No dia 27 de novembro de 2012 a Confraria Vinus Vivus se reuniu pela 71ª
vez. A anfitriã foi Vera. Enfim, todos os integrantes presentes. Afinal, era o
tão aguardado encontro de final de ano, quando degustamos vinhos excepcionais.
Foram quatro vinhos top de linha, além de um vinho branco, um champanhe, um
vinho de sobremesa e um cognac. A reunião foi banhada por uma áurea de alegria.
Eis os vinhos da noite.
Vinho 1 – Stag’s Leap
Safra:
2007.
Álcool: 14,5%.
Casta: cabernet
sauvignon, em percentual acima de 90%, e merlot.
Produtor: Warren
Winiarski.
Região: Napa
Valley, Califórnia, Estados Unidos.
Cor: rubi.
Aromas: fruta
bem madura, ameixa, herbáceo, floral, baunilha, madeira, cacau, açúcar
queimado, algodão doce.
Boca: acidez bem
alta, provocando abundante salivação. Deixa um amargor no final de boca, mas
não é agressivo.
Estágio: 14 a 18
meses de barricas de carvalho.
Harmonização: pato,
cabrito.
Guarda: 15 a 20 anos.
Importador: Wine Brands.
Valor: R$ 1.400,00.
Observações: ficou
decantando por duas horas e meia. O exemplar deste vinho da safra 1973
desbancou os vinhos franceses na famosa degustação às cegas, realizada em 1976, que ficou conhecida
como Julgamento de Paris.
Vinho 2 – Château
Valandraud
Safra: 2006.
Álcool: 13,5%.
Casta: corte
bordalês: cabernet sauvignon, merlot, cabernet franc.
Produtor: Château
Valandraud.
Região: Saint-Émillion,
Bordeaux, França.
Cor: rubi, rubi.
Aromas: pimenta
do reino, couro, mentol, jasmim, buquê de flores.
Boca: taninos
presentes que secaram a boca por completo, boa acidez, com consequente
salivação, pimenta, deixa um gosto amargo no final de boca.
Estágio: sem
informações.
Guarda: 20 anos para mais.
Valor: R$ 2.000,00.
Observações: ficou
decantando por duas horas e meia. Foram produzidas 12.000 garrafas desta safra,
que foi uma excelente safra, por sinal.
O preferido
da noite por Keller, André, Abílio e Marcos.
Vinho 3 – Château
de Beaucastel – Hommage a Jacques Perrin
Safra:
2005.
Álcool: 14,5%.
Casta: 60%
mourvèdre, 20% grenache, 10% syrah e 10% counoise.
Produtor: Vignobles
Pierre Perrin.
Região: Châteneuf-du-Pape,
Rhône, França.
Cor: rubi
escuro com reflexos granada.
Aromas: geleia
de frutas, compota de frutas vermelhas, pimentão amarelo, melaço, marrom glacê,
vitamina C efervescente, miojo, ferrugem.
Boca: doce,
taninos presentes, mas sem agressividade, rapadura, boa acidez, final de boca
amargo.
Estágio: sem
informação.
Guarda: 15 a 20 anos.
Valor: R$ 3.100,00.
Observações: ficou
decantando por duas horas e meia.
O campeão da
noite, sendo o preferido da noite por Leo, Ricardo, Vera, Fernanda e Cláudia.
Vinho 4 – Cos
d’Estournel
Safra: 2005.
Álcool: 13,5%.
Casta: corte
bordalês, sendo 73% cabernet sauvignon e o restante dividido entre merlot e
cabernet franc.
Produtor: Château
Cos d’Estournel.
Região: Saint-Estèphe,
Bordeaux, França.
Cor: rubi, com
reflexos granada.
Aromas: flor,
aroma de ferro engomando roupa, cassis, jasmim.
Boca: redondo,
boa acidez, bons taninos, não agressivos, sem peso, deixa um sabor amargo ao
final.
Estágio: sem
informações.
Harmonização: cordeiro
assado.
Guarda: 15 a 20 anos.
Valor: R$ 1.450,00.
Observações: ficou
decantando por duas horas e meia.
O preferido
da noite por Bruno.
Após a
excelente degustação, nossa anfitriã nos brindou com uma autêntica ceia. De
entrada, ela serviu uma sopa de ervilhas com chantilly de bacon. Seguindo a
tradição dos encontros de final de ano da confraria, foram servidos um surubi
defumado com molho de dill e um espaguete de palmito pupunha com sálvia.
Terminamos com um crepe suflê com calda de framboesa. Tudo muito bem feito e
com ótimo sabor.
Para
acompanhar o jantar, ninguém deixou tirar as taças com os vinhos tintos da
degustação de sua frente, mesmo sendo peixe o prato principal. Era impossível
deixar vinho nas taças. Fora os tintos já apreciados, acompanhou o jantar o
vinho branco Riesling Hugel, safra 2011, da região da Alsace, França (R$ 105,00
na Art du Vin), e o champanhe Billecart-Salmon Brut Rosé (R$ 398,00 na Art du
Vin), para muitos o melhor champanhe rosé não safrado do mercado. A sobremesa
foi harmonizada com o Château Petit Vedrines 2007, produzido em Sauterne,
França. Como se todos os vinhos não bastassem, a anfitriã nos serviu o cognac
Camus Grand V.S.O.P. Ao final, Nespresso, edição limitada 2012 com grãos
produzidos no Havaí, e lâminas de chocolate 70% cacau da marca suíça Lindt.
Foi uma das reuniões
mais participativas e mais duradouras da história da confraria.
Já temos
novo encontro marcado para janeiro de 2013, quando iremos degustar vinhos
tintos produzidos nas regiões de Piemonte (Itália) e Bordeaux (França).
gastronomia
vinho
Muito bacana! E eu, estupidamente, abri mão de minha vaga. Se arrependimento matasse... Bem, pelo menos leio o relato!
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