Vaga Carne, 2019, 45 minutos. Roteiro e interpretação de Grace Passô. Direção também de Passô juntamente com Ricardo Alves Junior.
O filme integrou o catálogo da Mostra Cine Cidade, que tinha filmes feitos em Minas Gerais.
Meu estado de espírito não estava muito bom. Dito isto, o filme não me cativou.
Eu tinha visto a peça que originou esse média metragem e confesso que, para mim, funcionou muito melhor no palco do que na tela.
Grace Passô empresta seu corpo e sua voz para as personagens da película: exatamente um corpo de uma mulher preta, gorda e lésbica, e uma voz que penetra em pessoas, animais, alimentos, cremes, pedras e o que mais aparecer.
Na plateia do teatro (a trama se passa em um teatro) apenas pessoas pretas. Independente de eu ter gostado, impressiona a versatilidade de Passô. Ela altera a voz, tem gestuais que explicam bem o texto que a voz vai despejando no ar. Uma atriz que consegue concentrar os olhos da plateia nela, seja em palcos, seja nas telas de cinema.
O discurso da voz é contundente, com mensagens precisas: os corpos negros existem e resistem, fazendo um passeio, muitas vezes de forma metafórica, na história brasileira.
Se tiver outra oportunidade, verei novamente para me concentrar melhor no texto, pois teve um momento que me dispersei.
Vi on-line, em 13/11/2021, de forma gratuita, na plataforma da Mostra Cine Cidade.
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