O PRIMEIRO QUE DISSE

Fiquei com preguiça de sair no sábado, preferindo ficar em casa e ver um filme. Entre as minhas recentes aquisições está O Primeiro Que Disse (Mine Vaganti), dirigido por Ferzan Ozpetek para uma produção italiana de 2010. No elenco, Riccardo Scamarcio (Tommaso Cantone), Alessandro Preziozi (Antonio Cantone), Nicole Grimaudo (Alba Brunetti), entre outros. Scamarcio ganhou o prêmio da Academia de Cinema Italiano de melhor ator por sua interpretação do jovem gay Tommaso. Classificado como comédia, o filme tem 108 minutos de duração. Tommaso volta para Lecce, onde mora sua família, dona de uma indústria de massas, decidido a contar, durante o almoço entre sua família e a família do sócio de seu pai na indústria, que é gay e que não estudou Administração em Roma, mas sim Letras e seu desejo é ser escritor. No dia da revelação, seu irmão mais velho, o que toca a empresa, se antecipa e também faz uma revelação que choca todo mundo, o que provoca um infarto em seu pai. Tommaso fica sem chão e não consegue revelar o que queria. A partir daí, o filme entremeia momentos de comédia quase pastelão, aos moldes das comédias italianas que fizeram sucesso no passado, com cenas de drama. O melhor do filme é a visita que o namorado de Tommaso e seus amigos de Roma fazem à família Cantone, com ótimas tiradas durante o jantar e na praia, onde acontece uma hilária cena coreografada ao som de uma dançante canção italiana. A matriarca, avó de Tommaso, tem um que dos personagens de Gabriel Garcia Marquez, vivendo de lembranças, quando era apaixonada pelo cunhado, e trazendo tais lembranças para os dias atuais, incentivando o neto a fazer o que queria. O final é meio confuso, com cenas e personagens do passado e do presente se misturando na festa de casamento de sua avó, morta àquela altura. É como se Tommaso fosse buscar no passado de sua família forças para prosseguir em frente com seus desejos e ambições. No frigir dos ovos, é um filme médio, sem grandes atuações e com direção muito formal.

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