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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

NOISTUDIM - A COMÉDIA DAS FÉRIAS


Sábado chuvoso em Brasília. Depois de ter passado a tarde inteira em um shopping, incluindo uma ida ao cinema, resolvi ir ao teatro. Peguei o jornal para ver a programação. Poucas opções. Afinal é janeiro e tudo é meio parado na vida cultural da cidade. Não sou muito fã de comédia besteirol, mas decidi conhecer o Brasil 21 Cultural, onde há três salas de espetáculos. Somente um das salas tinha programação. Em cartaz, Noistudim - A Comédia das Férias, que ocupa a Sala Juca Chaves do espaço, cuja lotação é de 126 lugares. Ainda bem que cheguei com quarenta minutos de antecedência, pois quase não havia mais ingressos. Consegui um bom lugar, na quarta fileira, bem central, pagando R$ 50,00 pelo ingresso, valor de inteira, pois não tinha comigo um quilo de alimento não perecível para pagar meia. O teatro é confortável e com uma boa inclinação, permitindo a todos ver o palco tranquilamente. Casa cheia. Quatro atores bem conhecidos como comediantes em Brasília participam desta peça, que é, na verdade, um conjunto de esquetes individuais. Ribamar Araújo, Cláudio Falcão, Madelon Cabral e Carlos Anchieta tem vinte minutos cada um para apresentar seus respectivos números. São cinco esquetes. Antes, uma introdução em vídeo faz uma paródia de uma antiga abertura do Fantástico. Aquela que os bailarinos e bailarinas saíam com roupas coladas ao corpo de dentro da água. No caso, os quatro saem, individualmente, de dentro de uma piscina e se agrupam ao final do vídeo. Depois disto, os quatro, todos vestidos de preto, entram em cena rapidamente para um breve aceno ao público, deixando Ribamar Araújo iniciar as esquetes. Ele interpreta um mágico que faz todas as magias conhecidas do grande público de maneira tosca e idiota. Não consegui rir nada, embora o público se acabava de tanto rir. Quando Cláudio Falcão entrou para a segunda esquete com sua famosa personagem Goreti, entrei no clima da galera e ri muito da saga da personagem para passar um domingo de sol no Parque da Água Mineral. Falcão não perdoa nem a si próprio. É um festival de risadas até o fim. Madelon Cabral entra em seguida com sua personagem gata, uma gorda que vive para malhar e tem horror a gordo. Como a atriz é gorda, ela fica muito à vontade para fazer piadas que envolvem gordos, gordinhos e gordões, mexendo, inclusive com os mais cheiinhos da plateia. Ela mantém o clima de comédia rasgada, deixando o palco novamente para Ribamar Araújo, desta vez fazendo o palhaço Fimosinho. Um palhaço bêbado que vai conduzir um programa infantil ao vivo na televisão. O público que lota o teatro é o público do programa, no melhor estilo Xou da Xuxa e similares. Nem parece o mesmo ator da primeira esquete. Ele fica com a plateia na mão logo de cara e faz todo mundo rir com suas trapalhadas. É a parte mais interativa do espetáculo. Por fim, entra em cena Maria dos Prazer, a personagem vivida por Carlos Anchieta. Com as luzes do teatro todas acesas, ele saí de seu texto a todo instante para contar piadas para a plateia e mexer com algumas pessoas. A sua esquete relata a história de sua personagem em uma sala de espera no HRAN, hospital público de Brasília. Todo mundo chora de tanto rir. No final das contas, mesmo não gostando de comédia pastelão ou besteirol, foi muito divertido ter ido conferir esta peça. Ajudou, e muito, a melhorar meu astral.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AMOR (AMOUR)

Amor (Amour), o mais novo filme dirigido por Michael Haneke, é um dos nove concorrentes ao Oscar 2013 de melhor filme, , mas também concorre na categoria melhor filme estrangeiro, o que me leva a crer que dificilmente ele ganha na principal categoria. É uma co-produção de França, Alemanha e Áustria, lançada em 2012 nos cinemas. Falado em francês e rodado na França, foge um pouco da temática principal de Haneke, a violência, embora podemos fazer uma leitura com este foco de todo o filme, especialmente em seus minutos finais. Um casal de professores de música aposentados vive só em um apartamento e continuam frequentando concertos de música clássica até que a mulher sofre um AVC, paralisando seu lado direito e alterando completamente a sua vida e a de seu marido. A única filha do casal, também musicista, vive em outro país e está em constante viagem em razão de seu trabalho. A dedicação que o marido presta a sua esposa é especial e muito bonita, pois ele também possui suas limitações físicas em razão da idade avançada. A mulher detesta hospital e vai suportando o desenrolar da doença em sua própria casa, aguentando cuidadores nem sempre delicados para lhe auxiliar em um momento mais avançado de seu problema de saúde. O filme tem 127 minutos de duração. Em seu início já sabemos o que vai acontecer, motivo pelo qual acompanhar o desenvolvimento da doença junto com o casal torna-se angustiante e muito triste. Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva vivem o casal, enquanto Isabelle Huppert interpreta a filha deles. Riva está excelente no papel da velha doente e por causa de sua interpretação foi indicada ao Oscar de melhor atriz nesta próxima edição. Haneke é um mestre da direção e uma de suas marcas registradas, a falta de trilha sonora no filme, está presente em Amor. A música só aparece quando ela faz parte da cena, nunca há uma música de fundo tocando. A tristeza deste filme aparece num crescendo, o que provoca muitas fungadas dentro da sala de projeção. Como o público que compra ingresso para ver Amor é mais velho, a reação emotiva é mais forte, pois muitos sabem que podem passar pela mesmas dificuldades do casal de idoso da telona. Gostei muito.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DJANGO LIVRE

Desde a divulgação dos filmes indicados ao Oscar 2013, estou tentando ver todos eles, independentemente da categoria a que foram indicados, para formar minha opinião. Depois de ver O Impossível e As Aventuras de Pi, fui conferir no cinema o novo filme de Quentin Tarantino, Django Livre (Django Unchained), produção americana de 2012, com 165 minutos de duração e  com cinco indicações ao prêmio máximo do cinema americano. Embora longo, não vi o filme passar. É ágil, com muitas cenas de ação, humor ácido, cheio de referências a filmes B, como é próprio de Tarantino, e com ótima sinergia entre os atores, especialmente Christoph Waltz, que vive o caçador de recompensas Dr. King Schultz, merecidamente indicado para a categoria melhor ator coadjuvante, e Jamie Foxx, o herói da película. O enredo gira em torno de Django (Foxx), um escravo libertado por Schultz que parte em companhia do dentista para encontrar a sua mulher, também escrava e vendida separadamente dele. No caminho, uma saraivada de tiros, mortes, muito sangue (que já é tão esperado por se tratar de Tarantino que nem chega a assustar) e vingança. As referências a filmes de faroeste são muitas, com destaque para os chamados western spaguetti, que fizeram sucesso na décadas de 60 e 70, cuja expressão máxima é o diretor Sergio Leone. Também há referências aos filmes que exploravam o filão da chamada blaxploitation, filmes dirigidos e interpretados por negros, também classificados como filmes B. O sucesso de 1939 E O Vento Levou também é citado visualmente, tendo em vista que a fazenda onde está a mulher de Django produz algodão e sua casa-sede se parece muito com a da heroína Scarlett O'Hara. O grande vilão da história é Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), proprietário da fazenda de cultivo de algodão, mas apaixonado pela luta de mandingos, escravos fortes que se enfrentam em uma espécie de rinha até existir um vencedor, com a morte do perdedor. Mandingo é uma outra referência que o diretor fez a um filme homônimo de 1975. Samuel L. Jackson, um constante parceiro de Tarantino, interpreta um negro liberto, mais velho, que não parou de trabalhar na fazenda de Candie. O santo dele não bate com o de Django e há um interessante duelo verbal e de olhares entre ambos em vários momentos do filme. Jackson está tão bem que seu personagem dá nojo em quem assiste. O nome do personagem principal, Django, foi uma homenagem ao filme Django, faroeste de 1966 estrelado por Franco Nero, que tem participação afetiva (como escrito nos créditos do filme), na produção de Tarantino. Ele interpreta o italiano Amerigo Vessepi, dono de um escravo que participa da única luta de mandingos na casa de Candie. Como já esperado, Tarantino faz uma ponta, quase no final do filme e, como sempre acontece, seu personagem acaba indo pelos ares. Gostei muito, mas não creio que ganhe o Oscar de melhor filme.

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

GALETO'S - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Endereço: Primeiro piso do Shopping Iguatemi, Lago Norte, Brasília, DF.

Fone: 61 3577 5261

Diferencial: a polenta frita que faz parte dos acompanhamentos.

Especialidade: galeto na brasa.

Quando fui: almoço de 23 de janeiro de 2013, quarta-feira. Estava sozinho e fiquei em mesa no salão mais ao fundo do restaurante, atrás do buffet de saladas. Cheguei depois das 14:30 horas, quando o movimento já era bem menor.

Serviço: muito formal, com agilidade para tirar os pedidos. Tal agilidade não se aplica na chegada dos pratos à mesa, especialmente se o restaurante estiver cheio (já estive no restaurante em dia de fila de espera).

O que bebi: uma lata de Coca Cola Zero (R$ 4,40) e uma xícara de café espresso Spress (R$ 4,10), que se auto denomina como o café gourmet do Brasil (não concordo com tal afirmação, pois achei sem graça).

O que comi: aceitei o couvert da casa (R$ 5,90), ou seja, um cesto de pães (pão bola francês, pão de queijo e palitos de massa de farinha de trigo assados no forno, bem sequinhos e crocantes), acompanhado de manteiga e pasta de frango. Os pães são sempre frescos e a pasta de frango é muito saborosa, bem consistente. Ótimo para enganar o estômago quando se está com muita fome. Como prato principal, escolhi o item de maior saída do cardápio: galeto desossado com um acompanhamento (R$ 45,40). No caso, escolhi a polenta frita. O prato demorou um pouco a chegar, mas veio bem montado, com um raminho de agrião dando um toque na sua decoração. Carne tenra, bem temperada e assada no ponto correto. Muito bom. Polenta frita, como sempre, muito boa. Deu vontade de pedir uma porção extra, mas me segurei, pois seria demais.


couvert da casa


galeto desossado com polenta frita


Valor total da conta: R$ 65,78.

Minha avaliação: * * *.

Gastronomia Brasília (DF)

domingo, 27 de janeiro de 2013

DONOMA

Li no jornal que estava disponível na internet, de forma gratuita, a 3ª edição do My French Film Festival (www.myfrenchfilmfestival.com). Como gosto muito de filmes franceses, fui conferir. Entrei no site, fiz um rápido cadastro, onde você informa nome, e-mail e senha de acesso, para poder ver os filmes do festival. Para o Brasil, os filmes estão disponíveis de forma gratuita por causa dos patrocinadores locais. O festival tem dez longas e dez curtas em competição e mais três longas fora da mostra competitiva. São filmes contemporâneos que dificilmente chegariam aos cinemas brasileiros. Além de ver, podemos votar naqueles que consideramos os melhores. O festival está em cartaz no período de 17 de janeiro a 17 de fevereiro de 2013. Para quem vai assistir no computador, há legendas em português e em mais nove outros idiomas. Em uma noite sem dormir, escolhi, aleatoriamente, o primeiro a ser visto: Donoma (Donoma), produção francesa de 2010, que estreou nos cinemas em novembro de 2011. O filme é dirigido por Djinn Carrénard, tendo 135 minutos de projeção. Para assistir, não é necessário esperar que o filme carregue em sua totalidade, pois não se trata de download, mas sim streaming. Desta forma, vi o filme tão logo cliquei no ícone para começar e não houve nenhuma interrupção durante as mais de duas horas de sua duração. Imagem boa e som perfeito. São três histórias que não tem relação entre si, mas de alguma forma, se entrelaçam. Na primeira, uma professora de língua espanhola em um curso de escola pública se envolve com o pior aluno da sala, em um jogo interessante de submissão e sedução. Na segunda, uma fotógrafa amadora, desiludida com o amor, sai fotografando cenas no metrô de Paris, quando decide se entregar sexualmente para o primeiro que encontra, em um novo jogo, desta vez sem a presença de palavras. Um jogo de amor e sexo onde o diálogo não existe. E na terceira história, uma jovem que não crê em Deus se envolve com um marginal totalmente cristão e começa a questionar a religião cristã, procurando, inclusive, ajuda psicológica, pois acabou sofrendo um stigmata, ou seja, feridas sangrentas aparecem no seu corpo nos mesmos lugares onde ocorreu a crucificação de Jesus Cristo. O ápice das três histórias acontece no mesmo amanhecer, o tal donoma do título, que significa o dia está aqui. Assisti sem legenda, tendo compreendido mais de 70% dos diálogos, mesmo com uma intensa utilização de gírias. Vi que meu francês ainda está bom. Gostei do filme e da experiência de ter o monitor do computador como tela de projeção. Chequei se os filmes rodam no iPad, sendo positiva a resposta, mas sem legendas, apenas o som original.

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sábado, 26 de janeiro de 2013

CRU

Foram necessários quatros anos desde que sua estreia para que eu conseguisse ver a peça Cru, de Alexandre Ribondi. Sempre que ela estava em cartaz nos teatros de Brasília, ou eu tinha algum compromisso no mesmo horário ou estava fora da cidade. Enfim, na noite desta sexta-feira, 25 de janeiro de 2013, fui ao Teatro Plínio Marcos no Complexo Cultural da Funarte para conferir a tão bem falada peça. Pelo ingresso paguei R$ 10,00 (meia entrada usando o desconto do Sempre Você do Correio Braziliense). O espetáculo integra o projeto Em Cena no Planalto, dentro da Ocupação do Teatro Plínio Marcos 2012-2013. Comprei a entrada poucos minutos antes do horário de início do espetáculo. Um bom público compareceu ao teatro em noite com clima ameno em Brasília. Cru tem direção compartilhada entre o seu autor, Alexandre Ribondi, e Sérgio Sartório, que também integra o elenco com Chico Sant'Anna e Vinícius Ferreira. Foi vencedor de doze prêmios ao longo de suas temporadas nestes quatro últimos anos. A história se passa num açougue, cuja proprietária é Frutinha, uma travesti ousada e sem medo. Tal açougue fica em um rincão qualquer no Centro-Oeste brasileiro. No açougue, além de Frutinha (Ferreira), um senhor misterioso (Sant'Anna) negocia com um pistoleiro (Sartório) a morte de alguém. Em cerca de uma hora de encenação, o tema central dos diálogos é a violência, tratada de forma até mesmo banal, como algo corriqueiro, inserido no cotidiano das grandes cidades. A referência que o pistoleiro faz ao assassinato da freira Doroty Stang (sem citar o nome dela, obviamente) é de uma frieza total, um ponto de vista de quem é o matador de aluguel. Referências também são feitas a Chico Mendes e ao Presidente Lula, ambos também sem mencionar nome algum. O tom realista da encenação impressiona, especialmente nos momentos finais. Quem assiste fica incomodado na cadeira, mexe de um lado para o outro. A violência urbana é apenas uma ligação para explicitar a crueldade humana e dá vazão para um acerto de contas entre os personagens. Final inesperado e muito bem marcado cenicamente. Os três atores estão muito bem em cena, mas destaco a performance de Sérgio Sartório, que faz um pistoleiro sem escrúpulos, sem medo, que ama o seu ofício. Confesso que ele passa medo para a plateia. Ao final, Sartório agradece ao público e cita Jimi Figueiredo, diretor de filme homônimo baseado na peça, que estava na plateia. Desde então fica a minha curiosidade em ver esta história nas telonas. Valeu a pena ter visto este espetáculo. O teatro de Brasília pulsa forte.



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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

AS AVENTURAS DE PI

Quando vi o cartaz de As Aventuras de Pi (Life of Pi), fiquei pensando se ia ou não ia ver o filme nos cinemas, pois não gosto de filme onde animais falam como humanos e a impressão que me deu é que em algum momento do filme, os animais falariam, ainda mais depois que li que se tratava de uma aventura em forma de fábula. Só deixei o meu temor de lado quando o filme foi indicado para vários prêmios internacionais, incluindo o Globo de Ouro e o Oscar, ambos edição 2013. Aproveitei uma noite chuvosa de uma segunda-feira em Brasília e fui conferir o novo filme de Ang Lee, um diretor que gosto muito. Fila grande para comprar ingresso no Espaço Itaú de Cinema, no CasaPark Shopping. Filme em 3D, cujo ingresso me custou R$ 12,00 (meia entrada, cartão de crédito Itaú). Lugar marcado para a sessão das 21:10 horas. Sala parcialmente ocupada. Com pouco mais de duas horas de duração, o filme é belíssimo. Em uma interessante narrativa, Lee nos mostra a história de Pi Patel (vivido por vários atores, dependendo da idade do personagem), um indiano cujos pais eram donos de um zoológico na Índia, que ao perder o subsídio da prefeitura, resolvem pegar os animais e se mudar para o Canadá, em uma longa viagem de navio. Um naufrágio muda a vida de Pi, que perde sua família e se vê no meio do oceano em um bote, com suprimento de água e comida para sobrevivência por alguns dias, na companhia de uma zebra com a perna quebrada, uma hiena, um orangotango fêmea, um rato e um tigre de bengala, cujo nome era Richard Parker. O filme narra a luta pela sobrevivência de todos eles. Recheado de menções filosóficas ligadas ao cristianismo, ao hinduísmo, ao islamismo e à cabala, o filme realmente é uma parábola. Metáforas não faltam ao longo da projeção. Imagens belíssimas fazem parte do contexto. A cena do salto da baleia jubarte é um show de tecnologia e de sensibilidade. Há a curiosa participação de Gérard Depardieu como o mau humorado cozinheiro do navio que vai a pique. O filme emociona em vários momentos. A plateia corresponde, ora sorrindo, ora gargalhando, ora chorando, ora fungando o nariz. E como toda fábula, há a mensagem final, ou muitas delas, dependendo da perspectiva que cada um tem do filme, pois ele permite várias leituras. Para mim, o que ficou foi a lição de acreditar na vida, acreditar na sua força, ser perseverante e ter fé. E Ang Lee dá novamente um show na direção e na condução da história, especialmente na dúvida que fica ao final sobre a veracidade do que acabamos de ver. Gostei muito. E para quem está curioso e não viu o filme, não direi se os animais falam.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SUSHI BRASIL - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Endereço: SHIS QI 11, Bloco F, lojas 101/108, Lago Sul, Brasília, DF.

Fone: 61 3364 3939

Diferencial: o farto buffet do almoço com sushis variados e comida quente. O cartão fidelidade, no qual ao preencher com dez selos, o cliente ganha uma refeição no sistema de buffet.

Especialidade: culinária japonesa.

Quando fui: almoço de 21 de janeiro de 2013, segunda-feira. Estava sozinho e fiquei em mesa no salão mais ao fundo do restaurante, depois de passar o buffet.

Serviço: bom, com toalhinha quente sendo colocada à mesa logo que o cliente se senta. O chá verde ao final é gratuito.

O que bebi: uma lata de Coca Cola Zero e uma xícara de café espresso.

O que comi: servi-me das iguarias frias do buffet (R$ 49,00), especialmente os diversos tipos de sushi. Incluído no preço do buffet, mas tendo que ser solicitado ao garçom, pedi uma porção de sashimi de salmão. Fresco e muito bem cortado. Como todas as outras vezes que fui ao Sushi Brasil, comi muito bem.

Valor total da conta: R$ 62,26.

Minha avaliação: * * * *.

Gastronomia Brasília (DF)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

007 CONTRA OCTOPUSSY

007 Contra Octopussy (Octopussy) é o décimo terceiro filme da saga James Bond. Foi lançado nos cinemas em 1983, sendo a primeira vez que os Estados Unidos entraram como co-produtores, juntamente com o Reino Unido. Pela segunda vez, o diretor é John Glen, que deu um dinamismo à série, impondo agilidade nas cenas e não cansando quem vê, mesmo com 131 minutos de duração, o maior até aqui. No papel de Bond, continua Roger Moore, que empresta um ar cada vez mais cínico e irônico ao agente secreto inglês, mas já dá sinais de cansaço vivendo o mesmo personagem. Suas rugas faciais também não colaboram para passar uma imagem mais jovial ao agente secreto. No entanto, ele continua elegante e sedutor. O chefe do serviço secreto inglês, M, volta a aparecer, mas interpretado por outro ator, Robert Brown. Moneypenny e Q continuam com os mesmos atores de sempre, Lois Maxwell e Desmond Llewelyn, respectivamente. Desta vez, Moneypenny, a secretária de M e eterna apaixonada por Bond, ganha uma jovem auxiliar, Penelope, para quem Bond solta alguns galanteios. As bondgirls são Magda (Kristina Wayborn), envolvida com o vilão, e Octopussy (Maud Adams), a misteriosa mulher que vive em uma  palácio em uma ilha. Os vilões da vez são General Orlov (Steven Berkoff), um russo que quer ampliar os domínios da União Soviética na Europa, aproveitando a então Alemanha dividida, e Kamal Khan (Louis Jourdan), dono de um cassino em território indiano e aliado do general soviético. A história se passa, em sua maior parte, na Índia. As perseguições, a água em abundância e Bond em traje de gala jogando em um cassino continuam dominando as cenas de ação. A perseguição pelas ruas lotadas de barracas de feira e indianos, com Bond em um tuc-tuc é ótima. A fortaleza de Octopussy é em uma ilha bastante vigiada por mulheres com armas e lutadoras de artes marciais. Bond chega à ilha em um mini barco em formato de crocodilo, mais uma invenção de Q. Pela segunda vez, e em sequência, não se menciona nenhuma marca de champanhe famoso, embora há quatro cenas em que há um balde com gelo e uma garrafa preparada para ser apreciada. No quesito marca famosa, o relógio digital de Bond continua sendo um Seiko. 007 tem que desvendar um mistério que envolve falsificação de peças de joalheria pertencentes a museus e esta ligação com os soviéticos. Como se vê, o tema da Guerra Fria continua presente e crimes menores, como o comércio de peças falsificadas, parecem não incomodar, pois são os que praticam tais crimes é que ajudam James Bond a solucionar o mistério (no filme anterior o mesmo ocorreu com um contrabandista). A luta de Bond com um capanga de Kamal em cima de um trem em movimento foi relembrada no mais recente filme de 007, Skyfall (2012), logo em sua sequência inicial. A música tema, All Time High,  é uma das mais fracas da série, cantada por Rita Coolidge. Esta foi a primeira vez que vi este filme e gostei da sua agilidade.

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ARCA DE NOÉ


Em cartaz no Teatro I do CCBB de Brasília o projeto Pequenos Contemporâneos, voltado para o público infantil, mas que agrada aos adultos também. Durante o mês de janeiro, seis shows integram o projeto, no qual grupos ou cantores desenvolvem um show com músicas infantis. Três das atrações já tinham show montado com este foco, enquanto outros três foram convidados a fazer uma releitura de discos de compositores famosos da MPB também voltados para as crianças. Comprei ingresso para duas apresentações: Tum Pá, do grupo Barbatuques, e Arca de Noé, com André Abujamra e músicos convidados. Cada ingressou custou R$ 3,00. Infelizmente não pude comparecer ao show do Barbatuques, mas no último domingo, às 16 horas, estava sentado na poltrona B12, de frente para o palco, para conferir os novos arranjos que André Abujamra fez para algumas músicas do disco Arca de Noé, de Vinícius de Moraes, lançado em 1980, quando cada faixa era interpretada por uma estrela da música brasileira. Tinha dezessete anos na época do lançamento deste disco e lembro-me muito bem do sucesso que ele fez, principalmente depois de um especial produzido pela Rede Globo. Na plateia do teatro havia muita criança, meninos e meninas de 3 a 7 anos, com pais que eram crianças quando o disco original foi lançado. Durante o show, percebi que a maioria dos adultos presentes sabia as letras das músicas de cor, sinal que o disco fez parte da infância de muitos deles. André Abujamra trouxe nove músicos para sua releitura, todos usando um boné com o formato da cara de um bicho. Abujamra usava um boné de leão. O show começou assim que o telão do teatro foi recolhido, já com todos os músicos no palco. A primeira música foi A Arca de Noé, da mesma forma como no disco, com uma voz declamando uma poesia (não consegui identificar se era a voz do Chico Buarque como no disco ou outra voz, pois o som dos instrumentos estava bem mais alto). O Pato, interpretada por Theo Werneck, foi a segunda canção. Sua interpretação foi divertidíssima, imitando a voz do Pato Donald, utilizando o mesmo expediente que o MPB4 usou quando da gravação do disco original. Melina Mulazani, outra convidada, usando chapéu de coruja, foi a intérprete de Corujinha, defendida por Elis Regina no original. Gostei muito de como ela cantou esta música, meiga e doce, conquistando a plateia. Depois foi a vez do guitarrista Kiko Dinucci, com boné de jacaré, emprestar sua voz à Foca (Alceu Valença no disco). Ele cantou fazendo gestos em consonância com a letra da canção. Foi divertido. Assim que ele terminou sua interpretação, Abujamra se dirigiu ao público, quando disse que seu irmão gêmeo, Claudinho, só apareceria no show se fosse chamado. A plateia atendeu, gritando por Claudinho. Abujamra mudou sua voz e incorporou o tal irmão, desbocado e irritado com os arranjos infantis do show. Foi assim o show inteiro, garantindo diversão aos adultos e às crianças. A música seguinte foi As Abelhas, cantada por todos (Moraes Moreira no disco). Melina voltou a ocupar o centro do palco para cantar A Pulga (Bebel Gilberto no original), fazendo com que várias crianças chegassem junto ao palco e ali ficassem até o final do espetáculo. Aula de Piano, cantada pelo grupo As Frenéticas no disco, não foi cantada no show, mas apenas uma aula falada em uma língua enrolada que o guitarrista Du Moreira inventou. Um momento introspectivo foi a interpretação de Werneck para São Francisco, originalmente defendida por Ney Matogrosso. também foi a responsável pela canção O Gato (Marina Lima no disco original). Mas o melhor momento do show foi a canção A Casa, no disco cantada pelo grupo vocal Boca Livre, e no palco do CCBB transformada em um rock pesado, com direito a introdução de mais uma estrofe por Abujamra, e com Melina fazendo a coreografia que todo mundo seguiu. Tanto foi o melhor, que no bis, A Casa fechou o show com a criançada no palco junto com os músicos. O show, por ser infantil, não teve todas as músicas do disco, ficando três canções de fora. Foi um ótimo espetáculo que agradou às crianças e aos adultos presentes.



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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

GRENAT CAFÉS ESPECIAIS - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Endereço: SCLS 202, Bloco A, loja 4, Asa Sul, Brasília, DF (www.grenatcafes.com.br).

Fone: 61 3322 0061

Diferencial: os blends especiais de café e o ambiente.

Especialidade: café.

Quando fui: fim da tarde de sábado, 19 de janeiro de 2013. Éramos três pessoas. Sentamos no fundo do salão, próximo à escada, em um confortável sofá de parede.

Serviço: prestativo, mas distante. O cliente tem seu pedido carregado em um cartão magnético, facilitando na hora de pagar a conta, pois ninguém precisa aguardar o garçom trazer a nota na mesa. Basta ir ao caixa, localizado próximo à entrada, e efetuar o pagamento de seu consumo individual.

O que bebi: um espresso doppio (R$ 7,50), ou seja uma dose dupla de café espresso. Cada xícara de café espresso do Grenat tem 30 ml. Acompanha um copinho de água mineral com gás para limpar as papilas gustativas antes de degustar o café. Além desta água, ainda pedi uma garrafa de São Lourenço, também gasosa.




O que comi: um tiramisù (R$ 15,00). Tem bonita apresentação, mas a introdução de amêndoas (ou algo parecido) no doce não caiu bem no paladar.

Valor total da conta: R$ 54,34, para duas pessoas.

Minha avaliação: * * *. Vale a visita pelo café. Também serve alguns pratos na hora do almoço.

Gastronomia Brasília (DF)

domingo, 20 de janeiro de 2013

FEIJOADA + SAMBA - BAR BRAHMA


Sábado, dia de feijoada. Eu e Ric fomos encontrar amigos no Bar Brahma para curtirmos um almoço regado a muito samba. Saímos de casa com o tempo bem fechado. Chegando perto do restaurante, um temporal desabou sobre Brasília. Já que estávamos bem próximos, estacionei o carro, esperando a chuva passar, o que aconteceu depois de uns dez minutos. Por precaução, levei um guarda-chuva comigo. Havia fila para entrar, mas alguns de nossos amigos tinham chegado e estavam sentados em uma mesa apertada para o tanto de gente que já tinha chegado. Uma recepcionista nos entregou uma comanda individual. Ótimo, pois assim não teria aquele problema de sempre de quem fica no final acaba pagando mais pela conta da mesa. Cada um bebia e comia o que quisesse e seu consumo seria anotado na comanda. Na hora de ir embora, bastava passar no caixa e pagar sua conta, individualmente. Desta forma não havia conta aberta por mesa, fato que permitia uma troca constante de mesas, dependendo do tempo e do tanto de pessoas que vai chegando. O couvert artístico era cobrado individualmente, R$ 20,00 por cabeça. Realmente a mesa em que ficamos era bem apertada e não dava para todo mundo se sentar. Alguns ficaram em pé, enquanto outros se serviam do buffet de feijoada. Comecei tomando um caldinho de feijão, servido em canecas de porcelana branca. No buffet, cada um incrementava o caldo ao seu gosto. Eu coloquei bacon frito picado em cubos, salsinha moída, cebola crua cortada em pequeninos pedaços e algumas rodelas de cebolinha. Ficou como eu gosto. Em seguida, fui novamente ao buffet para me servir da feijoada. No Bar Brahma, os ingredientes da feijoada ficam separados por panelas de ferro. Assim, quem não gosta de pé, rabo e orelha, pode passar longe deles. Eu me servi apenas de arroz branco, feijão preto, farofa, couve picada, torresmo, laranja em fatias, charque, costelinha cozida, paio e calabresa. Estava com ótimo tempero e fumegante. Não repeti. Enquanto almoçava, bebi apenas uma lata de Guaraná Antarctica Zero. O grupo Bom Partido, residente da casa aos sábados, começou seu show às 14 horas, cantando uma série de sambas e pagodes bem conhecidos do público. Alguns casais se arriscaram em dançar na pista em frente ao palco. A chuva ainda caía, motivo pelo qual o salão interno do bar estava bem cheio e com os plásticos baixados para evitar que a água caísse no público, o local ficou bem quente. Passada uma hora, a chuva já tinha parado e muita gente foi para a área externa do restaurante, local muito mais agradável e de onde se ouvia bem melhor o som do grupo. Fizemos a mesma coisa. Um belo sol apareceu, brindando a nossa tarde. O local enchia a cada hora que passava. Por volta de 16 horas, o grupo fez uma pausa, quando mais samba animou a galera, desta feita em som mecânico. Neste intervalo, três casais de uma escola de dança de salão fez uma pequena demonstração, aguçando os demais para os passos certeiros e marcados. Antes do Bom Partido voltar ao palco, um concurso para escolher o samba-enredo de 2013 do bloco carnavalesco Nós Que Nos Amamos Tanto. Previamente, integrantes do bloco distribuíram a letra das duas músicas que concorriam. A apresentação foi rápida e a primeira música foi infinitamente mais aplaudida. No final da tarde ela se sagraria como a mais votada pelos frequentadores do restaurante, sendo eleita o samba-enredo do bloco para este ano. O Bom Partido não voltou de imediato, pois eles aproveitaram a presença de Edu Krieger para chamá-lo para uma canja. Ele estava na minha mesa. Krieger, que tem músicas gravadas por Maria Rita, Ana Carolina, Roberta Sá, Araketu, entre outros, fez um ótimo pocket show, quando cantou seis músicas: Maria do Socorro, de sua autoria e sucesso de Maria Rita; Brasil Pandeiro, de Assis Valente; Tranquilo com a Vida, sua parceria com Oscar Niemeyer; Vai Passar, samba de Chico Buarque; Novo Amor, outra música de sua autoria gravada por Maria Rita; e Trem das Onze, de Adoniran Barbosa. Enquanto Krieger dava seu ótimo show, a pista ficou lotada de gente sambando e cantando. Assim que ele acabou, foi a vez do Bom Partido chamar a convidada do dia, a prata da casa Naiara Lira, que fez uma ligação, talvez involuntária, com o final do show de Krieger, já que iniciou cantando outro sucesso de Adoniran, Tiro ao Álvaro. Lira cantou por mais de uma hora, segurando o público na pista com uma série de sambas conhecidos. Quando ela dava seu show, novo temporal desabou. Fiquei um tempo debaixo do enorme guarda sol que protegia nossas mesas do sol, mas quando tive uma oportunidade, corri para dentro do restaurante, onde estava bem quente. Era difícil achar um lugar para ficar de tão cheio que estava. O povo feliz, bebendo, dançando, paquerando e curtindo o sábado. Quando a chuva passou, um sol quente deu o ar da graça. Chegava ao fim o samba do Bom Partido, que tinha voltado ao palco. Anunciaram que um grupo começaria a se apresentar em instantes, com o melhor da música sertaneja. Era hora de ir embora, pouco mais do que 18 horas. Paguei minha conta, saindo com Ric e Fabíola. Demos uma parada no Grenat Cafés Especiais, que fica na mesma quadra, para comer uma sobremesa e tomar um café espresso bem tirado. Tarde de sábado magnífica.

show
música

sábado, 19 de janeiro de 2013

007 SOMENTE PARA SEUS OLHOS

Seguindo minha determinação de ver todos os filmes da série 007, na ordem cronológica de lançamento nos cinemas, chegou a vez de ver o décimo segundo, 007 Somente Para Seus Olhos (For Your Eyes Only). Primeiro a ser dirigido por John Glen, foi lançado nos cinemas em 1981.A produção voltou a ser somente do Reino Unido, tendo novamente Roger Moore vivendo o famoso agente secreto britânico James Bond. A canção tema, muito romântica, é interpretada por Sheena Easton, que aparece no clipe inicial do filme. Antes de entrar no enredo desta aventura, o diretor faz um ótimo revival, iniciando com Bond colocando flores no túmulo de sua mulher (casamento e morte acontecem no sexto filme), sendo chamado para uma missão urgente, tendo um helicóptero à sua disposição descendo no cemitério. No voo, o piloto é assassinado pelo chefão da Spectre, que aparece em uma cadeira de rodas, com o pescoço imobilizado por um colar ortopédico, no alto de um prédio de Londres, controlando o helicóptero onde está Bond. As cenas são ótimas e o modo como 007 se livra do vilão é sensacional e divertido. Após o clipe, começa a aventura, com o agente secreto sendo destacado para solucionar o sumiço de um sistema submarino de controle nuclear. Mais uma aventura que tem a água como elemento chave. Não faltam as perseguições em montanhas nevadas e a clássica perseguição de carros, desta vez entre oliveiras. As bondgirls são interpretadas por Carole Bouquet (Melina Havelock), que dá vida a uma bela grega que quer vingar a morte dos pais e é exímia em atirar com arco, por Cassandra Harris (a condessa alpinista social Lisl), e por Lynn Holly-Johnson (a ninfeta Bibi Dahl), vivendo uma patinadora artística que sonha em ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Ela é ninfomaníaca e dá em cima de Bond que não aceita ficar com ela, por ser uma garota, mostrando que ele se envolve apenas com mulheres adultas. Como o filme é cheio de reviravoltas, não há como afirmar aqui quem é o vilão aqui, pois pode atrapalhar a surpresa para quem quer ver o filme, mas os atores Topol (Milos Columbo), Julian Glover (Kristatos), Michael Gothard (Locque), Stefan Kalipha (Hector Gonzales), e John Wyman (Erich Kriegler) fazem parte deste time. Uma das sensações do filme é o carrinho amarelo de Melina, um Citroen 2CV, que consegue se sair bem nos caminhos tortuosos dos campos de oliveiras no interior da Espanha. M, o chefão da inteligência inglesa, não aparece desta vez, mas Q e Moneypenny dão as caras, ou melhor, as mesmas caras, já que são interpretados pelos mesmos atores desde sempre. Pela primeira vez não há citação de nenhum champanhe, enquanto o relógio do herói continua sendo o Seiko digital, só que um modelo mais moderno do que o anterior. As grifes Guy Laroche e Gucci aparecem discretamente durante a aventura. Gostei muito de rever este filme.

filme
dvd

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CONFRARIA VINUS VIVUS - 72ª REUNIÃO


Confraria Vinus Vivus fez sua primeira reunião de 2013 em 17 de janeiro, totalizando 72 encontros. E o ano começou bem, pois todos os confrades compareceram para uma degustação às cegas, uma espécie de embate entre vinhos do Piemonte, Itália e da Borgonha, França. Foram quatro os vinhos degustados, dois de cada país. Eis os vinhos da noite:

Vinho 1 – Vietti Barbaresco (Masseria)



Safra: 2003.
Álcool: 14%.
Casta: 100% nebbiolo.
Produtor: Vietti.
Região: Barbaresco, Piemonte, Itália.
Cor: rubi, com reflexos granada.
Aromas: mentolado, tomilho, terroso, balsâmico, floral, adocicado, compota de frutas vermelhas, açúcar queimado. 
Boca: taninos bem presentes, secando toda a boca, mas são macios, acidez alta (com muita salivação), retrogosto de própolis e remédio.
Estágio: dois anos em barricas de carvalho e mais um ano em garrafa.
Harmonização: vinho pede comida, especialmente uma carne mais forte.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 380,00.
Observações: decantou por uma hora antes da degustação.


Vinho 2 – Gevrey-Chambertin 1er Cru


Safra: 2008.
Álcool: 12,5%.
Casta: 100% pinot noir.
Produtor: Philippe Pacalet.
Região: Gevrey-Chambertin, Borgonha, França.
Cor: atijolado, brilhante, límpido, transparente.
Aromas: framboesa, couro, fruta, anis estrelado, pimenta do reino, floral, açúcar mascavo, mel, doce cítrico. 
Boca: azedinho, pimenta na ponta da língua, acidez presente (boa salivação), retrogosto longo, taninos elegantes, couro.
Estágio: sem informação.
Importador: World Wine.
Valor: R$ 490,00.
Observações: decantou por uma hora antes da degustação.
O preferido da noite de Keller.


Vinho 3 – Barolo Parusso (Bussia)


Safra: 2001.
Álcool: 14,5%.
Casta: 100% nebbiolo.
Produtor: Azienda Agricola Parusso.
Região: Barolo, Piemonte, Itália.
Cor: rubi, com reflexos granada.
Aromas: tabaco, fumo de charuto, adocicado, floral, figo turco, algodão doce, açúcar queimado. 
Boca: acidez presente (saliva bastante), taninos também presentes, mas macios, seca bem a boca.
Estágio: dois anos de barrica de carvalho e mais um ano em garrafa.
Harmonização: carne de caça, carnes exóticas.
Importador: Viníssimo.
Valor: R$ 753,00.
Observações: decantou por uma hora e quinze minutos antes da degustação.
O campeão da noite, sendo o preferido de Bruno, Leo, Abílio, Ricardo, André, Vera e Fernanda.

Vinho 4 – Charmes-Chambertin Grand Cru


Safra: 2007.
Álcool: 14%.
Casta: 100% pinot noir.
Produtor: Domaine des Beaumont.
Região: Charmes-Chambertin, Borgonha, França.
Cor: rubi, com reflexos granada.
Aromas: framboesa, trufas, café, terroso. 
Boca: bem doce, com um retrogosto azedinho.
Estágio: 12 a 18 meses de barrica de carvalho, sendo 30% delas novas.
Importador: Viníssimo.
Valor: R$ 1.150,00.
Observações: decantou por uma hora e meia antes da degustação.
O preferido da noite de Cláudia e Marcos.


Após esta degustação às cegas, onde quase todos acertaram o país de procedência dos vinhos, obedecendo a ordem em que foram servidos – Itália, França, Itália, França, a anfitriã, como de costume, ofereceu um belo jantar: arroz de cordeiro com pinhole e tâmaras. Para acompanhar este prato, além dos vinhos da degustação, ainda foram servidas duas garrafas do tinto italiano Villa Matilde, safra 2008, 100% aglianico, com 12,5% de álcool, produzido por Tenuta Rocca dei Leoni, importado pela Viníssimo (R$ 68,00). De sobremesa, um excelente e leve rocambole de laranja. Finalizamos com uma xícara de café Nespresso.



arroz de cordeiro


rocambole de laranja

Já temos novo encontro marcado para o dia 18 de fevereiro, quando teremos novo embate, desta vez entre vinhos elaborados com as castas zinfandel e primitivo.

vinho
gastronomia