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terça-feira, 23 de março de 2010

B.B. KING

Em 2004, quando B.B. King esteve em Brasília, não consegui ver seu show, pois estava viajando a trabalho. Fiquei com vontade de assistir a um show deste mito do blues, mas achei que nunca mais teria oportunidade de vê-lo. Ao saber que ele retornaria ao Brasil para uma turnê que incluia Brasília, fiquei de prontidão para comprar o ingresso. Tão logo se definiu local e os ingressos foram colocados à venda, corri para comprar minha entrada. Paguei caro, R$ 300,00 (meia entrada - promoção Sempre Você do Correio Braziliense), para sentar no setor mais a frente. Fiquei em um local ótimo, sem a tietagem das primeiras filas. O show ocorreu na noite de segunda-feira, 22/03/2010, na Sala Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, que recebeu um público enorme. As dificuldades de estacionamento no local são grandes, mas decidi não mais me estressar com isto. Cheguei faltando vinte minutos para o horário previsto para o início do show. Parei no estacionamento do Clube do Choro, próximo ao local e fui caminhando até lá. No mesmo lugar, ocorria um evento de slow food, portanto, havia muito carro. O show atrasou em meia hora. Às 21:30 horas, anunciam a chegada da banda que acompanha o mito. O começo foi arrasador, com os oito integrantes da banda atacando um set instrumental longo, onde todos puderam solar e mostrar sua performance para a plateia, que correspondia com aplausos. Depois de aproximadamente vinte minutos, B.B.King chega em uma cadeira de rodas, escoltado por dois ajudantes que o levam até a cadeira onde ele faria seu show. Muito simpático e falante, ele é recebido de pé. Faz uma longa introdução apresentando cada membro de sua banda. Ataca, então, os primeiros acordes em sua inseparável guitarra Lucille. Depois, novo discurso, para enfim, cantar a primeira música. A voz é inconfundível e encheu todo o enorme auditório. Como o microfone não estava em local apropriado e devido a falta de mobilidade do cantor, em alguns momentos a sua voz não era ouvida, pois ele cantada longe do microfone. Mais uma música e nova falação. Foi assim até o fim: muito discurso, especialmente sobre o quanto gostava do Brasil, das mulheres em geral, de suas andanças pelo mundo. Música que é bom, quase nada. Fez brincadeiras com as mulheres pedindo que ao contar até quatro, quando disse os números em português, elas beijassem quem estivesse ao seu lado. Depois cantou uma estrofe para os homens presentes. Quando o relógio já demonstrava uma hora e meia que os músicos estavam no palco, o show terminou muito semelhante ao que acontece com os shows de Roberto Carlos, sem oportunidades para um bis. O set instrumental ao final foi longo, enquanto B.B. King, ainda sentado, jogava dezenas de paletas de guitarra para o público e distribua um objeto que, ao longe, me parecia um chaveiro. A cena me lembrou aquelas praças cheias de pombos onde turistas jogam milho para eles se alimentarem. Patético. Ao sair, costumo observar as reações das pessoas. Algumas estavam em êxtase por terem visto o mito do blues de perto, enquanto outras estavam chateadas por ele ter cantado pouquíssimas músicas. Não cheguei a ficar chateado, pois queria conferir uma performance de B.B. King ao vivo e, mesmo tendo executado número pequeno de canções, foi legal ter ido ao show, mas confesso que nunca paguei tão caro para ouvir discurso. Como disse um senhor na saída do espetáculo, foi muita embromação.

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