A festa Criolina, que rola no Bar do Calaf toda segunda-feira à noite, preparou uma noitada diferente para celebrar mais um ano de sucesso, com sua última edição de 2012, dia 17 de dezembro. Emoções foi o nome da festa, quando seis bandas de Brasília reverenciaram o rei Roberto Carlos, fazendo uma releitura de parte da sua vasta obra musical. Fui por insistência de colegas de trabalho e não me arrependi, dançando muito enquanto lá estive. Cheguei por volta de 22 horas, depois de um longo dia de trabalho, com reuniões e tarefas que se avolumavam em minha mesa. Antes passei em casa para um providencial banho, colocando uma roupa mais confortável. Já havia fila para entrar, mas andava rápido. O ingresso custava R$ 20,00, preço único, sem direito a nada, apenas se divertir com os shows e DJs. O valor da entrada era pago somente em dinheiro. Há uma identificação de cada um que entra, quando checam, a partir da informação do número do telefone, o nome de cada um. Caso já tenha ido em outras noites antes, tal checagem é rápida, pois já consta no sistema o nosso nome. Assim que passei por esta verificação, paguei o ingresso e peguei uma comanda para registro do consumo individual durante a minha permanência no Bar do Calaf. Fui o primeiro a chegar. Não mais havia mesa para sentar. Fui ao bar, peguei uma caipirosca de morango com vodca e fiquei curtindo o som mecânico, com rock dos anos sessenta. Minha colega de trabalho chegou após 23 horas. Tinha fome, que logo foi aplacada com um quibe. Sempre há garçons passando no meio do povo com bandejas contendo salgados, caldos, pequenas porções de petiscos e até arroz incrementado. Não é preciso nem chegar até o bar para pedir algo para comer. Basta esperar o garçom passar com a bandeja. Ficamos dançando no corredor que dá acesso ao interior do bar. O local foi enchendo e, mesmo com cartazes indicando que era proibido fumar e com os seguranças da casa sempre atentos aos que desobedeciam a vedação, muita gente acendia um cigarro e o ar ficava empesteado. Minha roupa ficou fedendo ao final da noite. Às 23:45 horas, Esperando Rei Zulu, a primeira banda da noite, subiu no pequeno palco para interpretar duas músicas de Roberto Carlos, da fase Jovem Guarda. A pista lotou, com o público dançando e cantando as conhecidas canções. Entre uma banda e outra, um DJ mandava ver, não deixando a pista vazia. Afroragga foi o segundo a se apresentar, interpretando O Calhambeque e Todos Estão Surdos. Ambas as canções tiveram um arranjo hip hop, o que não gostei muito. Além do mais, o cantor não sabia a letra de Todos Estão Surdos, e teve que ler os versos em um pequeno pedaço de papel que tirou do bolso. Foi a única banda da noite que não gostei. Depois dele, veio a Passo Largo, uma banda de música instrumental que arrasou com Se Você Pensa. Eles também tocaram duas músicas, cedendo o palco para a banda Super Stereo Surf, outra banda instrumental. A banda interpretou três músicas, sendo duas de Roberto Carlos e uma do seu próprio repertório. Jenipapo foi a quinta banda a subir no palco, fazendo uma interpretação despretensiosa e largada das canções de Roberto, o que empolgou a plateia. A última banda a subir no palco foi o Sistema Criolina, com versões instrumentais dançantes, colocando a galera para sacudir o esqueleto, interpretando três canções do Rei. Quando a última banda tocava, resolvi ir para a longa fila que já se formava para pagar o consumo individual. Como a fila fica dentro do bar, praticamente na pista de dança, aproveitei o show dançando enquanto a fila andava. Eram 2:20 horas quando resolvi ir embora. O local ainda estava cheio, com gente ainda dançando na pista em frente ao palco. Noite ótima.
Super Stereo Surf
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