Em Brasília, os pontos de ônibus tem o singelo nome de parada. E há paradas desenhadas por ninguém menos do que Oscar Niemeyer. De uns tempos para cá, estão modernizando tais paradas, utilizando modelos em vidro, semelhantes aos que existem em Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba. Mas ainda restam muitas das desenhadas pelo arquiteto onipresente na cidade. E algumas delas, ao longo da W3 Norte, possuem estantes de aço com vários livros e revistas. Iniciativa do proprietário de um açougue. Curioso, pois um açougue é um ponto cultural na Asa Norte, com noite dedicada às artes uma vez por mês, com todas as atrações gratuitas. Nomes consagrados da música brasileira já se apresentaram nestas noites culturais. No mesmo açougue, foi montada uma vasta biblioteca (eu mesmo já doei livros para ela) com empréstimos gratuitos de livros e revistas para a comunidade. E foi do proprietário do açougue a ideia de transformar as paradas de ônibus em espaços de difusão da leitura. Enquanto espera o ônibus, o cidadão pode ler uma revista ou pegar um livro. O mais incrível é que as pessoas levam o livro para casa e quando terminam de ler, devolvem-no para uma das estantes espalhadas pelos diversos pontos de ônibus ao longo da avenida. Há reposição de livros e troca de títulos entre as paradas, tudo feito pelo proprietário do açougue. Super interessante esta ideia. Resolvi escreviersobre esta iniciativa porque hoje vi uma nova manifestação cultural e de relaxamento em uma parada de ônibus, desta vez na L2 Norte. Um grande laboratório da cidade adotou uma parada, colocando cortinas, cadeira de massagem com massagista e um músico tocando violão interpretando canções nacionais. Não parei para saber se cobram pela massagem e outros detalhes, mas ao passar de carro, notei que a parada tinha um diferencial e que as pessoas que esperavam o ônibus estavam com sorrisos largos, demonstrando contentamento com a iniciativa. Gostei do que vi, mesmo sabendo que nesta segunda iniciativa há clara propaganda para o laboratório.
Noel,
ResponderExcluirAdorei essa história do açougue.
Bárbara!
Bjs
Pek,
ResponderExcluirInusitado, mas real!