Pesquisar este blog

quarta-feira, 31 de março de 2010

O LIVRO DE ELI

Convidei uma amiga e colega de trabalho de Minas Gerais que está em Brasília participando de uma capacitação gerencial para assistirmos a um filme na noite de terça-feira. Ela pouco conhece de Brasília. Resolvi, portanto, levá-la ao CasaPark Shopping e conferir o ganhador do Oscar 2010 de melhor filme, Guerra ao Terror. Chegamos uma hora antes do início do filme. Resolvemos lanchar e encontramos amigos fazendo o mesmo. Sentamo-nos juntos até que eles se retiraram, pois a sessão do filme deles inciava antes do nosso. Tínhamos ainda um tempinho para passar na Livraria Cultura. Checando as novidades de filmes lançados em dvd, vi que o filme por nós escolhido já estava disponível. Tenho todos os filmes até então lançados em dvd que já ganharam o Oscar na categoria melhor filme. Assim, decidi comprar Guerra ao Terror. Já na bilheteria do cinema, decidimos ver outro filme, O Livro de Eli (The Book of Eli), dos irmãos Hughes, produção americana de 2010, com Denzel Washington como ator principal. A fotografia da película é impactante, preto e branco, retratando um mundo dilacerado pós guerra com consequências horríveis. Neste mundo, onde não há dinheiro e a áuga é um bem para lá de precioso, está um andarilho solitário, Eli (Washington), com uma inseparável mochila. Ele caminha em direção ao oeste, ação que ele desenrola há trinta anos, sempre guiado por uma voz interior. No seu caminho, muitos baderneiros, no melhor estilo Mad Max. Há muita morte durante o filme, com Eli enfrentando dezenas de pessoas ao mesmo tempo sem nunca se ferir. Ele tem o corpo fechado. Em um povoado devastado, está o fascista vivido por Gary Oldman que aparece lendo a biografia de Mussolini e está em busca do livro que o ajudará a comandar o que restou do  mundo. Logicamente, quem tem este livro é Eli e ao ser descoberto, o embate está travado. O filme faz referências explícitas ao já mencionado Mad Max, mas também há elementos de Waterland, fracassso de bilheteria na década de oitenta. Também é veículo para mostrar que marcas como Motorola, Apple (iPod), GMC e Ray Ban sobrevivem ao apocalipse. Previsível, o filme fica chato depois da primeira meia hora e envereda por um caminho, digamos, messiânico. Termina de forma conservadora e enaltece a religião, mesmo a criticando veladamente quando Oldman diz que no passado quem dominava o texto do livro, dominava a multidão e que isto poderia perfeitamente acontecer novamente. Os irmãos Hughes, depois de um sombrio Do Inferno, conseguiram fazer uma espécie de Do Paraíso, sem as belezas a ele associadas, mas que com fé e perseverança, mesmo usando da violência, todos chegamos onde queremos. Risível. Obviamente, não gostei.

4 comentários:

  1. Noel, não pude me despedir direito na quarta-feira, pois você estava cercado de pessoas querendo falar com você. Gostaria de agradecer por tem me ciceroneado em Brasília na segunda e na terça. Adorei o jantar de segunda, tanto pela companhia como pela comida. E a noite de terça, apesar de também não ter gostado do filme, foi ótima!
    Muito obrigada!
    Beijos,
    Kitty

    ResponderExcluir
  2. Querida Kitty,

    As duas noites que estivemos juntos realmente foram ótimas. Pena que o filme era tão chato e ruim.

    Bjs.

    ResponderExcluir
  3. Caros, venho por meio deste comentar o "lixo" de comentário que voçes fizeram.

    Esta filme para mim foi um dos melhores que vi, por isso acho injusto que seres como voces demonstrem esse tipo de comportamento.

    Acredito que com esse gosto voces devem ter um alto conhecimento cinematrografico.

    Sem mais.

    ResponderExcluir
  4. Prezado Sr. "Anônimo"

    É triste ver um comentário como o seu: sem identificação, mal escrito e mal educado. Ninguém precisa concordar com a minha opinião e faço questão de publicar todos os comentários que postam neste blog. O filme é muito ruim. Se quiser pesquisar todas as críticas que foram publicadas nos jornais e revistas especializadas em cinema, no Brasil e no mundo, verá que ele foi considerado péssimo. É piegas,é conservador, é maniqueísta. Se você considerou um dos melhores filmes que você já viu, respeito sua opinião, mas permito-me lhe dar um conselho: assista mais filmes, pois seu portifólio é muito pequeno e ruim.

    Saudações.

    ResponderExcluir