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segunda-feira, 15 de março de 2010

PERNAS PRO AR

Uma dona de casa, na faixa dos quarenta anos, acorda e descobre que suas pernas não mais a obedecem. Adquirem vida própria. Este é o mote do musical Pernas Pro Ar, com argumento de Luís Fernando Veríssimo, texto de Marcelo Saback, direção de Cacá Carvalho e coreografia de Alonso Barros. A estrela do espetáculo é Cláudia Raia, que interpreta, canta e dança. Começa morno, com as três primeiras músicas sem empolgação. Mas a partir do quarto número, o musical só cresce. Achei divertido, hilário até. A cena em que Helô, a personagem de Cláudia Raia, vai até um terreiro se consultar com o pai de santo e seu assistente, é muito divertida. Mas o melhor é o encontro de Helô, dentro de uma igreja, com três santas: Fátima, Aparecida e Guadalupe. Impagável a cena. O musical é grandioso, com muito uso de tecnologia em cena. Algumas músicas são versões para o português de sucessos internacionais, como Fever, eternizada na voz de Madonna e, bem depois da gravação da diva da música pop, na voz de Michael Bublé. Outro sucesso internacional vertido para o português é You Can Leave Your Hat On, de Joe Cocker, que ficou conhecida como a música do streap tease de Kim Bassinger no filme 9 1/2 Semanas de Amor. Conferi este musical na noite de domingo, pagando R$ 60,00 a meia entrada (utilizando o cartão sempre você do Correio Braziliense), na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro.
Uma cena engraçadíssima aconteceu pouco antes do início do espetáculo, quando o teatro já estava praticamente lotado e já tendo dado o segundo sinal para que as luzes fossem apagadas. Simplesmente na mesma fila em que eu estava, mas no setor 1 do teatro, uma mulher soltou um grito e foi como um dominó, pois todas as mulheres gritavam e se levantavam, algumas pularam as cadeiras para a fila da frente. O teatro se levantou e ficou vendo a luta de dois homens para matar uma barata. As luzes se apagaram sem que as pessoas tivessem voltado para os devidos lugares. A gritaria foi grande. Voltaram a ascender as luzes. Não conseguiram pegar a barata, que deve ter se escondido em alguma fresta das cadeiras. Foi divertido. Parecia que a barata queria entrar no clima do musical, deixando a plateia de pernas pro ar...

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