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terça-feira, 9 de março de 2010

4 X 4

Domingo à noite. Fechei o final de semana cultural com chave de ouro. Fui ver, pela segunda vez, a montagem 4 X 4, da Cia de Dança Deborah Colker. Paguei R$ 50,00 a meia entrada, pois levei o cupom Sempre Você, disponível para os assinantes do Correio Braziliense. A sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro estava bem cheia. Para mim, é a melhor montagem desta companhia carioca. Já tinha visto em 2003 e lembro-me bem que gostei mais do segundo ato. O espetáculo mistura dança com artes plásticas. A peça tem dois atos. No primeiro, três movimentos. O primeiro deles é Cantos, com obra de Cildo Meirelles. O segundo, Mesa, do coletivo Chelpa Ferro. O terceiro, Povinho, do artista Victor Arruda.  Já o segundo ato, cheio de vasos, é todo de Gringo Cardia, parceiro de longa data de Colker. Quando vi pela primeira vez, a dança entre os vasos me fisgou. Os bailarinos tem que ter leveza e precisão ao mesmo tempo, dançando entre uma série de vasos dispostos em um quadrado. Coincidentemente, nas duas vezes em que vi esta montagem, apenas quatro vasos foram derrubados. Com um olhar mais apurado, desta vez o número que me fisgou foi o primeiro, quando cantos enormes são dispostos no palco e a coreografia se dá nestes cantos. Foi de longe, o que mais gostei. O número com a mesa andante do Chelpa Ferro acho chato, monótono até. O linóleo e o painel de fundo do terceiro número é um festival de cores de Victor Arruda e a dança é bem descompromissada, lembrando um jardim de infância. Valeu a pena ter visto novamente. Realmente foi um final de semana recheado de cultura.

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