pois está cheio de projeções, games, instalações que esclarecem fatos sobre os metais importantes para a economia mineira: bauxita (alumínio e reciclagem), manganês (uma pequena gruta com desenhos pré-históricos), diamante (um game no melhor estilo Programa Sílvio Santos), ouro (entramos em um espaço que simula um elevador descendo nas profundezas da Mina de Morro Velho tendo como guia D. Pedo II e sua esposa). Neste piso, parei um bom tempo em frente às vitrines de várias pedras preciosas e semi-preciosas. Algumas destas vitrines são fechadas, mas uma alça nos indica que podemos abrí-las. Puxando a porta, uma gravação conta um pouco sobre a pedra que vemos. Algumas salas fazem homenagens a importantes nomes para a atividade mineradora, como Eliezer Batista , ex-Ministro das Minas e Energia e pai de Eike Batista, cuja empresa é a mantenedora do museu. Em uma outra sala há uma vídeo-instalação que mostra todo o processo de extração de uma mina a céu aberto, desde a destruição do meio ambiente, passando pela exploração e pelo descomissionamento (fim das atividades mineradoras), até a recuperação ambiental do espaço degradado. Terminamos a visita passando por um Chão de Estrelas, instalação que inverte a função de lunetas que apontam para o subsolo e nos permite ver a beleza das pedras de Minas Gerais. No piso térreo, há um espaço para exposições temporárias, mas nada estava em cartaz, uma boa loja de souvenir e um café, ainda não inaugurado (parece que a abertura acontece ainda em setembro). Gastamos uma hora e quinze na visita, mas quem quer ver todos os vídeos, o ideal é reservar, pelo menos, duas horas. Além do acervo, ver os detalhes de paredes, tetos, portas, janelas, lustres e pisos do prédio é essencial, pois a beleza é impactante. Museu de primeira!
Olá Noel! Sou a Flávia da Comunicação do MMM e adorei sua descrição do nosso Museu, Obrigada! Quando retornar a BH não deixe de nos visitar novamente e tomar um café conosco!
ResponderExcluirFlávia,
ResponderExcluirObrigado pela visita ao blog. Com certeza voltarei ao Museu das Minas e do Metal e tomarei um café com vocês.
Abçs.