Amor (Amour), o mais novo filme dirigido por Michael Haneke, é um dos nove concorrentes ao Oscar 2013 de melhor filme, , mas também concorre na categoria melhor filme estrangeiro, o que me leva a crer que dificilmente ele ganha na principal categoria. É uma co-produção de França, Alemanha e Áustria, lançada em 2012 nos cinemas. Falado em francês e rodado na França, foge um pouco da temática principal de Haneke, a violência, embora podemos fazer uma leitura com este foco de todo o filme, especialmente em seus minutos finais. Um casal de professores de música aposentados vive só em um apartamento e continuam frequentando concertos de música clássica até que a mulher sofre um AVC, paralisando seu lado direito e alterando completamente a sua vida e a de seu marido. A única filha do casal, também musicista, vive em outro país e está em constante viagem em razão de seu trabalho. A dedicação que o marido presta a sua esposa é especial e muito bonita, pois ele também possui suas limitações físicas em razão da idade avançada. A mulher detesta hospital e vai suportando o desenrolar da doença em sua própria casa, aguentando cuidadores nem sempre delicados para lhe auxiliar em um momento mais avançado de seu problema de saúde. O filme tem 127 minutos de duração. Em seu início já sabemos o que vai acontecer, motivo pelo qual acompanhar o desenvolvimento da doença junto com o casal torna-se angustiante e muito triste. Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva vivem o casal, enquanto Isabelle Huppert interpreta a filha deles. Riva está excelente no papel da velha doente e por causa de sua interpretação foi indicada ao Oscar de melhor atriz nesta próxima edição. Haneke é um mestre da direção e uma de suas marcas registradas, a falta de trilha sonora no filme, está presente em Amor. A música só aparece quando ela faz parte da cena, nunca há uma música de fundo tocando. A tristeza deste filme aparece num crescendo, o que provoca muitas fungadas dentro da sala de projeção. Como o público que compra ingresso para ver Amor é mais velho, a reação emotiva é mais forte, pois muitos sabem que podem passar pela mesmas dificuldades do casal de idoso da telona. Gostei muito.
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