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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

007 A SERVIÇO SECRETO DE SUA MAJESTADE

Dando prosseguimento à revisão dos filmes da série 007, aproveitei o final de noite totalmente calmo do dia 25 de dezembro para ver o sexto filme com o agente secreto James Bond. Desta vez foi um filme que ainda não tinha visto: 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade (On Her Majesty's Secret Service), produção do Reino Unido, dirigida por Peter Hunt e lançada nos cinemas em 1969.  Desmond Llewelyn (Q), Bernard Lee (M) e Lois Maxwell (Moneypenny) voltam a viver os mesmos personagens dos filmes anteriores, mas Sean Connery deixa o posto de 007 pela primeira vez, dando lugar ao ator australiano, mas com formação inglesa, George Lazenby. Para viver o vilão Blofeld, que foi interpretado por Donald Pleasence no filme anterior, também houve troca, cabendo a Telly Savalas interpretá-lo. Savalas ficou muito conhecido como Kojak, em série televisa de mesmo nome que fez sucesso na década de setenta. Desta vez há uma enxurrada de possíveis bond girls, de várias etnias, mas somente três delas caem nos braços de James Bond. A principal é Tracy (Diana Rigg), também conhecida como Condessa Teresa, filha do milionário italiano Draco (Gabriele Ferzetti), que flerta com o crime organizado e faz um acordo com Bond. Bastava ele se casar com Tracy e teria acesso ao seu arqui-inimigo Blofeld, chefão da Spectre. O vilão se isola nos Alpes, na Suíça, onde mantém uma clínica de fachada para tratamento alérgico, mas que na verdade condiciona mulheres, todas lindas e com corpos esculturais, para servirem de vetor para uma possível guerra bacteriológica. Ao mesmo tempo, Blofeld quer ser reconhecido como descendente de uma nobre família, pleiteando para si o título de Conde de Beauchamp. Obviamente que Bond entra na história para detê-lo. O roteiro é confuso, sem muitas explicações dos motivos pelos quais 007 começa o filme perseguindo Tracy para impedí-la de se matar e esta dúvida permanecerá sem resposta já que ele não sabia que ela era filha de Draco. Alguns elementos de sempre estão presentes, como o champanhe Dom Pérignon, o dry martini, as roupas bem cortadas, a hospedagem em hotéis de luxo e o jogar do chapéu no cabideiro quando Bond chega na sala de Moneypenny. Também há referências aos filmes anteriores, especialmente na abertura quando vários fotogramas dos cinco filmes iniciais da série são mostrados em taças de vinho ou ampulhetas. Mas a referência maior é para Sean Connery e pode passar despercebida para quem não é ligado na série. Ao final da cena em que Bond tenta impedir Tracy de se matar no mar, após uma sequência de luta na praia com alguns capangas surgidos do nada, ela escapa, deixando seus sapatos na areia, fugindo no carro de Bond e depois em seu próprio carro. Bond pega os sapatos, olha para as câmeras e diz que aquilo não acontecia com o outro cara. Ou seja, quando Bond era interpretado por Connery, ele ficava com a mocinha. Curiosamente, há uma cena em que o lema de uma família, estampado abaixo de seu brasão, seria o título de mais um filme de James Bond vinte anos depois deste sexto episódio: The World is Not Enough, que no Brasil se chamou 007 - O Mundo Não É O Bastante. Mesmo com 142 minutos de duração, o filme não cansa, pois é ágil, com muitas cenas de ação e perseguição, das quais duas merecem destaque: a descida nas montanhas nevadas dos alpes suíços e a sempre presente perseguição de carros, que desta vez ocorre dentro de uma pista de corrida. Ambas são frenéticas e bem feitas, apesar de alguns efeitos especiais hoje parecerem coisa de nerd iniciante. A maior parte das cenas se passa em Portugal e na Suíça. Lazenby não tem o charme de Connery, o que prejudica um pouco a condução do herói nas telas de cinema, pois ele fica um pouco duro, sem carisma. O filme ainda quebra a áurea conquistada até então pelo agente secreto de galanteador que não se rende ao casamento ao colocar Bond no altar com a Condessa Teresa. Não escrevo mais porque para quem não conhece o filme pode estragar o desfecho da história. Pelo roteiro confuso, por tentar dar um outro caminho para o agente secreto e pela interpretação sem glamour de Lazenby, o filme pode ser considerado como um dos mais fracos da série.

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