Na sexta-feira à noite, com preguiça de sair, resolvi ver mais um filme da série 007, o oitavo da sequência, o primeiro com Roger Moore no papel de James Bond. Com 007 Viva e Deixe Morrer (Live and Let Die) é dirigido por Guy Hamilton para um produção do Reino Unido de 1973. Sai Sean Connery, com todo o seu charme, e entra Roger Moore, mais sofisticado e com um ar mais cínico. Desta vez Bond tem como missão descobrir quem está por trás da morte de três agentes secretos, em uma conexão que envolve New Orleans, nos Estados Unidos, a San Monique (uma ilha fictícia localizada no Caribe). Ele se envolve com adeptos do vudu chefiados pelo diplomata Kananga, interpretado por Yaphet Kotto, que mantém uma jovem papisa, Solitaire (Jane Seymour), sob seu domínio, pois acredita piamente que ela detém o poder de ler cartas de tarô. No desenrolar da história, Bond descobre que os negócios escusos de Kananga envolvem produção e comércio de heroína. Para conseguir derrotar o vilão, ele passa por grandes apuros, não podendo confiar em absolutamente ninguém que cruza seu caminho. Claro que se envolve com Solitaire, mas antes seduz Rosie (Gloria Hendry), uma agente duplo. Há referência explícita ao famoso Capitão Gancho da história de Peter Pan na figura do braço direito do vilão, o careca Tee Hee (Julius Harris), além da criação de crocodilos e jacarés que Kananga tem na ilha. Neste filme o personagem Q só é citado, mas há rápida aparição de M e Moneypenny, cujos atores são os mesmos desde o primeiro filme da série: Bernard Lee e Lois Maxwell. Características que fizeram a fama dos filmes de Bond continuam fortes na tela, como a perseguição de carros, que que potencializada neste filme por uma eletrizante perseguição de barcos pelos rios da Lousiana. Esta perseguição de barcos tem as cenas mais engraçadas do filme, vividas pelo Xerife Pepper (Clifton James), e pela invasão dos barcos a um casamento que ocorria às margens do rio, com direito a barco passar por cima do bolo da festa, deixando a noiva em prantos. Também o luxo se faz presente, seja no engenhoso relógio Rolex que ajuda o agente secreto na hora mais crítica, seja na champanhe, que volta a ser pedida por Bond, mas diferente dos outros filmes, quando solicitava uma Dom Pérignon, desta feita a bebida da vez é a Bollinger. A música tema é cantada por Paul McCartney and The Wings e recebe o mesmo nome do título original do filme: Live and Let Die, mas há uma cena em um bar-restaurante de New Orleans onde Brenda Arnau arrasa cantando a mesma canção tema. O filme tem 121 minutos de duração, sendo um pouco arrastado em determinadas ocasiões, o que o faz menos ágil do que os estrelados por Sean Connery. Mas mesmo assim, acabei gostando do filme e descobri que nada lembrava dele, ficando na dúvida se realmente já o tinha visto.
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