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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

SÃO PAULO - DIA 2 - 31/10/2021 - B-DAY (DOMINGO) - PARTE 2

31/10/2021 - Já que estávamos no prédio do museu, após um belo almoço no Vista, era hora de dar um passeio pelos espaços expositivos para conferir o acervo e as exposições temporárias. Descemos o elevador até o térreo, pois não sabíamos se tinha que pagar entrada.

Ao chegar no térreo, uma segurança nos informou que a entrada era gratuita, que não precisava voltar na portaria, indicando os andares onde estavam as exposições: do 3º ao 7º. Fomos para o hall dos elevadores para subir. Um cartaz informava que era para entrar no elevador duas pessoas por vez. Não tínhamos visto isto antes. Ao chegar, o elevador é grande, achamos melhor ir nós quatro, mas um casal ainda entrou conosco, ignorando o aviso. Papo bem chato o deles. Descemos no sétimo andar para começar nossa visita de cima para baixo. Eu já conhecia o MAC, mas o visitei quando ainda era no Campus da USP, em local bem apertado. Agora está em um prédio enorme, bonito, com espaços amplos, fácil de se locomover, podendo abrigar vários tipos de exposições temporárias e fazer recortes temáticos do acervo para expô-los.

Em duas horas no museu, vimos as seguintes exposições:


1. Visões da arte no acervo do MAC USP 1900-2000 - ocupa uma ala do 7º e uma ala do 6º andar com mais de 100 obras de artistas importantes das artes plásticas do período abordado, tais como Di Cavalcanti, Picasso, Matisse, Modigliani, Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho, Anita Mafaltti, Victor Brecheret, Volpi, entre outros.

2. Muito Além das Aparências - A Imagem Crítica de Pedro Meyer - ocupa uma ala do 7º andar - são fotografias doadas pelo fotógrafo espanhol, radicado no México, ao museu.

3. Memorial do Desenho - ocupa uma ala do 6º andar com obras em papel do acervo do museu.

4. MAC USP no Século XXI - A Era dos Artistas - ocupa uma ala do 5º andar. Tem obras de Regina Silveira, Marina Abramovic (que eu adoro), entre outros.

5. Zona da Mata - ocupa uma ala do 5º andar com obras de artistas contemporâneos, como Cláudia Andujar, por exemplo.

6. Projetos para um cotidiano moderno no Brasil, 1920-1960 - ocupa uma ala do 4º andar com obras de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho e Antonio Gomide.

7. Vizinhos distantes: arte da América Latina no acervo do MAC USP - ocupa uma ala do 4º andar com obras de artistas importantes de toda a América Latina. 

8. Carma ideológico: Grupo EmpreZa - ocupa uma ala do 3º andar com instalações e performances do coletivo Grupo EmpreZa.

9. Regina Silveira: outros paradoxos - ocupa o anexo expositivo que se alcança por uma passarela do prédio principal para o enorme anexo. É uma retrospectiva da artista, reunindo cerca de 180 obras.

Gostei de quase tudo. A parte do Grupo EmpreZa não fez a minha cabeça (confesso que tenho restrições à vídeo instalações).

Com Emi já irritado por que estávamos demorando muito no museu, concluímos nossa visita, indo para a marquise com aquelas colunas em V, típicas de Niemeyer, onde ele e Gastón, para variar, acederam seus cigarros. Em seguida, pedimos um Uber, cada casal, para voltar ao hotel. O trajeto MAC USP até o Novotel Jaraguá ficou em R$ 14,99, bem menor do que o valor que pagamos para o caminho inverso.

Já combinamos de sair cedo para jantar, por volta de 19:00 horas, pois era domingo e muitos restaurantes estariam fechados ou encerrariam o expediente mais cedo.

Gastón tinha que procurar um laboratório que fizesse o exame PT-PCR com resultado rápido, pois iria para Buenos Aires na terça-feira, dia 02/11/2021, e era uma exigência para entrar na Argentina. Ficou pesquisando na internet e por telefone. O único que encontrou foi uma unidade do Laboratório Hermes Pardini, que é de Belo Horizonte, no bairro Santana. Em seis horas teria o resultado. Combinamos de ir no dia seguinte.

Quando cheguei no quarto, percebi que a mesma bandeja com restos de comida do quarto 2318 ainda estava no chão, acrescido de um saco de lixo com papel higiênico usado. Um saco de lixo semelhante estava no final do corredor de acesso aos elevadores. Tirei uma foto, retornando à recepção para reclamar. Apenas um recepcionista, de nome Vinícius (vi seu nome na lapela do uniforme), estava a postos. Fiz várias reclamações: o desleixo do hotel com a limpeza, a não arrumação dos quartos diariamente, o telefone do quarto que não funcionava e a maçaneta da porta do banheiro que tinha saído na minha mão naquele domingo. Ele ficou me olhando com cara de paisagem, respondendo que não poderia pedir a arrumação, pois tinha ordens expressas da gerente para não realizar limpeza diária, afirmando que eram medidas tomadas por causa da pandemia. Já tinha notado claramente que a verdade era que o hotel não repôs o quadro de empregados que tinha antes da pandemia, tendo tal dificuldade. Ele insistiu que não podia fazer nada. Pedi para falar com a gerente. Ela não estava. Perguntei quem respondia por ela. Era ele. Como uma pessoa fica responsável pelo hotel e não tem autonomia de atender o hóspede? Argumentei, já com raiva, que não tinham abatido nenhum centavo da diária para não ter limpeza todos os dias, que este era um serviço que eu pagava para não ter que limpar eu mesmo, como ele sugeriu que eu tirasse o saco de lixo do banheiro e colocasse do lado de fora do quarto para o pessoal da limpeza pegar. Acontece que o lixo do quarto 2318 já tinha mais de 24 horas no chão sem ninguém ter passado para recolher. O recepcionista disse que estava anotando tudo, mas não o vi com caneta, lápis ou mesmo teclando no computador. Fiz essa observação. Ele pegou o telefone e chamou a manutenção para verificar o telefone e a maçaneta. Perguntei quando a gerente estaria. No dia seguinte, respondeu ele. Ainda perguntei qual era o nome dela. Ele apontou para o display atrás dele, dizendo que o nome estava ali, mas o monitor estava desligado. Insisti no nome dela. Beatriz, sem mais, nem menos. E o sobrenome? Ele respondeu que não sabia. Aquilo me irritou muito. Ironicamente, perguntei se ele sabia o seu próprio sobrenome. Com cara de poucos amigos, ele respondeu que se chamava Vinícius, sem dar o sobrenome. Subi possesso.

Nem deu cinco minutos depois que entrei no quarto, o funcionário da manutenção bateu na porta. Consertou a maçaneta e trocou o aparelho de telefone, que voltou a funcionar. No dia seguinte, continuaria a reclamação com a gerente.

Tomei um banho relaxante, deitando para descansar um pouco, pois a jornada em pé no museu deixou minha lombar em frangalhos.

O telefone do quarto tocou. Uma mulher perguntou se era meu aniversário e se eu estava no quarto. Respondi que sim, ela deu uma risada, dizendo que o hotel enviaria um mimo. Após vinte minutos, bateram na porta com um mini bolo de chocolate com morangos frescos. Gastón comeu os morangos e um pequeno pedaço do bolo. Eu comi a maior parte. Mais tarde, Emi me disse que também recebeu o mimo.

Ao sair do quarto, vimos que o lixo do 2318 e o do final do corredor tinham sido retirados.

Às 19:30, todos na recepção. Começou a saga de chamar Uber com cancelamentos de motoristas seguidos. Havia um táxi na porta do hotel. Perguntamos se ele levava nós quatro até o Eataly SP. O motorista, Bruno, muito simpático, respondeu que levava e que a cobrança era no taxímetro. Fomos de táxi. Pelo trajeto, pagamos R$ 40,00, pagos no dinheiro (R$ 10,00 por pessoa). Como éramos quatro, ficou mais em conta do que pegar dois Uber.

Quando descemos do táxi, Bruno nos deu seu cartão, dizendo se precisássemos voltar, era só chamar uns vinte minutos antes, que ele nos buscaria.

Há muito que queria conhecer o Eataly de São Paulo, uma espécie de empório com uma variedade incrível da enogastronomia italiana, além de oferecer produtos brasileiros. Estava movimentado, mas não estava cheio. Os restaurantes, localizados nos três pisos, tinham movimento. São nove restaurantes ao todo. Demos um passeio pelas gôndolas, vendo os produtos, mas sem nada comprar. Fizemos assim nos dois pisos. Escolhemos o restaurante Brace, especializado em comida feito na brasa, que fica no terceiro piso. No acesso à escada rolante, no lado direito, havia uma fila grande de pessoas querendo uma mesa, mas não era para o Brace, mas sim para a pizzaria que ficava naquele piso. Noite de domingo é sinônimo de pizza!

Tinha um púlpito com o nome da Brace, mas não tinha ninguém nele. Esperamos, como o segundo da fila. Logo, uma recepcionista apareceu, perguntou para quantas pessoas era a mesa, nos levou até a escada rolante. Subimos e uma garçonete já nos esperava no topo da escada. Acomodou-nos em uma mesa no primeiro salão. Emi perguntou se era possível ficarmos no espaço da parte de trás, cheio de plantas. Mas, segundo ela, estava tudo cheio. Assim que começamos a nos ajeitar, ela voltou, dizendo que uma mesa tinha acabado de vagar no espaço que queríamos. Fomos para lá. A seguir, minhas impressões e minha experiência neste restaurante.

Restaurante: Brace Bar e Griglia.

Endereço: Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, 1.489, Vila Nova Conceição (fica no terceiro piso do Eataly SP).

Instagram: @eatalybr

Chef: há pratos com a assinatura da Chef Ligia Karazawa.

Especialidade: dedicado à arte do fogo, comida feita na brasa.

Ambiente: instalado no terceiro piso do Eataly SP, tem dois ambientes, ambos com iluminação baixa. O ambiente que ficamos é uma espécie de terraço, mas como fazia frio, estava todo protegido para não entrar vento. Muitas plantas penduradas nas paredes e no teto. Mesas e cadeiras de madeira, confortáveis. Não há toalhas nas mesas. Guardanapos de papel e talheres embalados em sacos de papel. Sacos de papel para guardar as máscaras. Cozinha aparente na divisão dos dois salões do restaurante.

Tempo no restaurante: cerca de uma hora e meia.

Conta: R$ 328,00 (valor para dois - eu e Gastón).

A experiência: pedi uma entrada para mim, e os demais pediram uma entrada para compartilhar (burrata al pesto e pinoli - R$ 69,00), cada um pediu um prato principal, sem sobremesas. Para beber, pedi uma soda italiana, Gastón pediu uma cerveja long neck, e, ao final, bebemos, cada um, uma xícara de café espresso.

Entrada: uova con funghi e tartufo (R$ 52,00) - meio ovo cozido a baixa temperatura, creme de cogumelos e trufas negras. O prato é muito bem servido, com um aroma sensacional. O tempero dos cogumelos estava divino. Ovo cozido como gosto, com a gema mais molinha.

Prato principal: guancia di maiale (R$ 64,00) - bochecha de porco preto cozida e finalizada na grelha, acompanhada de arroz negro (o acompanhamento pode ser escolhido entre seis opções). Arroz servido em uma panelinha à parte. A bochecha de porco é bem servida, com ótimo aroma, mas não apreciei a sua textura. Estava compacta, enquanto gosto dela mais desfiadinha, o que a deixa mais úmida. Também, para meu paladar, faltou um tempero para dar um punch ao prato, totalmente diferente da minha entrada. Gastón pediu um polpo all'erbe (R$ 109,00) - polvo marinado com ervas, cozido e finalizado na grelha. Ele escolheu polenta cremosa com provolone defumado como seu acompanhamento. O garçom trocou as panelas e serviu para Gastón o purê de batatas que tinha pedido Emi, mas os dois perceberam e fizeram a troca eles mesmos. Não experimentei o prato de Gastón, mas me pareceu bem apetitoso.

Eram 22:00 horas quando pedimos a conta. Pagamos com cartão de crédito a nossa parte. Gastón enviou uma mensagem por WhatsApp para Bruno, que confirmou que iria nos buscar. Descemos com calma, apreciando um pouco mais os caros produtos importados da Itália, saindo para a calçada, onde os fumantes fizeram a festa. Gastón recebeu uma mensagem de Bruno informando que atrasaria um pouco, pois o túnel por onde passaria estava fechado. Uns dez minutos depois, parou um táxi Spin branco, como o de Bruno, mas não sabíamos a placa. Fazia frio. Fomos até o carro e não era ele. Esperamos mais um pouco. Ele chegou, nos levando de volta para o hotel. O trajeto ficou no mesmo valor da ida, ou seja, R$ 40,00, pagos em dinheiro.

Eu estava bem cansado (os remédios que tomo me derrubam). Subimos para o quarto. Rogério e Emi nos avisaram que tomariam café da manhã conosco na manhã seguinte, pois ele havia se enganado quanto ao café da manhã incluído na diária.

Era hora de dormir.

Continua...


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