Estava em Belo Horizonte no início de dezembro. Emi e Ro me convidaram para almoçar no apartamento onde moram no domingo, dia 09 de dezembro. Emi fez questão de mencionar que seria um almoço bem simples. Aceitei o convite, chegando por volta de meio dia, conforme tínhamos combinado. Quando lá cheguei, Emi já estava às voltas com temperos e panelas. Passei a tarde de domingo na companhia dos dois amigos, quando bebemos muito, conversamos e apreciamos um excelente repasto dominical. Vejam a sequência e respondam a dúvida que ficou em mim: Foi um almoço simples?
Enquanto esperávamos, foi servida uma terrine de magret de canard acompanhada de torradinhas. Harmonizamos com o espumante brasileiro Salton Gerações. Bebida refrescante, amenizando o calor que fazia. Sempre água com gás São Lourenço para beber com os vinhos da tarde.
Em seguida, a entrada. Uma bela salada de alface, rúcula, espinafre, radicchio, aspargos frescos levemente cozidos, deixando uma crocância deliciosa no paladar, palmito, avocato e lascas de amêndoas. Tudo regado com o ótimo azeite extra virgem Castillo de Canena, da Olive & Co, produzido com a azeitona espanhola aberquina. O espumante Salton Gerações continuou presente para fazer, e bem, a harmonização com esta entrada. Como não gosto de espinafre, deixei esta folha escura de lado.
Enquanto os dois primeiros pratos foram servidos no centro da mesa, com cada um fazendo seu prato, a parte principal da refeição chegou pronta para nós. Um prato bem servido com filé de avestruz com redução de um molho de framboesas e amoras negras. Carne macia, suculenta, permitindo que o molho penetrasse bem em suas entranhas. O sabor ácido do molho foi totalmente quebrado com a mandioca amarela cozida que foi servida juntamente com arroz com lentilhas e cebola roxa. A mandioca estava com uma linda cor e seu cozimento permitia que ela quase se dissolvesse na boca. Muito gostosa, assim como o arroz com lentilhas, que deu o toque inusitado ao prato. Para harmonizar, foi escolhido o vinho tinto português Quinta da Garrida Touriga Nacional Reserva, safra 2005 e o vinho grego Maronia 2009, elaborado com 100% da casta mavroudi. Ambos foram bem com a carne do avestruz, mas minha preferência recaiu no português.
Chegou a vez da sobremesa. Figos caramelizados com queijo minas frescal. Sensacional. Praticamente acabamos com um queijo inteiro. O vinho do porto Insígnia 10 Anos acompanhou este prato.
Para finalizar, uma xícara de café espresso Nespresso, quando os anfitriões serviram trufas e cascas de laranja trufadas.
Quando pensava que tinha terminado, Emi chega com o licor português de amêndoas amargas, Amarguinha, um hit no nosso círculo de amizade.
Enfim, o almoço foi puro luxo e sofisticação.
Com o relato, dá para entender o motivo de minha dúvida quanto ao conceito de almoço bem simples.
Gastronomia
Nenhum comentário:
Postar um comentário