Seguindo indicações de amigos, vi o filme Pecado da Carne (Einaym Pkuhot/Eyes Wide Open), dirigido por Haim Tabakman, uma produção de Israel, França e Alemanha de 2009. Inteligente, a trama é em torno de um judeu ortodoxo que reabre o açougue que foi de seu pai em um bairro de Jerusalém. Casado, com filhos e um fervor religioso extremo, sua vida muda quando um rapaz, também judeu ortodoxo, entra em seu açougue para se proteger da chuva. Ao entrar no açougue, o jovem judeu também entra na vida do açougueiro, que vê seus desejos reprimidos se aflorarem novamente. É claro que o jovem acaba trabalhando e morando no açougue. É raro ver um filme nos cinemas tratando de homossexualismo e religião de forma tão direta. E mais raro ainda por se tratar de um filme feito em Israel, abordando a religião judaica. Independente de que credo se trate, a película mostra como a religião sufoca as pessoas. Uma cena tem uma metáfora com imagens muito bem feita. Quando o açougueiro e o jovem vão tomar um banho de purificação e somente o jovem está nu dentro da água, o açougueiro vê um saco plástico no chão com um inseto dentro, tentando sair. Ali, ele se sente como o inseto e quer também se libertar, de realizar os seus desejos reprimidos. Sua vida, mesmo que por alguns momentos, muda totalmente. Bela história que merece ser vista.
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