Com a sequência nos cinemas tendo um bom público, resolvi assistir em casa o filme brasileiro que bombou nos cinemas em 2011: De Pernas Pro Ar. Tinha comprado o BD desde que ele foi lançado, mas ficou na estante. Agora, com a curiosidade de ver a segunda parte no cinema, era hora de conferir a primeira parte. Dirigido por Roberto Santucci, teve estreia nos cinemas brasileiros em 31 de dezembro de 2010. Encabeça o elenco a atriz Ingrid Guimarães, que interpreta a mulher de negócios Alice Segretto. Bruno Garcia é João Segretto, o marido de Alice. O filme começa mostrando a vida agitada de Alice, que é dedicada ao extremo ao trabalho, deixando de lado o marido, o filho e sua mãe, a quem chama de Marion (Denise Weinberg). Diariamente ela se encontra no elevador com Marcela, interpretada por Maria Paula, uma vizinha gostosona. As atitudes de Marcela incomodam Alice. Numa reviravolta em sua vida, Alice perde o emprego em uma fábrica de brinquedos, vê seu marido ir embora e ainda tem que ficar ouvindo conselhos de sua mãe. Por ironia do destino, quem a ajuda é Marcela, dona de uma sex shop decadente. Alice vira sócia de Marcela e os negócios da sex shop explodem de tanto sucesso. O que acontece a partir desta guinada é recheado de ótimas cenas de comédia, com situações inusitadas vividas pela protagonista. Já li muito a respeito do cinema nacional e quando um filme como este chega às telas, muita gente faz inúmeras críticas negativas, afirmando que é o padrão Globo de televisão, que é comédia rasteira, sem nenhuma necessidade de pensar, que não temos condições de fazer filmes para concorrer ao Oscar, etc, etc, etc. Gosto do cinema brasileiro e fico irritado com tais afirmações. Em qualquer país do mundo, a indústria do cinema tem que ter filmes para fazer bilheteria, para render aos produtores uma soma suficiente para que sejam produzidos também filmes considerados mais difíceis de atingir uma grande parcela da população. Estas pessoas que fazem tais críticas talvez não conheçam todos os filmes que chegam aos cinemas na França, na Itália, nos Estados Unidos, no México ou na Índia. As pessoas não precisam de gostar destes filmes mais leves, mas desprezar o sucesso que eles fazem junto à população é ser muito preconceituoso. Será que gostariam de todos os filmes franceses ou italianos, ou do leste europeu, ou os iranianos? Em todos estes e mais em tantos outros países não listados, na maioria das vezes, o sucesso de bilheteria é para filmes mais acessíveis, mais leves, mais populares e assim a máquina cinematográfica pode funcionar, pode se movimentar. De Pernas Pro Ar é destes filmes leves, divertidos, com boa interpretação, especialmente do elenco feminino - Ingrid Guimarães, Maria Paula, Denise Weinberg, Cristina Pereira e Flávia Alessandra - e cenas hilárias, como o primeiro orgasmo de Alice, quando há uma comparação com uma descida de roda gigante. Alguns problemas de edição, como microfones que aparecem nas cenas iniciais, não atrapalham o todo. Ri muito e fiquei mais curioso para ver a sequência que acabou de estrear nos cinemas brasileiros.
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BD
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