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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

NO RITMO DO CORAÇÃO (CODA)

No Ritmo do Coração (CODA), 2021, 111 minutos.

Filme dirigido por Siân Heder, que também assina o roteiro, adaptado do filme francês La Famille Bélier ( Victoria Bedos, 2014).

Estrelado pelos atores surdos Marlee Matlin (Jackie Rossi), Troy Kotsur (Frank Rossi), Daniel Durant (Leo Rossi), além da atriz protagonista, que não é surda, Emilia Jones (Ruby Rossi).

Ruby é a única da família Rossi que não é surda, o que a faz intérprete da família em diversas situações. Ela ajuda o pai e o irmão em um basco pesqueiro e, mais tarde, também vai auxiliá-los na criação de uma cooperativa de pescadores. Ruby tem paixão pela música, entra no coral da escola, se destaca, recebe aulas particulares de seu professor de música e se inscreve para uma audição cujo objetivo é entrar em prestigiosa faculdade de música de Boston. Ela vai vivenciar conflitos com a família, especialmente com sua mãe, em relação a esta aspiração musical.

O roteiro é muito previsível, sem nenhuma surpresa ou reviravolta. O tema é sensível, agrada grande parcela dos expectadores, tanto é que sua nota é alta nos sites de avaliação de cinema e está presente em várias listas de possíveis indicações para os prêmios do cinema norte-americano de 2021/2022.

O roteiro é redondinho, mas sem algo que saia da zona de conforto.

Há cenas bem marcantes, especialmente quando na apresentação do coral da escola, em que Ruby canta no palco, seus pais estão na plateia, mas como não ouvem nada, conversa utilizando linguagem de sinais sobre o que irão comer.

Em um certo momento, a diretora tira totalmente o som do filme para que nós, os expectadores, tenhamos uma noção do que é ser surdo, especialmente em uma sala de espetáculo musical. Mexe com o sentimento de quem está assistindo, como uma ligeira quebra da quarta parede. O expectador entra no clima dos personagens surdos, deixando de ser um mero expectador. Sacada interessante da diretora.

No mais, filme leve e sem maiores pretensões.

Fiquei curioso com o título original - CODA. É uma sigla para crianças filhas de adultos surdos (children of deaf adults). O título brasileiro tem uma relação grande com a protagonista e suas aspirações.

Esteve em cartaz nos cinemas de Belo Horizonte, mas já não está mais. Vi, em 24/11/2021, no Stremio.

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