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domingo, 6 de janeiro de 2013

O IMPOSSÍVEL

E o cinema catástrofe está de volta, mas muito mais realista. Afinal, O Impossível (Lo Imposible), produção espanhola de 2012, falado em inglês e tailandês, é baseado em uma história real. Um casal e seus três filhos, todos ainda crianças, resolve passar o Natal em um resort maravilhoso na Tailândia, quando são surpreendidos pela tsunami que causou a maior mortandade da história neste tipo de catástrofe natural. Naomi Watts interpreta a médica Maria, que deixou a profissão de lado para se dedicar aos filhos. Ewan McGregor é Henry, marido de Maria, obcecado pelo trabalho. Lucas (Tom Holland), Thomas e Simon são seus filhos. Após uma linda noite de Natal, a família se reúne na piscina do resort quando são pegos pelas ondas gigantes que devastaram o lugar. A partir daí, é só sofrimento e uma eterna busca. As cenas são muito realistas. Impressiona a maneira como Watts é arremessada de um lado para o outro dentro da água, batendo em objetos os mais diversos e abrindo grandes feridas em seu corpo. A família fica separada e fica a eterna dúvida se todos sobreviveram à tsunami ou não. Assim que Maria é resgatada, toda cheia de machucados e muito mal de saúde, ela é levada para um hospital onde reina a confusão de tantos feridos para atender. As cenas são chocantes. Confesso que fechei os olhos em alguns momentos, especialmente quando há filmagens de doentes vomitando sangue. Tive que me controlar para não fazer o mesmo. A mudança na vida desta família é visível durante a projeção, que dura pouco mais do que cem minutos. Naomi Watts faz jus à indicação que recebeu como melhor atriz para filmes de drama na edição 2013 do Globo de Ouro. Ela está segura e passa verdade, passa para quem assiste todo o sofrimento da busca pelo filho, da superação de suas forças, da necessidade de cuidar dos mais novos mesmo sem condições e da luta contra a morte. Tom Holland também tem uma interpretação digna dos prêmios que já recebeu por sua performance neste filme. É garoto, mas já tem faro de gente grande para atuar. Filme que provoca rolar de lágrimas pela face. É dirigido por Juan Antonio Bayona e tem uma participação especialíssima de Geraldine Chaplin, que tem um rápida aparição em cena, em um comovente diálogo com Thomas. Vi este filme no final da tarde de domingo em uma sala lotada do Espaço Itáu de Cinema no Casa Park Shopping.

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