Já que estava na Academia de Tênis, fui direto para o CCBB de Brasília, pois tinha ingresso para o último concerto do projeto Nossa Língua, Nossa Música. Cheguei cedo, mas com duas exposições no local, não vi o tempo passar. A pintora brasileira que mais gosto é de Anita Malfatti, tanto pela sua obra, quanto pela sua biografia. Muito me agrada ver seus quadros. Na Galeria 1 do CCBB, a exposição Anita Malfatti - 120 Anos de Nascimento, com a curadoria de Luzia Portinari Greggio. Para celebrar os 120 anos de nascimento desta pintora modernista, completados em 02 de dezembro de 2009, nada melhor do que 120 obras, muitas delas integrantes de coleções particulares raramente ou nunca expostas ao público. Muita gente no espaço expositivo, o que demonstra que espaços como o CCBB ajudam a democratizar a arte e preservar a memória nacional e internacional. Voltando para a exposição, há um recorte de todas as técnicas usadas por Malfatti, como pinturas a óleo, aquarelas, gravuras, desenhos e pasteis. O primeiro quadro, O Burrinho Correndo, de 1909 é a primeira obra exposta para quem percorre a linha do tempo informada nas paredes da galeria. Há as famosas telas O Homem Amarelo, Retrato de Oswald de Andrade, A Boba, A Chinesa. A exposição ocupa os dois andares da galeria. No piso inferior também há um vídeo situando a artista na época em que viveu. Vale a pena percorrer com calma quadro a quadro, vendo os detalhes, as nuances, os muitos nus, o porque ela foi execrada por Monteiro Lobato quando de sua exposição em São Paulo. Vinda da Europa, Anita estava bem à frente do academicismo que imperava no Brasil. Suas pinturas foram essenciais para a formação de uma nova geração de artistas. Gostei muito de ter a oportunidade de apreciar estas telas, algumas delas sendo a primeria vez que tive contato. Vale a pena conferir. Melhor ainda porque é gratuito, além de ter outra bela exposição no CCBB.
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