Li no jornal que estava disponível na internet, de forma gratuita, a 3ª edição do My French Film Festival (www.myfrenchfilmfestival.com). Como gosto muito de filmes franceses, fui conferir. Entrei no site, fiz um rápido cadastro, onde você informa nome, e-mail e senha de acesso, para poder ver os filmes do festival. Para o Brasil, os filmes estão disponíveis de forma gratuita por causa dos patrocinadores locais. O festival tem dez longas e dez curtas em competição e mais três longas fora da mostra competitiva. São filmes contemporâneos que dificilmente chegariam aos cinemas brasileiros. Além de ver, podemos votar naqueles que consideramos os melhores. O festival está em cartaz no período de 17 de janeiro a 17 de fevereiro de 2013. Para quem vai assistir no computador, há legendas em português e em mais nove outros idiomas. Em uma noite sem dormir, escolhi, aleatoriamente, o primeiro a ser visto: Donoma (Donoma), produção francesa de 2010, que estreou nos cinemas em novembro de 2011. O filme é dirigido por Djinn Carrénard, tendo 135 minutos de projeção. Para assistir, não é necessário esperar que o filme carregue em sua totalidade, pois não se trata de download, mas sim streaming. Desta forma, vi o filme tão logo cliquei no ícone para começar e não houve nenhuma interrupção durante as mais de duas horas de sua duração. Imagem boa e som perfeito. São três histórias que não tem relação entre si, mas de alguma forma, se entrelaçam. Na primeira, uma professora de língua espanhola em um curso de escola pública se envolve com o pior aluno da sala, em um jogo interessante de submissão e sedução. Na segunda, uma fotógrafa amadora, desiludida com o amor, sai fotografando cenas no metrô de Paris, quando decide se entregar sexualmente para o primeiro que encontra, em um novo jogo, desta vez sem a presença de palavras. Um jogo de amor e sexo onde o diálogo não existe. E na terceira história, uma jovem que não crê em Deus se envolve com um marginal totalmente cristão e começa a questionar a religião cristã, procurando, inclusive, ajuda psicológica, pois acabou sofrendo um stigmata, ou seja, feridas sangrentas aparecem no seu corpo nos mesmos lugares onde ocorreu a crucificação de Jesus Cristo. O ápice das três histórias acontece no mesmo amanhecer, o tal donoma do título, que significa o dia está aqui. Assisti sem legenda, tendo compreendido mais de 70% dos diálogos, mesmo com uma intensa utilização de gírias. Vi que meu francês ainda está bom. Gostei do filme e da experiência de ter o monitor do computador como tela de projeção. Chequei se os filmes rodam no iPad, sendo positiva a resposta, mas sem legendas, apenas o som original.
filme
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