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sábado, 17 de abril de 2010

UM SUSTO NA NOITE DE SÃO PAULO

Quando terminou o musical Cats, peguei um táxi e fui direto para o Restaurante Gigetto (Rua Avanhandava, 63, Bela Vista) para jantar, pois estava com fome. O restaurante, mesmo sendo perto de meia noite, estava lotado. Tive que esperar para vagar uma mesa, o que aconteceu logo. Comi uma massa, um tanto insossa. Fiquei quarenta e cinco minutos no restaurante, paguei a conta e segui para o hotel, cerca de trezentos metros de onde eu estava. Quando entrei na Rua Martins Fontes, em frente ao Braston Hotel, e parei para atravessar a rua, um homem cambaleando, parecendo bêbado e muito sujo, com um cigarro na boca, veio em minha direção. A rua estava bem movimentada, tanto de carro, quanto de pessoas caminhando. Desviei-me do tal homem, mas ele fez o mesmo movimento do que eu e me agarrou no braço direito, tirando do bolso da blusa que usava uma faca que logo encostou em minha barriga pedindo meu dinheiro. Era um assalto. Assustado, pulei para trás, mas ele não soltou meu braço. Gritei, mas ninguém acudiu. As pessoas mais próximas fizeram foi se afastar e o homem tentando encostar a faca novamente em mim. Com um reflexo grande, pulei novamente para trás e senti a minha blusa se rasgando (era a segunda vez que a usava, uma Polo Ralph Loren comprada na loja da marca em Chicago). Continuei gritando e ele também, pedindo meu dinheiro. Consegui me soltar e sai correndo em direção ao hotel, sem olhar para trás. Ninguém falou nada, ninguém perguntou se eu estava bem. Só ouvi o cara gritando que era para eu comprar uma blusa original, pois as falsificadas rasgam à toa. Hilário! Cheguei no hotel e quando entrei no elevador, minhas pernas começaram a tremer. Já no quarto tive um acesso de choro. Tirei a blusa e conferi o estrago. Perda total. Meu braço tinha alguns vergões vermelhos e pequenos arranhões, não sei se da unha fétida do assaltante ou da faca que ele usava. Por via das dúvidas, lavei com água quente e sabão. Nunca pensei que alguém pudesse ser tão ousado em atacar outra pessoa em um local tão movimentado. Lição tirada deste episódio: não andar mais sozinho quando estiver em cidades grandes como São Paulo, seja dia ou noite. Não importa o quão perto seja o local para onde eu esteja indo, o melhor é sempre pegar um táxi.

7 comentários:

  1. Que isso, Noel???
    Que absurdo!!!
    Que bom que tudo acabou bem.
    Cuidado aí.
    Bjs

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  2. Pek,

    O episódio serviu de lição. Andar sozinho à noite pelas ruas de São Paulo somente de táxi.

    Bjs.

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  3. Léo, estou chocado com o acontecido! Você foi louco de reagir, mas sei não, acho que numa hora dessas a gente não pensa em mais nada senão correr. Sinceramente, não sei o que faria se estivesse no seu lugar. Foi sorte e um punhado de proteção divina, viu!

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  4. Putz!
    Que horror Noel!
    Você está bem mesmo?
    Esse tipo de coisa deixa a gente devastado.
    Além disso, limpou bem mesmo os arranões?
    Beijos,
    Kitty

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  5. Laerte,

    É puro reflexo. A gente sempre ouve para não reagir, mas na hora é tudo tão rápido que não há tempo de pensar. Tenho certeza que sorte e Deus estavam do meu lado!

    Abraços.

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  6. Kitty,

    No dia seguinte percebi que não eram arranhões, mas apenas vermelhidão do aperto que o assaltante fez no meu braço. De qualquer forma, lavei com bastante água quente e sabonete.
    Estou bem sim, mas com receio de andar sozinho nas ruas das cidades grandes....

    Beijos.

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  7. Sabe que fico indignado com isso, Leo. Como numa rua movimentada uma pessoa é atacada dessa maneira e ninguem se solidaliza. Era um só assaltante contra você e todas as outras pessoas da rua, mas não há solidariedade, só há covardia.

    Todas as vezes que vejo as autoridades e a imprensa aconselhando ao povo a não reagir a assaltos fico imaginando que na verdade estamos criando um bando de covardes que vem pessoas na rua sendo atacadas por pivetes, batedores de carteiras ou assaltantes e não reagem, não acodem ninguém.

    Hoje foi com você e amanhã poderá ser com um dos testemunharam o ocorrido e se acovardaram.

    Está fácil demais para malandro porque as pessoas estão na "prateleira", é só chegar, escolher a vítima e pegar. Eles estão seguros que não haverá reação, nem da vítima, nem de ninguém.


    Que bom que com você foi diferente, apesar do susto. Fico feliz que não aconteceu nada tão grave.

    Abraço

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