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domingo, 2 de dezembro de 2012

CONFRARIA VINUS VIVUS - 71ª REUNIÃO


No dia 27 de novembro de 2012 a Confraria Vinus Vivus se reuniu pela 71ª vez. A anfitriã foi Vera. Enfim, todos os integrantes presentes. Afinal, era o tão aguardado encontro de final de ano, quando degustamos vinhos excepcionais. Foram quatro vinhos top de linha, além de um vinho branco, um champanhe, um vinho de sobremesa e um cognac. A reunião foi banhada por uma áurea de alegria. Eis os vinhos da noite.

Vinho 1 – Stag’s Leap


Safra: 2007.

Álcool: 14,5%.

Casta: cabernet sauvignon, em percentual acima de 90%, e merlot.

Produtor: Warren Winiarski.

Região: Napa Valley, Califórnia, Estados Unidos.

Cor: rubi.

Aromas: fruta bem madura, ameixa, herbáceo, floral, baunilha, madeira, cacau, açúcar queimado, algodão doce. 

Boca: acidez bem alta, provocando abundante salivação. Deixa um amargor no final de boca, mas não é agressivo.

Estágio: 14 a 18 meses de barricas de carvalho.

Harmonização: pato, cabrito.

Guarda: 15 a 20 anos.
Importador: Wine Brands.

Valor: R$ 1.400,00.

Observações: ficou decantando por duas horas e meia. O exemplar deste vinho da safra 1973 desbancou os vinhos franceses na famosa degustação às cegas, realizada em 1976, que ficou conhecida como Julgamento de Paris.


Vinho 2 – Château Valandraud


Safra: 2006.

Álcool: 13,5%.

Casta: corte bordalês: cabernet sauvignon, merlot, cabernet franc.

Produtor: Château Valandraud.

Região: Saint-Émillion, Bordeaux, França.

Cor: rubi, rubi.

Aromas: pimenta do reino, couro, mentol, jasmim, buquê de flores. 

Boca: taninos presentes que secaram a boca por completo, boa acidez, com consequente salivação, pimenta, deixa um gosto amargo no final de boca.

Estágio: sem informações.

Guarda: 20 anos para mais.
Valor: R$ 2.000,00.

Observações: ficou decantando por duas horas e meia. Foram produzidas 12.000 garrafas desta safra, que foi uma excelente safra, por sinal.

O preferido da noite por Keller, André, Abílio e Marcos.

Vinho 3 – Château de Beaucastel – Hommage a Jacques Perrin


Safra: 2005.

Álcool: 14,5%.

Casta: 60% mourvèdre, 20% grenache, 10% syrah e 10% counoise.

Produtor: Vignobles Pierre Perrin.

Região: Châteneuf-du-Pape, Rhône, França.

Cor: rubi escuro com reflexos granada.
Aromas: geleia de frutas, compota de frutas vermelhas, pimentão amarelo, melaço, marrom glacê, vitamina C efervescente, miojo, ferrugem. 

Boca: doce, taninos presentes, mas sem agressividade, rapadura, boa acidez, final de boca amargo.

Estágio: sem informação.

Guarda: 15 a 20 anos.
Valor: R$ 3.100,00.

Observações: ficou decantando por duas horas e meia.
O campeão da noite, sendo o preferido da noite por Leo, Ricardo, Vera, Fernanda e Cláudia.

Vinho 4 – Cos d’Estournel


Safra: 2005.

Álcool: 13,5%.

Casta: corte bordalês, sendo 73% cabernet sauvignon e o restante dividido entre merlot e cabernet franc.

Produtor: Château Cos d’Estournel.

Região: Saint-Estèphe, Bordeaux, França.

Cor: rubi, com reflexos granada.
Aromas: flor, aroma de ferro engomando roupa, cassis, jasmim. 

Boca: redondo, boa acidez, bons taninos, não agressivos, sem peso, deixa um sabor amargo ao final.

Estágio: sem informações.

Harmonização: cordeiro assado.

Guarda: 15 a 20 anos.
Valor: R$ 1.450,00.

Observações: ficou decantando por duas horas e meia.
O preferido da noite por Bruno.

Após a excelente degustação, nossa anfitriã nos brindou com uma autêntica ceia. De entrada, ela serviu uma sopa de ervilhas com chantilly de bacon. Seguindo a tradição dos encontros de final de ano da confraria, foram servidos um surubi defumado com molho de dill e um espaguete de palmito pupunha com sálvia. Terminamos com um crepe suflê com calda de framboesa. Tudo muito bem feito e com ótimo sabor.
Para acompanhar o jantar, ninguém deixou tirar as taças com os vinhos tintos da degustação de sua frente, mesmo sendo peixe o prato principal. Era impossível deixar vinho nas taças. Fora os tintos já apreciados, acompanhou o jantar o vinho branco Riesling Hugel, safra 2011, da região da Alsace, França (R$ 105,00 na Art du Vin), e o champanhe Billecart-Salmon Brut Rosé (R$ 398,00 na Art du Vin), para muitos o melhor champanhe rosé não safrado do mercado. A sobremesa foi harmonizada com o Château Petit Vedrines 2007, produzido em Sauterne, França. Como se todos os vinhos não bastassem, a anfitriã nos serviu o cognac Camus Grand V.S.O.P. Ao final, Nespresso, edição limitada 2012 com grãos produzidos no Havaí, e lâminas de chocolate 70% cacau da marca suíça Lindt.




Foi uma das reuniões mais participativas e mais duradouras da história da confraria.
Já temos novo encontro marcado para janeiro de 2013, quando iremos degustar vinhos tintos produzidos nas regiões de Piemonte (Itália) e Bordeaux (França).

gastronomia
vinho

Um comentário:

  1. Muito bacana! E eu, estupidamente, abri mão de minha vaga. Se arrependimento matasse... Bem, pelo menos leio o relato!

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